Curiosidades

As 50 principais terminologias de um leilão.

De Paddle Spotting a Chandelier Bidding, aqui você vai ver todos os termos importantes de um leilão de arte.

Por Paulo Varella - janeiro 23, 2024
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Você foi convidado(a) para ir a um leilão mas todo o seu conhecimento veio dos filmes que você assistiu, o que não é muito bom

Para você se sentir melhor preparado, aqui vão algumas dicas.

Inicialmente vamos começar com todas as terminologias envolvidas em um leilão. Vou colocar tanto em Inglês quanto em português, nunca se sabe aonde vai ser o seu evento.

Terminologias de  um Leilão

1- Licitante ausente (Absentee Bidder):

Uma pessoa que não pode participar da venda, mas envia, com antecedência, uma oferta por escrito ou oral que é o preço mais alto que ele pagará por uma determinada propriedade.

2 – Lance de Ausente /Proxy (Absentee Bid/Proxy Bid):

Uma oferta em um item que um proponente deixa sem estar fisicamente presente. O e-bay  e alguns sites de leilão automático permitem que um proponente deixe um lance em qualquer item listado um valor de lance. Todas as propostas são mantidas em sigilo. No momento do leilão ao vivo, o sistema de lances tentará executar seu lance com o menor custo possível.

3 – Avaliação (Appraisal):

O ato ou processo de estimar valor.

4 – “Como está” (“As Is”):

Também conhecido como “como está, onde está” e “na sua condição atual”. Normalmente, isso é um sinal de que nenhum privilégio de retorno será concedido.

5 – Leilão (Auction):

Um método de venda de propriedades em um fórum público por meio de licitações abertas e competitivas. Também conhecido como: leilão público, venda em leilão ou venda.

6 – Leiloeiro (Auctioneer):

A pessoa que o vendedor contrata para dirigir, administrar ou ser responsável por uma venda em leilão. Essa pessoa pode ou não realmente “chamar” ou “cantar” o leilão.

7 – Bloco de Leilões (Auction Block):

O pódio ou plataforma elevada onde o leiloeiro se encontra enquanto conduz o leilão. “Colocar (um item) no bloco de leilão” significa vender algo em leilão.

8 – Lance (Bid):

Indicação de um comprador em potencial ou oferta de um preço que ele / ela pagará para comprar uma propriedade em um leilão. Os lances geralmente estão em incrementos padronizados estabelecidos pelo leiloeiro.

9 – Solicitante de lances (Bid Caller):

A pessoa que realmente “chama”, “canta” ou “licita” a propriedade em um leilão, reconhecendo os licitantes e reconhecendo o maior lance. Comumente conhecido como o leiloeiro.

10 – Histórico de lance (Bid History):

Uma lista histórica de todos os lances feitos em um determinado leilão durante ou após o leilão.

11 – Incrementos de lances (Bid Increments):

O valor padronizado de um item aumenta de preço após cada novo lance. O serviço de leilão define o incremento, que aumenta de acordo com o valor de lance alto atual de um item.

12 – Número do Licitante (Bidder “Paddle” Number):

O número emitido para cada pessoa que se registra em um leilão.

13 – Prêmio do Comprador (Buyer’s Premium):

Uma taxa de serviço adicional, pela qual o comprador é responsável, pode ser adicionada ao preço dos itens vendidos. Em caso afirmativo, isso será indicado na página do item.

Em termos de leilão, o prêmio de compradores refere-se a um custo adicional percentual sobre o preço do martelo (lance vencedor no leilão) do lote que deve ser pago pelo licitante vencedor. É cobrado pelo leiloeiro para cobrir as despesas administrativas. O prêmio do comprador vai diretamente para a casa de leilões e não para o vendedor.

13 – Catálogo ou Brochura (Catalog or Brochure):

Uma publicação que  descreva a(s) propriedade(s) disponível(eis) para venda em leilão público, muitas vezes incluindo fotografias, descrições de propriedade e os termos e condições da venda.

