Dignity 6
Dignity 6
Dignity 6 é uma obra do artista Marcelo Weiss.
São Tomé e Príncipe é um grupo de três ilhas, mas o nome do país é dado pelas duas maiores. A Ilha de São Tomé é o maior, mas para dar a volta (se fosse possível, porque não há estradas para contornar toda a ilha) seria necessário percorrer menos de 250 km. A Ilha do Príncipe é bem menor e apenas um quarto de sua área é habitada. São Tomé tem cerca de 200.000 habitantes e a ilha do Príncipe apenas 15.000. O nome de Ilha do Príncipe deve-se ao fato de o Rei de Portugal ter dado a ilha desabitada ao seu filho, o Príncipe.
Apenas um século depois que as pessoas foram para lá, cruzando 500 km de oceano. No século 19 as ilhas tornaram-se as maiores produtoras de cacau do mundo, virando uma rica colônia de Portugal, enviando dinheiro para construir a cidade de Luanda em Angola e a cidade de Maputo em Moçambique. Mas em 1975, São Tomé e Príncipe tornou-se independente de Portugal. Sem bons gestores e com muita corrupção, este tão novo País tornou-se pobre. Ao lado dessa pobreza existe um País que tem 100% de alfabetização (estruturado pelos portugueses) e um povo muito educado e gentil. Um povo pobre, bem educado mas sem dignidade.
A falta de dignidade é o ponto central do sentimento deste povo. Todos os anos, no dia das crianças (primeiro dia de aula) todas as crianças recebem uma roupa nova e as mães de suas mães cuidam muito bem dos seus cabelos, com tranças e contas de todos os tipos e cores. Este é o dia da Dignidade! O dia em que cada menina pode ser uma princesa em seu próprio mundo.
Obra em exposição no MIS Paraná
Declaração de Artista
Sempre gostei de produzir imagens que levem a beleza ao encontro do observador. A fotografia é, acima de tudo, desenhar com a luz, explorando as formas, sombras e cores (ou não) como veículo da plasticidade e o impacto de sentimentos.
Comecei a fotografar muito novo, aprendendo com meu avô as técnicas e a beleza da fotografia. Me profissionalizei aos 19 anos, fotografando para moda e publicidade. Como minha formação inicial foi na Arquitetura, sempre me encantei com com as formas, luzes, sombras e na fotografia essa expressão pode tocar os sentimentos.
O ponto central das minhas fotos tem sido a busca pelo sentimento transmitido de forma plástica ao observador. A história de cada momento congelado no tempo conta o que cada personagem significa e impacta no mundo, seja no presente, passado ou futuro.
Marcelo Weiss
Marcelo Weiss começou a fotografar aos 11 anos, incentivado e orientado por seu avô, um industrial que tinha muito mais do que um hobby na arte da fotografia.
Profundo conhecedor de fotografia analógica, processos e desenvolvimento, ele usou essa base de conhecimento para aprimorar e desenvolver suas próprias técnicas em fotografia digital.
Trabalhou ao longo de sua carreira como fotógrafo de moda, publicidade e marketing para grandes empresas e inúmeras campanhas. Sempre atraído pela forma e pela luz, estudou ilustração na Escola Panamericana de Artes e Arquitetura de nível superior, embora sempre tenha trabalhado em Publicidade.
Nas suas viagens teve grande contato com outras culturas, aproveitando as oportunidades para explorar estes universos, quer ainda jovem em locais tão diferentes como o Marajó ou São Paulo, seguindo com especial interesse pelas culturas africanas em Moçambique, Angola, Zimbabué e São Tomé e Príncipe, capturando ricas culturas através de suas lentes, trazendo uma visão ainda inexplorada aos olhos do espectador.