Existem alguns mistérios no mundo das artes, como o sumiço de pinturas, desenhos e esculturas, mas nada tão inexplicável quanto o desaparecimento de 153 quadros do pintor Manabu Mabe. Nenhum contato foi feito pelo comandante, nenhum destroço, quadro ou corpos dos tripulantes jamais foram achados.
O avião cargueiro Boeing 707-323C levantou voo do Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio, no Japão, às 20h23 do dia 30 de janeiro de 1979. O destino final era o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão, com uma escala nos Estados Unidos.
Vinte e dois minutos depois de decolar, o comandante Gilberto Araújo da Silva fez o primeiro contato com a torre de controle. Não havia qualquer problema a bordo. O segundo contato, previsto para as 21h23min, não chegou a ser feito.
O avião desapareceu sobre o Oceano Pacífico cerca de trinta minutos após sua decolagem em Tóquio. Nenhum sinal da queda, como destroços ou corpos, jamais foi encontrado. O voo de carga transportava, entre outros itens, 153 quadros do pintor Manabu Mabe, que voltavam de uma exposição no Japão. As pinturas foram avaliadas na época em mais de US$ 1,24 milhão. É conhecido por ser o maior mistério da história da aviação e o único jato civil comercial que desapareceu sem deixar vestígios até agora.
A tripulação do Boeing 707 Cargo era formada por seis homens: o comandante Gilberto Araújo da Silva – mesmo comandante sobrevivente do Voo Varig RG-820, que foi obrigado a fazer um pouso de emergência nas proximidades do Aeroporto de Orly, na França, em 1973, por um incêndio a bordo que matou 123 pessoas – comandante Erni Peixoto Mylius, atuando como 1º oficial, o 2º oficial Antonio Brasileiro da Silva Neto, 2º oficial Evan Braga Saunders, (atuando como co-pilotos) José Severino Gusmão de Araújo e Nícola Exposito (mecânicos de voo).
Este foi também um dos raríssimos casos da aviação comercial mundial em que um piloto (comandante Gilberto) se envolve em dois desastres aéreos fatais.
O desaparecimento foi notado pelos controladores de voo após a falta de comunicação na passagem do Varig 967 sobre um dos pontos imaginários fixos sobre o oceano, usados na navegação e monitoramento de progresso de voo. Após uma hora de tentativas frustradas de se estabelecer alguma comunicação, o alarme foi dado e as equipes de busca e salvamento foram acionadas.
Com a escuridão reinante, as buscas foram suspensas e só foram retomadas mais de doze horas depois da decolagem, na manhã do dia seguinte. Apesar de mais de oito dias de busca intensa no mar, nenhum sinal de destroços, manchas de óleo ou dos corpos dos tripulantes jamais foi encontrado.
A investigação interna da Varig não conseguiu resolver o enigma. No relatório final sobre o acidente, consta o seguinte: “Não foi possível encontrar nenhum indício que lançasse qualquer luz sobre as causas do desaparecimento da aeronave”. Muitas hipóteses e teorias conspiratórias foram formadas a partir de então para tentar entender o que ocorreu com o Boeing 707 da Varig:
Fontes: http://terramagazine.terra.com.br/blogdotessler/blog/2009/06/03/o-sumico-do-707-da-varig/
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