14 – Escriturário (Clerk):

A pessoa empregada pelo principal leiloeiro ou empresa de leilões para registrar o que é vendido, a quem e por qual preço.

15 – Lances concorrentes (Competing bid):

Durante uma venda, o leiloeiro pode aceitar ofertas concorrentes para um item de várias fontes; estes incluem (mas não estão limitados a):

  1. lances de um público interno
  2. lances telefônicos
  3. ofertas agendadas
  4. ofertas ausentes
  5. outras plataformas de licitação

16 – Comissão (Commission):

A taxa cobrada ao vendedor pelo leiloeiro pela prestação de serviços – geralmente uma porcentagem do preço bruto de venda da propriedade estabelecida por contrato (o contrato de listagem) antes do leilão.

17 – Destinatário (Consignee):

O leiloeiro ou o operador da casa de leilões a quem as mercadorias são confiadas por outro (expedidor) para venda em leilão.

18 – Expedidor (Consignor):

A pessoa ou agente autorizado ou entidade que consigna mercadorias a um leiloeiro. O expedidor é geralmente o vendedor.

19 – Garantia (Escrow):

Dinheiro mantido em custódia por um terceiro até que o vendedor faça a entrega da mercadoria ao comprador.

20 – Classificação (Grading):

O processo para determinar a condição física de um item. Itens diferentes têm sistemas de classificação diferentes.

21 – Preço do martelo (Hammer Price):

Preço estabelecido pelo último licitante e reconhecido pelo leiloeiro antes de soltar o martelo ou o martelo para indicar que a venda foi concluída.

22 – Penhor (Lien):

Uma reivindicação adversa ou cobrança contra um item quando esse item estiver sendo usado como garantia de uma dívida.

23 – Lote (Lot):

Um item ou conjunto de itens para venda em um leilão, os lotes são normalmente denotados por um número “lote”.

24 – Leilão Online / Virtual (Online/Virtual Auction):

Um leilão que é apenas para licitadores on-line e não é realizado na frente de um público tradicional ao vivo. Esses tipos de leilão podem ter itens de reserva nos quais os leiloeiros fazem lances para proteger a reserva.

25 – Leilão no local (On-site Auction):

Um leilão realizado nas instalações da propriedade que está sendo vendida.

26 – Licitante no local (On-site Bidder):

Um licitante que está participando fisicamente no local do leilão.

27 – Outbid:

Para enviar um lance máximo, maior do que o lance máximo de outro comprador.

28 – Preview:

Data e hora especificadas para que uma propriedade esteja disponível para o possível comprador.

29 – Reserva ou Preço de Reserva (Reserve or Reserve Price):

O preço mínimo que um vendedor está disposto a aceitar por um item a ser vendido em leilão. Este montante nunca é formalmente divulgado.

30 – Alertas SMS (SMS Alerts):

Alertas enviados via mensagem de texto para o seu dispositivo móvel para informá-lo quando outro licitante colocou um lance em um item.

31 – Preço inicial Starting Price:

O lance inicial provável para um determinado leilão, definido pelo vendedor no momento da listagem.

31 – Leilão Tradicional (Traditional Auction):

Um leilão que é realizado em frente a uma audiência ao vivo em um local físico onde os itens à venda estão localizados.

32 – Paddle Spotting

O ato de observar números de remo para identificar quem está licitando.

33 – Direitos na Revenda (Resale Royalty)

(também conhecido por: Direitos de revenda do artista, Artist Resale Right ou Droit de Suite)

Uma “royalty” de revenda de artista (ARR) é uma porcentagem do preço do martelo que deve ser pago ao artista que criou a obra de arte à venda ou à sua propriedade.

Embora os ARRs sejam padronizados na União Europeia e legislados em vários países ao redor do mundo, os EUA ainda não têm essa lei, em grande parte graças aos esforços de lobby das grandes casas de leilões.

