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Veja o “Choque de corpos” de Ellion

O mais significativo para o artista Ellion, não seria a aparência das coisas, mas sim o significado interno que constitui a realidade autentica de suas obras.  O  impacto  dos tiros das  armas de fogo, tornou-se o meio ideal para  evocar e delinear o sentido estético, onde foi criado uma coexistência entre interior e exterior,  validando a poderosa liberação de energia, que ocorre quando o gatilho é apertado e a bala atravessa a tinta e a tela simultaneamente.
Se nunca conseguimos deixar de lado nossas diferenças e desigualdades como alcançar um período de paz plena e universal?
Através do caos e da temática de guerra, Ellion tenta encontrar a ordem. O artista foi totalmente influenciado pelos acontecimentos caóticos atuais tanto no Brasil como no mundo. “CHOQUE DE CORPOS”  seria o resultado dessa vivencia latente onde algumas perguntas ainda continuam sem respostas.
Suas obras não se resumem apenas em explosões de tinta sobre determinados suportes, executados muitas vezes com tamanha violência, que acabam destruindo sua superfície.  É como se ele buscasse obsessivamente transpor a camada da superficialidade, do visível, do mundo material. Motivo pelo qual ele arranha a tela com tinta nos dedos, usa explosivos e até armas de fogo pra espalhar as cores na superfície branca,  abrindo verdadeiros buracos.
Ellion procura incansavelmente  meios de liberação terapêuticas para entender a dinâmica do cenário atual, com o fim de liberar  amarras psíquicas e internas, utilizando o processo criativo como escape para alcançar através de suas obras um meio terapêutico diante do caos.
As obras de Ellion não foram criadas para produzir objetos por si só, na verdade foram feitos para tocar profundamente o observador, provocando no sentido coletivo uma distinta linguagem visual e conceitual, elevando sua produção a uma linha com estética apurada, validando assim sua atemporal linha criativa e talento.
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Veronica Falcon

Formou-se em Relações Públicas com especialidade em Marketing de Relacionamento. Depois de residir na Europa, retornou ao país e formou-se em Curadoria de Arte pelo Museu de Arte Moderna/SP. Mãe de Curtis e Emma que a acompanham na maioria das exposições de Arte de São Paulo!

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