O Met Museum (Metropolitan Art Museum), em Nova York, está sob intensa investigação sobre sua coleção de mais de 1,5 milhão de objetos. Autoridades policiais, estudiosos e meios de comunicação repetidamente apontam para a presença de artefatos saqueados no inventário da instituição. Em resposta, o Met planeja contratar sua própria equipe interna de pesquisa de proveniência, de acordo com o The New York Times.
Os pedidos para que o Met devolva objetos com problemas de proveniência aumentaram na última década. Em 2022, autoridades do Camboja pediram ao governo dos Estados Unidos que ajudasse a garantir a devolução de itens patrimoniais e o Ministério Público de Manhattan apreendeu antiguidades da Turquia, Egito e Itália do museu e as devolveu a seus países de origem.
Em uma carta distribuída à equipe, Max Hollein, diretor do museu, escreveu: “Cabe ao Met se envolver de forma mais intensa e proativa no exame de certas áreas da nossa coleção. O surgimento de informações novas e adicionais, juntamente com o clima em mudança na propriedade cultural, exige que dediquemos recursos adicionais a este trabalho”.
O esquadrão de pesquisa de proveniência será formado por quatro pessoas do Met e irá contar também com um grupo de líderes, defensores e formadores de opinião na área de bens culturais, além de um comitê de 18 conservadores e curadores. As pesquisas terão um foco principal nos acervos coletados entre 1970 a 1990, quando a coleção do museu cresceu rapidamente
“Antigamente, a atitude costumava ser: não adquira algo que você sabe que foi roubado. A atitude hoje é: não adquira algo até ter certeza de que não foi roubado”, disse Maxwell Anderson, ex-diretor do Museu de Arte de Dallas e do Museu Whitney de Arte Americana, ao Times.
Em 2015, o Met foi criticado por possuir objetos provenientes de Subhash Kapoor, um negociante de Manhattan acusado de ser um dos contrabandistas de bens roubados mais prolíficos do mundo.
O museu não revisou os itens até 2019 e devolveu alguns deles apenas em 2023. Em setembro de 2022, a Unidade de Tráfico de Antiguidades da promotoria distrital de Manhattan apreendeu US$ 13 milhões em artefatos do Met; em março, os investigadores também removeram uma estátua de $ 25 milhões do imperador romano Septimus Severus. E em 9 de maio, o escritório do promotor distrital de Manhattan anunciou o retorno de duas esculturas de pedra funerárias do século VII, avaliadas em quase US$ 3,5 milhões para a China; os objetos estavam emprestados ao Met desde 1998.
O diretor do Met destacou a abordagem não combativa do museu em relação às reivindicações de restituição e apreensões pelas autoridades. “Estamos em diálogo constante e às vezes somos confrontados com evidências que não conhecíamos. Trabalhamos em parceria com as investigações” disse ele.
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A arte precisa ser preservada. Quanto aos desvios das artes plasticas é quase que notoriamente em todo o mundo. O guardar, também, faz parte das artes visuais.