O American Royalties Too Act (ART) foi recentemente reintroduzido no Congresso para consideração.

34 – Comprado internamente (Bought-in):

(ou também: Retirado passado)

Esse é o termo usado para quando um trabalho não é vendido, geralmente porque os lances não atingiram o preço de reserva.

O consignador pode tentar a sorte em um leilão posterior ou consignar seu trabalho para o departamento de vendas privado de uma casa de leilões.

Os interessados muitas vezes perguntam depois de obras compradas nos dias seguintes a um leilão. Se um trabalho não for vendido, o expedidor pode ser cobrado várias taxas (armazenamento, remessa, custos promocionais). O potencial para incorrer em tais custos incentiva os consignadores a reduzir seu preço de reserva desejado.

35 – Queimado (Burned):

Um termo coloquial usado para descrever um lote que não consegue ser vendido ou é vendido por um preço muito abaixo do esperado, a implicação é que o valor futuro do item pode ter sido afetado adversamente.

36 – “Chandelier Bidding”

(Lançe de Rafter, Lançe off-the-wall, Lançe consecutivo, lance do fornecedor. Lance do Consignatário.)

Uma prática em que o leiloeiro finge fazer uma oferta a partir da sala para incentivar os lances, criar a aparência da demanda ou empurrar as lances para mais perto do preço de reserva.

Lance de candelabros é legal, contanto que tais ofertas parem antes da reserva. As casas de leilões preferem descrever a prática com o termo mais simples “lance consecutivo”. A seção de termos e condições de um catálogo de leilão normalmente declara que a casa pode fazer lances consecutivos em nome de um consignador. Os leiloeiros afirmam que a prática promove a competitividade e que, se os licitantes soubessem o preço de reserva, estariam menos inclinados a licitar acima dela. Os críticos argumentam que os lances de “candelabros’ são enganosos e distorcem o verdadeiro nível de interesse de um determinado lote.

O ex-parlamentar democrata Richard Brodsky passou 19 anos tentando proibir lances de candelabros. Depois que sua nona lei finalmente passou pela Assembléia em 2007, foi posteriormente anulada no Senado. O senador estadual republicano(EUA) John Flanagan também tentou aprovar um projeto de lei em 2007.

37 – Garantia de Terceiros (Third-party Guarantee):

(também conhecido por: acordos de partilha de riscos. Ofertas irrevogáveis)

Fiadores terceirizados são indivíduos ou empresas que prometem comprar muito antes de um leilão por um valor específico não divulgado.

Se o trabalho for vendido em leilão por um preço superior ao da garantia, a casa de leilões poderá pagar ao fiador uma parte dos lucros – tipicamente descrita como uma “taxa de financiamento”.

As identidades de fiadores de terceiros nunca são divulgadas. Muitos que possuem fiadores de terceiros geralmente são marcados por um símbolo no catálogo de leilões (a Christie’s usa um diamante, a Phillips usa um círculo e a Sotheby’s usa dois “C” atrasados). Fiadores terceirizados publicamente conhecidos incluem Steve Cohen, Steve Wynn e Peter Brant.

38 – As três principais casas de leilões têm políticas diferentes:

A Christie’s refere-se a garantias de terceiros como “acordos de compartilhamento de risco”. Seus termos e condições determinam que os fiadores de terceiros receberão uma “taxa de risco”, independentemente de “se o terceiro é ou não o licitante vencedor”. Pagar em garantias é objeto de intensa especulação, já que ao contrário da Sotheby’s, a Christie’s é uma empresa privada.

A Sotheby’s refere-se a garantias de terceiros como “lances irrevogáveis”. Seus termos e condições determinam que os ofertantes irrevogáveis ​​são compensados ​​apenas “no caso em que ele ou ela não é um concorrente vencedor”.

