Como a ciência vem solucionando os mistérios da arte
Neste episódio falei com o doutor em física, Pedro de Campos, sobre como a ciência vem solucionando os mistérios da arte. Ele nos conta suas descobertas por trás dos quadros de Anita Malfatti e Independência ou morte, do Pedro Américo.
Possui graduação em Bacharelado em Física pela Universidade Estadual de Campinas (2005), graduação em Licenciatura em Física pela Universidade Estadual de Campinas (2005), mestrado em física pela USP (2010) e Doutorado em física pela USP (2015). Tem experiência na área de física aplicada ao estudo do patrimônio artístico, histórico e cultural, com ênfase em técnicas portáteis e não destrutivas:
XRF (Fluorescência de Raio-X),
MA-XRF (macro mapeamento por Fluorescência de Raio-X).
Imageamento (Reflectografia no Infravermelho, Radiografia, Fotografia com Luz: Ultravioleta, Rasante e Visível),
XRD (Difração de Raio-X),
espectroscopia Raman e FTIR (no Infravermelho por Transformada de Fourier),
além técnica PIXE (Emissão de Raio s X induzido por Partículas). Fotógrafo profissional.
XRF (Fluorescência de Raio-X),
Por trás da obra de Anita Malfatti
Tropical (1917). Acervo da Pinacoteca de SP.
Projeto FAPESP em andamento, estudo da obra “Independência ou Morte!”, do Pedro Américo, do Museu Paulista da USP:
Uma restauradora do centro de pesquisa Restauração de Museus da França (C2RMF) explica o funcionamento do AGLAE (acelerador de análise elementar do Louvre), um aparelho para a análise química de peças de arte e arqueológicas, nos laboratórios do museu do Louvre em Paris em 21 de novembro de 2017. A nova AGLAE foi realizada em colaboração entre o CNRS, C2RMF e ChimieParistech e co-financiada pelo programa “Investissement d’avenir”, da cidade de Paris e do Ministério da Cultura francês. O (AGLAE) é um acelerador de partículas alojado pelo Centro de Pesquisa e Restauração de Museus da França no Museu do Louvre e usado para determinar os constituintes atômicos de itens culturais. / FOTO AFP / STEPHANE DE SAKUTIN
Laboratório de Arqueometria e Ciências Aplicadas ao Patrimônio Cultural (LACAPC) do Instituto de Física da USP:
Sobre a autenticação das obras de arte fazendo uma pintura com tinta de chumbo na base da pintura: O Pedro não soube dizer qual tinta seria a ideal, mas sugeriu o vermelho.
Ele falou que se todas as tintas utilizadas na pintura forem de um material leve (plásticas) e a tinta marcadora for mais pesada (estanho, cádmio, mercúrio, etc), por contraste de densidade já é possível diferenciar na radiografia.
Então, aqui fica a dica para os seus próximos quadros. Pois, ninguém vai saber o que vc escreveu embaixo da pintura.
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Paulo Varella
Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.