Sem título 4
Galeria AuraSem título 4
Verniz acrílico e acrílica sobre telas montadas.
Esta série de pequenas pinturas/esculturas é um desdobramento dos trabalhos da artista que formam totens de pedra. Ao procurar uma maneira de explorar a pedra como linguagem da pintura, Letícia Lopes teve a ideia de utilizar o verniz como meio: algo levemente translúcido que pode revelar processos de interferência que uma pedra ou cristal sofrem durante sua formação. A alquimia do atelier possibilitou um salto do chão (da Terra) para o vácuo, e então galáxias e nebulosas se formaram espontaneamente.
A materialidade e o peso transformam-se no espectro, plasma gasoso e ilusão de luz. A matéria se apresenta como estrela ou planeta, porém ainda ecoando as formações tectônicas daquilo que mais conhecemos e que pensamos narcisicamente ser o centro deste espetáculo: este chão, este planeta.
- Série: Hall de espelhos
- Moldura: No chassi
- Assinatura: No verso
Letícia Lopes
Letícia Lopes é Bacharel em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS (2015). Em 2019 recebeu o Prêmio Aliança Francesa de Arte Contemporânea (AF Porto Alegre), sendo contemplada com uma residência artística em La Rochelle (França).
Indicada ao Prêmio Pipa de Arte Contemporânea em 2019. Participou de várias exposições coletivas como: “Caixa Preta” (Fundação Iberê Camargo – 2018), “O lugar enquanto espaço”, com curadoria de Francisco Dalcol (Galeria Baró – 2018), “Na beirada da Superfície” (Boiler Galeria – 2018), “A Novíssima Geração – 2017” (Museu do Trabalho/RS), “Arte Contemporânea do RS” (Czech Center/República Tcheca – 2017), “Scènario”, com curadoria de Mario Gioia (Galeria Aura/SP – 2017), “Memória do que vem, futuro do que foi”, (MAVRS/Passo Fundo – 2017), “MOODBOARD” (Museu de Arte Contemporânea do RS – 2016), “The Unique Institutional Critique Pop-up Boutique” (chamada de Jonas Lund, Galeria Cavalo/RJ – 2016), “Planos Densos” (Paço Municipal, POA/RS – 2015), 20º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande (Palácio das Artes, Praia Grande/SP, 2013).
Em 2018 realizou as individuais “Por uma graça alcançada”, no Museu do Trabalho (POA), com curadoria de Henrique Menezes e “A hora mágica” na Galeria Aura (SP) com curadoria de Gabriela Motta. Em 2016 foi selecionada pelo Programa RS Contemporâneo, que lhe rendeu a individual ”Presença Sinistra”, realizada no Santander Cultural, com curadoria de Marcelo Campos (UFRJ).
No ano anterior foi contemplada com o Edital para Artes Visuais – Edição 2015 da Fundação Ecarta (POA/RS) com a individual “Exagerar já é um começo de invenção”, na Casa Paralela (Pelotas/RS) e, em 2014, foi premiada no 3º Prêmio do Instituto Estadual de Artes Visuais do RS por melhor exposição com “Em minha fome mando eu”, individual na Galeria Virgílio Calegari (Casa de Cultura Mário Quintana, POA – RS).
Em 2016 foi indicada nas categorias “Destaque em Pintura” e “Artista Revelação” na X Edição do Prêmio Açorianos de Artes Plásticas (POA/RS). Em 2017, seu fotolivro “Pinturas delinquentes: revelações noturnas à margem da tolerância estética ocidental (e suas infiltrações bem-sucedidas)”, publicado pela Cactus Edições, foi selecionado pelo Festival Zum para integrar a biblioteca do Instituto Moreira Salles (São Paulo).
“A gaúcha Letícia Lopes tem seu pictórico amparado no fragmento, no ver em cacos. No entanto, a atmosfera de mistério e, de modo ambivalente e deliberado, do cotidiano termina por construir uma obra altamente inventiva. Tal como explicitado no título de sua mais importante individual, Presença Sinistra (Santander Cultural, Porto Alegre, 2016), a tessitura de suas imagens também recolhidas em veículos diversos gera, vista em conjunto, uma sensação de desassossego no espectador, que se assemelha a um ator involuntário participando de uma narrativa sempre bifurcada e longe de um fim.
Dioramas, o mundo pré-histórico, as páginas em desmanche de enciclopédias empilhadas em sebos, fotografias com contornos tíbios e os ‘assuntos’, materiais, texturas e procedimentos típicos da pintura, juntos, alimentam uma obra visual das mais inquietas.” (Mario Gioia, 2017)
Galeria Aura
Criada em 2015 como uma plataforma digital, a Aura dedicou seus primeiros anos de existência a mapear e inserir no mercado artistas do novíssimo cenário de arte contemporânea brasileiro.
Gradualmente, a experiência on-line desdobrou-se em eventos presenciais, com exposições pop-up e a participação em feiras de arte contemporânea. Em 2017, esse processo culminou na abertura de um espaço físico próprio, na Vila Madalena, em São Paulo.
Dirigida por sua sócia fundadora, a arquiteta Bruna Bailune, em seus primeiros anos de funcionamento a Galeria Aura realizou exposições ambiciosas de jovens artistas: nomes selecionados de sua plataforma digital, colaborando com diferentes curadores, novos ou renomados. A galeria também intensificou sua presença nas feiras de arte, com stands na SP-Arte, SP-Arte Foto, Parte e Art Rio.
Em 2019 a Aura se reposiciona, associando-se à BASA, uma articuladora de núcleos de pesquisa e plataformas culturais dirigida por Luisa Dantas e Lucas Ribeiro Pexão. Surge então um programa curatorial inspirado nas hiperconexões e na atemporalidade da era digital, materializando exposições que favorecem o cruzamento de circuitos, de públicos e de momentos da produção artística.
Entre os artistas representados nesta fase atual, estão nomes que se desenvolveram junto com a história da Aura, da experiência digital à galeria de arte. Ao time, somam-se representações de artistas que chamam atenção pelo trânsito híbrido entre diferentes áreas da cultura contemporânea.
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