Os 10 principais diretores de instituições culturais brasileiras de 2019
Conheça os grandes nomes por trás da direção de instituições culturais brasileiras no contexto da arte contemporânea brasileira.
O ano de 2019 foi recheado de exposições e acontecimentos interessantes em diversos estados do Brasil.
Através de duas consultas, uma por pessoas que formam o mercado de arte e outra feita de forma aberta aos leitores do Arteref (mapeamento do universo da arte), conseguimos gerar uma lista dos profissionais de arte que mais se destacaram em 2019.
Aqui falaremos dos 10 diretores de instituições culturais mais votados de nossa lista de entrevistados.
A lista não está em hierarquia de popularidade ou relevância.
Heitor Martins e Adriano Pedrosa – MASP
Heitor Martins é formado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, com MBA na Universidade de Michigan. É dono da empresa McKynsey and Company, e atualmente é o presidente do MASP. Ele foi presidente da Fundação Bienal de São Paulo, uma das exposições de arte contemporânea mais destacadas do mundo, de 2009 a 2013.
Obras em Destaque
Depois de equilibrar as contas da Fundação Bienal de São Paulo na condição de presidente, assumiu o comando do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em 2014 e trilhou o mesmo caminho. De lá para cá, Martins equacionou as dívidas ao promover mudanças na equipe e atrair doações do empresariado.
Adriano Pedrosa é desde 2014 o diretor artístico do MASP. Com graduação em direito pela UERJ e uma extensa pós-graduação em artes visuais e curadoria, tem experiências curatoriais internacionais nos Estados Unidos, Canadá e México.
No Brasil, foi o curador nas seguintes exposições:
- 12.ª Mostra de Gravuras de Curitiba;
- exposições no MAP, Museu de Arte da Pampulha – quando exerceu o cargo de curador-chefe entre 2001 e 2003
- InSIte_2005 (San Diego Museum of Art e Centro Cultural Tijuana, 2005)
- Histórias Mestiças (2014) no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo, junto de Lilia Schwartz.
Mariana Guarini Berenguer MAM
A advogada, colecionadora e ex-professora do Insper, Mariana Guarini Berenguer, é a nova diretora do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) .
Para Berenguer, “é uma honra e uma responsabilidade muito grande assumir um museu que se tornou referência para o cenário cultural brasileiro. Vamos trabalhar para fortalecer ainda mais o museu neste momento em que a cultura atravessa grandes desafios no país”.
Emanoel Araújo – Museu Afro
Emanoel Araujo, artista plástico baiano, nasceu numa tradicional família de ourives, aprendeu marcenaria, linotipia e estudou composição gráfica na Imprensa Oficial de Santo Amaro da Purificação. Em 1959 realizou sua primeira exposição individual ainda em sua terra natal. Mudou-se para Salvador na década de 1960 e ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia (UFBA), onde estudou gravura.
Expôs em várias galerias e mostras nacionais e internacionais, somando cerca de 50 exposições individuais e mais de 150 coletivas. Foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo (1992-2002) e fundador do Museu Afro Brasil (2004), onde é Diretor Curador. Em 2005, exerceu o cargo de Secretário Municipal de Cultura.
João Carlos de Figueiredo Ferraz – BIENAL
Economista, Figueiredo Ferraz é o fundador e presidente do Instituto Figueiredo Ferraz. Ele integra o conselho de importantes instituições de arte como o MASP, o Museum of Modern Art’s Latin American and Caribbean Fund (LACF MOMA), o MAM-SP, a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o Museu Brasileiro de Escultura (MUBE). É membro do Conselho da Fundação Bienal desde junho de 2014 e presidente da mesma instituição desde 2017.
Seu objetivo será dar continuidade aos processos de renovação institucional empreendidos pela gestão de Luis Terepins nos últimos anos, investindo sistematicamente na melhoria dos instrumentos de planejamento e gestão, na autonomia financeira e na modernização do Arquivo Histórico Wanda Svevo “A Bienal é hoje um espaço ímpar para a pesquisa, o debate e a produção de conteúdos relacionados às artes visuais.”
Marcos Mendonça – MIS
Marcos Mendonça é diretor do Museu da Imagem e do Som (MIS).
