Um dos principais ícones da cidade de São Paulo, o MASP está repleto de histórias que talvez você ainda não saiba. Depois desta lista, você vai ver o museu mais famoso da América Latina com outros olhos. Aqui vai:
1) O MASP é uma das quatro instituições do mundo que possui a coleção completa das 73 esculturas de bronze feitas por Edgar Degas, incluindo a “Bailarina de 14 anos”, única escultura exposta enquanto o artista ainda estava vivo.
2) Além dos lugares de acesso público, existe uma sala de acervo climatizada dentro do museu onde poucos têm acesso. É uma fortaleza com 8 mil obras do acervo permanente da instituição, vigiada por câmeras e seguranças 24h por dia.
3) Algumas peças do MASP nunca foram exibidas, como, por exemplo, uma armadura em ferro e cobre datada de 1480.
4) Os primeiros anos foram de grandes aquisições para a instituição. Entre 1947 e 1952, foi adquirida a grande parte do acervo, hoje com cerca de 10 mil obras e custou o equivalente a US$ 6 milhões. Por conta do final da Segunda Guerra com os países sucateados, foi um período de grandes oportunidades. O fundador do MASP, Assis Chateaubriand usou a sua influência para que os poderosos da época fizessem doações para a instituição. Vale a pena olhar o verso de cada obra e ver os nomes das empresas que doaram as obras para o museu.
5) A primeira aquisição do MASP, comprada pelo fundador do museu Pietro Maria Bardi, é o quatro Retrato de Mulher, de Picasso, e data de 1947.
6) Obras falsificadas já foram compradas pelo MASP. No início dos anos 70, o pintor Joan Miró escreveu uma carta a Bardi, o diretor da instituição, negando a autoria de um guache exposto. A obra foi retirada e encaminhada à reserva técnica. Nas décadas seguintes, outras obras tiveram autoria questionada.
7) O vão livre do MASP, projetado por Lina Bo Bardi, foi doado à Prefeitura com a condição de que nunca fosse construído um edifício que tapasse a paisagem para a Avenida Nove de Julho. Para contornar a situação, a profissional projetou uma construção com um grande vão, respeitando as exigências dos doadores. Ela usou uma técnica de concreto protendido para fazer o vão.
8) A convite do Musèe d’Orsay, o MASP entrou em 2008 no “Clube dos 19”, que congrega os museus cujos acervos são considerados os mais representativos da arte europeia do século XIX, como o Musèe d´Orsay, The Art Institute de Chicago, Metropolitan de Nova York, entre outros.
9) A nova sede do MASP foi inaugurada na presença de Elizabeth II, rainha do Reino Unido e de mais 15 países, além de líder suprema da igreja anglicana. Ela veio ao Brasil para fortalecer laços comerciais com o governo Costa e Silva – que, 32 dias depois, declararia o AI-5. A presença dela, que fez com que um grande público fosse à Paulista, atrasando o início das comemorações.
10) O primeiro endereço do Museu de Arte de São Paulo não foi na av. Paulista. O MASP nasceu no centro da cidade, na rua 7 de abril, em 2 de outubro de 1947 e mudou-se para a Paulista apenas em 7 de novembro de 1968.
11) Há várias teorias sobre a história da pedra do vão do MASP. A oficial diz que ela está ali porque carrega uma mensagem gravada em comemoração à inauguração do museu. No entanto, as más línguas afirmam que Lina Bo Bardi escolheu a pedra porque ela tinha uma silhueta semelhante às formas de Assis Chateaubriand, o empresário fundador.
12) Entre as peças menos conhecidas do museu está o acervo de moda. O acervo de moda tem 159 peças. O museu já foi palco de um desfile da Dior na década de 50 e abrigou, sob o comando de Lina Bo Bardi, uma das primeiras escolas de design e tecelagem do país, o IAC.
13) É tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN
14) Além de pinturas, também fazem parte do acervo do MASP: Arqueologia, Esculturas, Desenhos, Gravuras, Fotografias, Maiólicas (cerâmicas italianas dos séculos XIV ao XI), além de Tapeçarias, Vestuário e Design).
15) O terreno do MASP não estava vazio. O número 1578 da Avenida Paulista abrigava o Belvedere Trianon, uma espécie de clube frequentado pela alta sociedade paulistana. Também conhecido como Miradouro da Avenida ou Belvedere da Avenida, o complexo construído pelo escritório de arquitetura de Ramos de Azevedo era composto por um extenso mirante, terraços panorâmicos, um restaurante e salões de festas. Por conta de mudanças na economia e na rotina da capital paulista, no final dos anos 1920 o local deixou de ser restrito à elite. Em 1951, o edifício foi demolido para abrigar a 1ª Bienal de Arte Moderna da cidade. O evento foi bem-sucedido e motivou que a prefeitura doasse o terreno para a construção da nova sede do MASP.
16) Assis Chateaubriand recebeu em 2017 um financiamento do Programa Keeping It Modern, da Fundação Getty, que tem como objetivo desenvolver pesquisas para conservação de edifícios modernos no mundo. Com esse apoio, a instituição pretende criar um plano de diretrizes de conservação e manutenção permanente do edifício.
17) Seu vão livre possui 70 metros de extensão
18) Todas as 3a feiras o MASP tem entrada gratuita!
19) Um dos primeiros centros poli-culturais do mundo. Em apenas 3 anos, o museu já contava com pinacoteca, sala de exposição didática sobre a história da arte, salas para exposições temporárias, auditórios, biblioteca, laboratório fotográfico, cursos e palestras, mostras de artistas nacionais e estrangeiros de todas as correntes, manifestações de teatro, música e cinema. O museu era um ponto de encontro de artistas, estudantes e intelectuais, em geral.
20) Existe por lá um programa chamado MASP ESCOLA, que oferece cursos para maiores de 16 anos interessados por arte ou que trabalham na área. Em quatro aulas, os alunos aprendem sobre a história da arte europeia, moda, pintura, escultura, arquitetura e curadoria.
21) Em 1927, quando morreu Carlos de Campos, presidente de São Paulo (título que equivale ao de governador atualmente), a Avenida Paulista foi rebatizada em homenagem ao político. A mudança não foi bem aceita, o que causou o retorno ao nome original no começo da década de 1930.
22) O MASP possui a mais importante e abrangente coleção de arte ocidental da América Latina e de todo o hemisfério sul
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"Em 1953, o edifício foi demolido para abrigar a 1ª Bienal de Arte Moderna da cidade".
Uma correção. O ano correto da 1ª Bienal de Arte Moderna de Sampa é 1951 e não 1953, como consta no texto. Um abraço!