5 museus esquecidos que você precisa visitar em Portugal
Museu Nacional do Traje
Um museu em Lisboa que poucos conhecem e ainda menos visitam, uma jóia esquecida. O antigo Palácio Angeja-Palmela alberga uma colecção de vestuário e acessórios que começa no século XVIII e termina nos dias de hoje.
A museografia do espaço não é muito actual mas a organização cronológica permite compreender a evolução das formas de vestir nos últimos três séculos. Para complementar as obras expostas, em cada uma das salas são apresentados textos que contextualizam a época nacional e internacional.
Obras em Destaque
Além do museu não pode deixar de visitar o parque botânico do Monteiro-mor, são onze hectares com lagos, uma ribeira, plantas e árvores de vários tipos.
Mais informações no site http://www.museudotraje.pt
Museu da marioneta
No bairro histórico da Madragoa encontramos o Museu da Marioneta instalado no antigo convento das Bernardas. Este espaço é partilhado nos andares superiores, como área habitacional para cerca de trinta famílias (o edifício chegou a albergar 200 famílias de pescadores e varinas antes da intervenção da Câmara Municipal e instalação do museu).
O museu percorre a história da marioneta em várias partes do mundo e nas diferentes categorias, com especial destaque para a marioneta portuguesa – desde do teatro rural com características mais populares ao teatro urbano com preocupações mais didácticas.
O que não pode mesmo deixar de ver neste museu? O espólito do coleccionador Francisco Capelo acolhido e exposto no museu desde 2008. Esta colecção de marionetas e máscaras do sudoeste asiático e africanas faz-nos viajar no tempo e no espaço e perceber a abrangência destas temáticas.
Mais informações no site: http://www.museudamarioneta.pt/
Museu da marinha
Integrado numa das alas do Mosteiro dos Jerónimos é também um museu que não pode deixar de visitar se passar por Belém. Mais um espaço que nos fala do passado português que está ligado às actividades navais militares mas também se relaciona com outros aspectos ligados às actividades humanas no mar.
Não pode deixar de visitar o Bergantim Real também conhecido como galeota de D. Maria I (por esta mandada construir em 1780), acolhia 80 remadores e é impressionante pela sua decoração, pompa e dimensão. Tem a particularidade de ter feito o último serviço aquando da visita oficial da Rainha D. Isabel II de Inglaterra em 1957.
Este exemplar da armada portuguesa que ostenta um faustoso trabalho em talha dourada fica albergado num pavilhão construído na década de 1950 sendo o primeiro no país a ser construído de raiz para albergar colecções museológicas.
Mais informações no site: http://museu.marinha.pt
Museu militar
Para muitos pode ser uma temática pouco apelativa, mas não o rejeite à partida. Aqui podemos encontrar um museu que é um museu de museu. Porquê? Quando entramos neste espaço somos transportados para outra época e a ausência de visitantes também ajuda a este sentimento.
Aqui não há jogos, ecrãs e interatividade com o público, as poucas informações são-nos dadas com legendas pouco desenvolvidas que temos de procurar. Então porque visitar? Para além desta viagem no tempo, fica a conhecer mais sobre a história de Portugal e ainda pode ver obras de alguns dos mais reconhecidos artistas portugueses como Columbano Bordalo Pinheiro ou José Malhoa.
Destaco a sala Vasco da Gama, um espaço imperdível totalmente pintado com trabalhos de Carlos Reis alusivos aos Lusíadas de Luís de Camões e à descoberta do caminho marítimo para a Índia.
Mais informações no site: http://www.geira.pt/mmilitar/
Museu Nacional do azulejo
O azulejo é uma das imagens de marca de Portugal e de Lisboa, o museu sobre esta temática é visitado por turistas de várias nacionalidades mas também ele é esquecido pelos portugueses.
Instalado no antigo mosteiro da Madre de Deus abriu ao público como Museu Nacional do Azulejo em 1980 autonomizando-se do Museu Nacional de Arte Antiga do qual era dependente. Na exposição permanente acompanhamos a história do azulejo em Portugal partindo do século XVI até ao século XXI, seguimos os modos de produção, as temáticas e intenções de cada uma das épocas.
Na última fase somos surpreendidos com grandes nomes das artes plásticas portuguesas que também utilizaram este suporte para as suas obras, destaco nomes como Júlio Pomar e Lourdes de Castro.
Sim, é um museu sobre o azulejo mas aqui o que não pode deixar de ver é a igreja de Santo António, num conceito de arte total – temos azulejos azuis e brancos, talha dourada, pinturas a óleo… do barroco, rococó ou talha joanina.
Mais informações no site: http://www.museudoazulejo.pt
texto e imagens de Soraia Silva (Portugal)