“É um desafio que eu encaro com muito otimismo e alegria. Estamos vivendo o mundo da imagem e do som”, afirmou o novo diretor
Mendonça foi presidente da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da Rádio e TV Cultura, de junho de 2013 a março de 2019. Ele já havia presidido a fundação anteriormente, entre 2004 e 2007. Antes disso, Mendonça atuou no Executivo e no Legislativo do estado de São Paulo: foi vereador (1983 a 1994) pela capital e deputado estadual (1995 a 2002), além de secretário estadual da Cultura (1995 a 1998 – 1999 a 2002).
Ricardo Ohtake – Tomie Othake
Ricardo é gestor cultural do Instituto Tomie Ohtake desde sua criação em 2001. Foi Secretário de Estado da Cultura de São Paulo, dirigiu o Centro Cultural São Paulo, o Museu da Imagem e do Som – MIS e a Cinemateca Brasileira.
Formou-se em arquitetura pela FAU-USP e trabalhou em importantes questões urbanas, principalmente quando foi Secretário do Verde e Meio Ambiente do Município de São Paulo. Atua também na área do design gráfico, desenvolvendo projetos de identidade visual e caracterização urbana, além de editar várias publicações de arte e cultura.
Jochen Volz – Pinacoteca
Diretor-geral da Pinacoteca de São Paulo, Jochen possui mestrado em história de arte, comunicação e pedagogia pela Humboldt Universidade de Berlin (1998).
Além de ser Diretor Artístico do Instituto Inhotim, Minas Gerais (2005 a 2012) e Diretor de Programação da Serpentine Galleries em Londres (2012 a 2015), Jochen Volz foi curador:
- Do Pavilhão do Brasil na 53.ª Biennale di Venezia em 2017
- da 32.ª Bienal de São Paulo em 2016
- do Portikus, em Frankfurt, Alemanha (2001 a 2004).
- da mostra internacional da 53.ª Bienal de Veneza (2009)
- da 1.ª Aichi Triennial, em Nagoya, Japão (2010)
- e curador convidado da 27.ª Bienal de São Paulo (2006), entre outras colaborações em exposições em escala internacional.
Juliana Vellozo Almeida Vosnika – Museu Oscar Neimeyer
Juliana Vosnika preside o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, eleito um dos 20 mais bonitos do mundo. Ela também foi secretária de Turismo da capital paranaense e diretora do convention bureau do município. Além disso, dirigiu a Paraná Turismo, instituição do Governo do Estado responsável pela promoção do turismo regional.
Com ampla experiência em gestão pública, também já dirigiu órgãos importantes como a Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilive), o CIFAL Curitiba (Centro Internacional de Formação de Autoridades Locais para o Desenvolvimento Sustentável da United Nations Institute for Training and Research (Unitar) – ONU).
Carlos roberto ferreira brandão – MAC USP
Zoólogo, vice-diretor do IEA, ex-diretor do Museu de Zoologia (MZ) da USP, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) do Ministério da Cultura (MinC), Carlos roberto ferreira brandão é o Diretor do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) (2016-2020).
Coordenou e coordena projetos de pesquisa, integra comitês editoriais de revistas no país e no exterior e conselhos de entidades culturais. Seu interesse por políticas públicas na área remonta aos anos 80, quando integrou o Grupo de Estudos Museus e Universidade (1986-1988) do IEA, que reunia pesquisadores ligados aos acervos mais representativos da USP.
Marcos Amaro – FAMA
Marcos Amaro (1984) é um artista plástico, empresário e colecionador brasileiro. Cursou filosofia durante cinco anos no Instituto GENS Educação e Cultura e frequentou o Ateliê do Centro, do artista Rubens Espírito Santo. Em 2012, criou a Fundação Marcos Amaro (FMA), organização cultural privada sem fins lucrativos.
Em 2018, Marcos Amaro adquiriu a segunda maior fábrica têxtil do estado de São Paulo, a Fábrica São Pedro. Hoje, renomeada como Fábrica de Arte Marcos Amaro (FAMA), o espaço é gerenciado pela FMA e abriga o acervo da instituição, parte em uma exposição de longa duração que inicia-se no Barroco de Aleijadinho, passa pelo século XIX, com uma obra do artista ituano Almeida Júnior – homenageado na sala de exposições do acervo, a Sala Almeida Júnior, recentemente inaugurada – e alcança a contemporaneidade. O espaço é um convite à produção artística contemporânea e abriga projetos de residência artística, editais de ocupação, além de ações educativas com a comunidade local.