Opinião

A formação do falso ser

Por Paulo Varella - fevereiro 16, 2018
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Este é um texto que reflete muito o que eu penso sobre desenvolvimento pessoal e de como muito do que acreditamos não vem de nós, mas do que a sociedade nos diz ser a norma. E como criamos um FALSO SER.

Nosso falso ser é o acúmulo de todas as vozes que internalizamos de outras pessoas – pais e amigos que querem que nos adaptemos às suas idéias sobre o que devemos ser e o que devemos fazer, bem como as pressões da sociedade para aderirmos a certos valores que podem facilmente nos seduzir.

É também a voz das nossas defesas, que sempre tentam nos proteger das verdades desagradáveis.
Estas defesas falam com palavras claras, e quando se trata da excelência pessoal , dizem coisas como:

“A excelência é para os gênios, os excepcionalmente talentosos, as aberrações da natureza. Eu simplesmente não nasci assim”.

Ou diz:

“A excelência é feia e imoral, é para aqueles que são ambiciosos e egoístas. É melhor aceitar minha sorte na vida e trabalhar para ajudar outras pessoas em vez de me enriquecer”.

Ou pode dizer:

“O sucesso depende da sorte, e aqueles que chamamos de mestres são apenas pessoas que estavam no lugar certo no momento certo. Eu poderia facilmente estar neste lugar se tivesse uma chance.”

Ou pode também dizer:

“Para trabalhar por tanto tempo em algo que exige tanta dor e esforço, por que me preocupar? Melhor aproveitar a minha vida curta e fazer o que posso para conseguir.”

Essas vozes não falam a verdade. A excelência não é um privilégio da genética ou da sorte, mas de seguir nossas inclinações naturais e o desejo profundo que nos agita por dentro.

Todo mundo tem essas inclinações. Este desejo dentro de nós não é motivado pelo egoísmo ou ambição de poder (que são emoções que entram no caminho da excelência). Em vez disso, é uma expressão profunda de algo natural, algo que nos marcou ao nascer como único.

Ao seguir nossas inclinações e avançar para a excelência, fazemos uma grande contribuição para a sociedade, enriquecendo-a com descobertas e “insights”, aproveitando ao máximo a diversidade na natureza e na sociedade humana.

Na verdade, O AUGE DO EGOÍSMO É SIMPLESMENTE CONSUMIR O QUE OS OUTROS CRIAM e recuar para um estado de metas limitadas e prazeres imediatos. Alienar-nos das nossos talentos só pode nos levar à dor e decepção a longo prazo e uma sensação de que desperdiçamos algo único. Esta dor será expressa em amargura e inveja, e nunca vamos reconhecer a origem desta depressão.

Ao seguir nossa voz, percebemos nosso próprio potencial e satisfazemos nossos mais profundos anseios para criarmos e expressarmos nossa singularidade. Ela existe para um propósito, e é a tarefa de nossa vida para trazê-la à tona.

Fonte: R. Greene/ F. Nietzsche

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Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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