Arte no Mundo

O Instituto Giacometti abre suas portas em Paris

Artista incontornável do século XX, Alberto Giacometti ganha uma casa nova

O Homem que anda, A mulher em pé, Cachorro, Gato… todos passaram pelos modestos 23 m2 do ateliê que Alberto Giacometti ocupou durante 40 anos na região de Montparnasse, em Paris. Recriado fielmente graças a Annette – mulher do artista, que conservou até os desenhos do muro – o ateliê ganhou um novo endereço não muito longe do original.

foto: Marina Mantoan

Instalado no prédio estilo Art Déco construído entre 1912 – 1914 e recentemente reformado por Pascal Grasso, as portas do ateliê agora também são as portas do Instituto Giacometti, este com 350 m2 e inaugurado no último dia 21 de junho. O prédio, que foi antes o espaço de trabalho de um outro artista, Paul Follot, foi adquirido pela Fundação Giacometti graças a venda de um quadro de Joan Miró dado pelo próprio artista à Giacometti e vendido por cerca de 9 milhões de euros em 1915 na Sotheby’s.

foto: Marina Mantoan

Dedicado inteiramente a seu trabalho, o Instituto tem como objetivo apresentar exposições dedicadas à aspectos particulares da obra de Giacometti, à suas relações com artistas e escritores de sua época e também à sua influência sobre as gerações seguintes, especialmente os artistas contemporâneos.

O Ateliê de Alberto Giacometti visto por Jean Genet é o título da exposição inaugural. Ninguém soube retratar tão bem esse universo de criação do artista como o escritor. As Mulheres de Veneza (1956), O Retrato de Jean Genet (1954-1955) e uma escultura de Eli Lotar ajoelhado (sua última obra, deixada inacabada) são algumas das peças expostas.

As próximas mostras do Instituto serão consagradas a artista francesa Annette Messager e ao fotógrafo alemão Peter Lindberg. Além das exposições, o Instituto tem uma grande missão pedagógica com a Escola das Modernidades, um programa de pesquisa em História da Arte.

foto: Marina Mantoan

Com intuito de propor uma experiência privilegiada e intimista, o Instituto Giacometti recebe apenas 40 pessoas por hora e a visita deve ser reservada através do site.

Apesar de estar presente nos acervos dos mais importantes museus ao redor do mundo, nada melhor do que estar em casa.

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Marina Mantoan

Formada em Critica e Curadoria de Arte (PUC-SP), mudou-se para Paris para estudar Estética e Filosofia da Arte (Universidade Paris IV - Sorbonne). Fez um master em História e Gestão do Patrimônio Cultural da Universidade Paris 1 Panthéon - Sorbonne. Apaixonada por arte contemporânea e dança, é também uma globetrotter assumida.

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