Quem é o artista? Ana Durães
O que vai ter na exposição? Pinturas inéditas em técnica mista inusitada, e projeções de trabalhos de outras fases de sua produção
Quantas obras serão expostas? Cerca de 35
Até quando? 07 de outubro
Espaço Cultural Eletrobras Furnas apresenta “Mundo das coisas”
Com pinturas e projeções, a exposição se estrutura em três segmentos:
“Os anônimos”: uma série de 20 retratos feitos com estêncil, a partir de fotografia digitalizada, sobre um fundo de camadas descascadas de outdoors. Os retratados são pessoas de sua convivência. Alguns rostos são de reconhecimento público, mas a artista optou por “identificá-los” como anônimos. Daí o título da série.
“Mundo das coisas”: pinturas com imagens criadas, reinventadas do cotidiano ou transpostas de fotografias. Uma delas tem como base um registro do húngaro George Brassaï [1899-1984]. Sobre fundo de densas camadas convivem manchas, traços nítidos e obscurecidos. Nesse conjunto, a artista usa, pela primeira vez, a tinta spray como base para a pintura a óleo. A poética reside no que não é aparente no mundo das coisas;
“Heterônimos”: projeções de trabalhos de técnicas diversas que Ana Durães cria para o personagem grafiteiro “Rodinei” (Jayme Matarazzo), na novela “Cheias de charme” (TV Globo, 19h, 2012); as criações de “Lena Moretti”, interpretada por Débora Bloch, na minissérie “ Queridos amigos” (TV Globo, 2008), entre as quais um marcante retrato de Juca de Oliveira, pai de “Lena”, e as pinturas expressionistas de “Ingrid Hermanns”, heterônimo que Ana Durães criou para si própria. É uma pintora alemã, fascinada pela paisagem brasileira. Através de “Ingrid”, Ana se investiu de um olhar europeu e produziu telas de natureza tropical.
Heterodoxia estética
“Ana Durães sempre criou situações ambíguas entre fundo e figura, grafia e desenho, fotografia e pintura. Em suas obras ela retrata fragmentos do cotidiano, que, mergulhados em névoas e cores, transformam-se em evocações de um mundo real – repleto de irrealidade”, analisa a curadora Denise Mattar no texto de apresentação de “Mundo das coisas”.
A produção de Ana Durães transita da artesania à tecnologia, ousando aplicar técnicas das mais diversas em um mesma obra. Ela trabalha com tinta a óleo, spray, estêncil, fotografia, para transportar imagens, já existentes e recém criadas, para seu universo pictórico. “Cada técnica traz uma possibilidade e um desafio”, justifica a artista. A superposição de técnicas e camadas podem ter origem no barroquismo de Ana Durães, mineira de Diamantina, radicada no Rio de Janeiro. O resultado, porém, “é nitidamente Pop, na ação e na estética”, diz ela.
Formação
Ana Durães começou a pintar aos dez anos. Diferentemente de muitos de seus pares, escolheu ser artista plástica desde então. Estudou na Escola Guignard de Belo Horizonte, antes de se mudar para o Rio, para cursar a Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde se graduou. Seu currículo registra uma ação inédita no Rio de Janeiro, quando, em 1999, ela substituiu as bandeiras dos postos BR backlights com imagens de anjos. Ana também assinou a ambientação da sala de promessas da igreja de Aparecida do Norte e da Igreja de Cosme e Damião, no Rio, tirando-lhes o aspecto soturno e imprimindo-lhes uma visualidade alegre. Desde 1983, a artista soma dezenas de exposições individuais e coletivas em várias cidades brasileiras, e em Buenos Aires, Washington, Berlim e Paris.
Abertura: quinta-feira, 09 de agosto, 19h
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