"Composição A", 1923
Mondrian foi um dos artistas mais relevantes do período Modernista no início do século XX, reconhecido como um dos pioneiros da arte abstrata desse período. Suas primeiras pinturas eram figurativas, retratando paisagens serenas com cores escuras. Ao longo de sua carreira, foi mudando sua direção artística para um estilo cada vez mais abstrato, até chegar a um ponto em que suas obras traziam formas simples e cores puras.
Para falar mais sobre a carreira desse artista tão interessante, selecionamos 7 fatos sobre sua vida:
Pieter Cornelis Mondrian nasceu na Holanda em 1872 em ambiente rural, dentro de uma família calvinista – movimento religioso ligado ao protestantismo. Por influência de seu tio, um pintor, Mondrian se interessou pela carreira artística, contrariando os interesses de seu pai, que esperava vê-lo formado na área de educação. Assim, Mondrian convenceu sua família que estudaria artes e tornaria-se professor.
Já formado em Belas Artes, em 1908 Mondrian tem contato com a teosofia – corrente filosófica que aborda as origens e os mistérios do universo – levando o artista um período simbolista, que determinaria seu futuro interesse pela abstração. A busca pela essência matemática e racional da natureza leva o artista ao início da desconstrução do figurativo e à geometrização.
Em 1911 Mondrian visitou uma exposição cubista em Amsterdã que marcou profundamente seu olhar artístico. Mudou-se para Paris, desenvolvendo interesse pelo cubismo de Pablo Picasso e Georges Braque. Assim, sua obra passa a demonstrar mais claramente os elementos geométricos, porém ainda usando formas figurativas.
No início da primeira Guerra Mundial (1914), o artista volta para a Holanda e, ao lado de outros artistas como Theo van Doesburg, cria o movimento “De Stijl”, ou “O Estilo”, em 1917. O movimento acreditava numa arte pura e objetiva, com linhas e cores nítidas capazes de traduzir conceitos universais. Era o princípio do neoplasticismo, corrente artística abstrata que tem no artista o seu maior representante.
Para Mondrian, a arte deveria ter formas e cores puras em oposição às linhas orgânicas da natureza, assim como é possível observar no quadro “Composição com vermelho, amarelo e azul” de 1921.
Mondrian fez exposições em Paris e Berlim, ganhando fama internacional. Em 1940 mudou-se para Nova York, onde seus quadros começaram a ganhar mais liberdade, deixando de lado as linhas negras para unir as áreas com cores vivas.
O artista morreu em 1944, aos 71 anos, em Nova York.
Mondrian inspira a arte, o design, a moda, a arquitetura e a publicidade até os dias de hoje. Veja alguns exemplos:
Em outubro de 2022 foi descoberto que a obra “New York City 1”, de 1941, exposta no museu Kunstsammlung Nordrhein-Westfalen, na Alemanha, está de cabeça para baixo há décadas. O local inaugurou uma grande retrospectiva do artista, com a tela “New York 1” como peça principal.
Foi a curadora da mostra “Mondrian: Evolution” quem apontou o erro.“Em uma foto de 1944, vi que a tela estava posicionada no outro sentido sobre o cavalete. Isso me intrigou”, declarou a historiadora de arte Susanne Meyer-Büser, em entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung.
Na atual posição, o que deveria ser uma representação abstrata do skyline de Nova York, por meio de uma combinação de linhas coloridas (vermelho, amarelo, preto e azul), está na parte inferior da tela. Susanne notou essa falha: a grade mais espessa deveria estar no topo, como um céu escuro.
Uma tela semelhante e com o mesmo título exposta no Centre Pompidou, em Paris (França), mostra a posição correta. Além disso, uma foto tirada no estúdio de Mondrian, em 1944, revela a pintura como foi concebida.
Entretanto, o quadro irá continuar do mesmo jeito que está, pois, segundo a historiadora, a obra pode ser danificada caso mude de posição. “As fitas adesivas já estão extremamente soltas. Se virarmos a pintura de cabeça para baixo agora, a gravidade as puxaria para outra direção”, disse Susanne.
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