Fotografia herbária lp283
Galeria AuraFotografia herbária lp283
A obra Fotografia herbária lp283 foi impressa em papel Kodak endura.
- Série: Polaroids
- Moldura: Moldura em acrílico
Luca Parise
Sobre as obras de Luca Parise
Como imantar a vida da vida? Como reanimar suas superfícies? Como fundá-la a cada gesto, a cada objeto eleito por nossas mãos? São essas as perguntas que me provocam as obras do artista Luca Parise. E elas me provocam já a modo de respostas. Elas são capazes de dar uma resposta afirmativa através do silêncio da plástica.
Luca não apenas dispõe, mas cria a partir das superfícies frequentadas por seus sentidos: comumente atadas ao tédio do dia-a-dia, à eficiência industrial, à cegueira da utilidade, são reformuladas numa nova instância de matéria no mundo, em que há lugar para a fúria da espontaneidade, para a força irresistível da individualidade. As cores, formas e texturas, antes exauridas na revisitação infinita do cotidiano, imantam-se da trágica finitude do destino humano. Parecem mesmo ganhar mortalidade.
Os materiais mais comuns da vida, frequentemente substituídos, instauram uma ilusão de eternidade. Uma esponja de palha de aço sobreviverá na próxima esponja como uma garantia desse movimento infindo. Mas Luca quer que ela passe a arranhar os olhos como cabelos acumulados no ralo. Quer que ela respire feito um rastro de nosso corpo.
Como dejetos ou restos de pele e gordura os materiais de seus trabalhos apontam-nos a precariedade do corpo e dos espaços que ocupa, mas guardam algo de sua latência, nos lembram de que pulsa. Já não fazem parte da paisagem indiferente da vida mas estão inoculados dela, tornados em entes discretos e incontornáveis, e assim fundam um mundo: estão imbuídos, à maneira de totens, oratórios e penduricalhos devocionais, de ritmo anímico. É como se arquejassem a própria insipidez em busca de um objeto digno do desejo, e como esse objeto nunca chega induzem o artista a fundar pequenas prisões maravilhosas, possíveis, a aflorar a liberdade no momento da afronta do limite; assim, são capazes de tocar o cerne escandaloso do que vive, pulsando ritmado em contradição com seu fim.
Bruno Nascimento de Abreu, São Paulo, 2017
Galeria Aura
Criada em 2015 como uma plataforma digital, a Aura dedicou seus primeiros anos de existência a mapear e inserir no mercado artistas do novíssimo cenário de arte contemporânea brasileiro.
Gradualmente, a experiência on-line desdobrou-se em eventos presenciais, com exposições pop-up e a participação em feiras de arte contemporânea. Em 2017, esse processo culminou na abertura de um espaço físico próprio, na Vila Madalena, em São Paulo.
Dirigida por sua sócia fundadora, a arquiteta Bruna Bailune, em seus primeiros anos de funcionamento a Galeria Aura realizou exposições ambiciosas de jovens artistas: nomes selecionados de sua plataforma digital, colaborando com diferentes curadores, novos ou renomados. A galeria também intensificou sua presença nas feiras de arte, com stands na SP-Arte, SP-Arte Foto, Parte e Art Rio.
Em 2019 a Aura se reposiciona, associando-se à BASA, uma articuladora de núcleos de pesquisa e plataformas culturais dirigida por Luisa Dantas e Lucas Ribeiro Pexão. Surge então um programa curatorial inspirado nas hiperconexões e na atemporalidade da era digital, materializando exposições que favorecem o cruzamento de circuitos, de públicos e de momentos da produção artística.
Entre os artistas representados nesta fase atual, estão nomes que se desenvolveram junto com a história da Aura, da experiência digital à galeria de arte. Ao time, somam-se representações de artistas que chamam atenção pelo trânsito híbrido entre diferentes áreas da cultura contemporânea.
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