Um porta-voz da Phillips disse que os fiadores terceirizados são compensados ​​quando a venda de uma obra excede o valor garantido.
As garantias de terceiros são o componente mais controverso dos leilões modernos, principalmente porque os fiadores geralmente têm permissão para fazer lances. Os críticos argumentam que isso efetivamente permite que os colecionadores ricos apoiem o valor de suas coleções, enquanto são potencialmente pagos por isso. Por essa razão, muitos colecionadores afirmam que é injusto que as identidades de fiadores de terceiros sejam mantidas em segredo.

Se um terceiro fiador colocar um lance vencedor acima do preço de sua garantia na Christie’s ou na Phillips, ele receberia efetivamente um desconto no lote por meio da redução dos lucros da venda. Nesses casos, o preço real realizado para tais obras é obscurecido, já que o terceiro fiador acaba pagando menos do que o preço final anunciado pelo martelo.

Arranjos de terceiros estão se tornando cada vez mais complexos. Charlotte Burns, do jornal Art Newspaper, reportou recentemente sobre “parceiros terceirizados”, um novo termo criado pela Christie’s para descrever “indivíduos que apostam na garantia interna da Christie”.

39 – Conspiração (Collusion)

Amplamente definido como uma instância ilegal em que vários licitantes cooperam para benefício mútuo.

Os licitantes que compartilham os mesmos interesses podem formar “laços” ilegais por meio dos quais eles fazem lances contra pessoas de fora em uma tentativa de reduzir os preços.

Compradores e vendedores também podem trabalhar juntos para aumentar o valor de mercado de determinados artistas, sendo que o pior cenário é que um deles pode alcançar a oferta vencedora e deve pagar pelo lote, caso em que o valor de outras obras do mesmo artista é percebido que aumentou de qualquer maneira.

É geralmente assumido que colecionadores cooperam regularmente para aumentar os preços,

embora seja difícil provar definitivamente.

40 – Shills

Indivíduos que aumentam os preços com lances falsos (geralmente chamados de lances “fantasmas” ou “fantasmas”).

41 – Coletador de propostas

(também conhecido por: Bid Catcher. Bid Assistant. Bid Spotter, Ringman)

Os coletores de propostas são funcionários da casa de leilões que retransmitem os lances feitos no pregão do leilão para o leiloeiro.

42 – Dinheiro novo (New Money):

Um indivíduo que entra tarde no lance.

43 – Aviso Justo (Fair Warning):

Uma frase usada pelo leiloeiro para indicar que os lances estão prestes a fechar.

44 – Steamrolling

Quando um licitante mantém o braço ou plaqueta levantados para fazer lances sucessivos. Uma tática de licitação agressiva usada para impedir outros licitantes em potencial.

45 – Derrubado (Knocked Down):

Uma frase usada pelo leiloeiro para indicar que muito foi vendido. “Knock” refere-se ao martelo do leiloeiro. Ou seja “Derrubou em US $ 220.000.”

46 – Venda de luva branca (White Glove Sale):

Um termo dado a um leilão em que todos os lotes foram vendidos com sucesso – uma ocasião rara. O termo possivelmente deriva da frase “o tratamento com luva branca” (isto é, especial) ao mesmo tempo que se refere às luvas usadas para manipular e exibir trabalhos no bloco de leilão.

47 – Buy-In-Rate:

A porcentagem de lotes que não conseguiram vender em um determinado leilão.

48 – Taxa de venda (Sell-Through Rate):

(também conhecido por: Clearance Rate)

Uma avaliação do desempenho de um leilão com base na porcentagem de lotes vendidos.

49 – Lote de capa (Cover Lot)

O trabalho que aparece na frente do catálogo do leilão, normalmente apontado como o lote mais cobiçado ou desejável. Casas de leilão prometem capas de catálogo aos proprietários de trabalhos procurados ou para apaziguar vendedores exigentes.

50 – The Three D’s (Death, Divorce, and Debt)

Consideradas as três principais circunstâncias a partir das quais os colecionadores consignarão obras para leilão: Morte, Divórcio e Dívida.

Fonte: Live auctioneers, Wikipedia

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Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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