O comprador profissional de obras de arte precisa estar cercado de informações essenciais que englobam o valor dessa obra.
No mundo da arte de hoje, o consenso da crítica tem menos relevância na criação de uma hierarquia de valor. Isso é especialmente verdade na arte contemporânea, onde temos uma condição de pluralismo – qualquer coisa pode ser arte – e onde um grande número de artistas, galerias e colecionadores está participando.
Como qualquer investidor sério ou profissional do mercado de arte pode testemunhar, o mercado de arte contemporânea é extraordinariamente complexo. Diferentemente dos outros mercados de arte como antigos mestres ou antiguidades, estes dois mercados são separados em um relacionamento às vezes desconfortável. Por um lado está o mercado primário, onde se vendem pela primeira vez obras frescas e, por outro, o mercado secundário, onde as obras de arte são revendidas.
Para explicar um pouco do mercado de compra e venda de obras de arte, Paulo Varella gravou este vídeo, na companhia da artista Thais de Albuquerque, no Canal Art Talks, no YouTube, onde esclarece alguns fatores relevantes dessa dinâmica.
Artistas, galeristas, casas de leilões, marchands, colecionadores e museus usam diferentes critérios, atuando como vendedores e/ou compradores, dependendo do mercado em questão. Inicialmente, novas obras de arte são oferecidas no mercado primário: colecionadores privados ou corporativos, instituições, marchands ou museus compram obras “frescas” – na maioria dos casos de galerias que colaboram com artistas específicos, ou diretamente no estúdio do artista – por um preço fixo (e geralmente não divulgado). Quaisquer dessas obras que são revendidas aparecem no mercado secundário, tradicionalmente por meio de casas de leilões ou negociantes de arte, que geralmente lidam com obras que foram vendidas uma ou várias vezes antes.
Uma vez que o objetivo principal do mercado de arte contemporânea é, por natureza, opaco, os observadores de mercado desempenham um papel crucial no aconselhamento e informação tanto de colecionadores quanto de colegas profissionais, seja por meio de serviços de informação(online) ou por meio de canais jornalísticos. Eles encabeçam uma longa lista de vozes influentes que incluem academias de arte, museus e espaços de exposição, sociedades de arte, doadores/patrocinadores/patrocinadores, consultores de arte, curadores, seguradoras de arte e muitos outros.
Em contraste com o mercado primário, os preços no mercado secundário se desenvolvem de forma mais transparente por meio da oferta e demanda, praticamente como em qualquer outro mercado maduro. Isso, portanto, não precisa nos deter por muito tempo; são os mistérios do mercado primário que nos interessam aqui. Veja o texto completo nestes dois links:
Ferramentas para avaliação da arte contemporânea: um guia prático
O complexo mercado da arte contemporânea: Como definir o preço de uma obra?
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