O roubo de obras de arte é muito, muito antigo. Acredita-se que a prática já existia desde a Mesopotâmia e foi se aprimorando ao longo dos séculos, tornando-se uma atividade cada vez mais atraente à medida que obras de arte mundialmente conhecidas passaram a ser mais valorizadas, além de tornarem-se símbolos de status e poder.
Embora os recursos tecnológicos de segurança sejam mais sofisticados hoje em dia, os criminosos continuam atuando de formas cada vez mais criativas. Os responsáveis nem sempre são presos e as obras nem sempre recuperadas, o que pode configurar como grandes perdas culturais e mudar a trajetória dessas obras para sempre.
Em 20 de dezembro de 2007, três homens furtaram dois quadros do Masp: “O lavrador de Café” – Cândido Portinari, com valor estimado de US$ 5,5 mi e “O Retrato de Suzane Bloch”, de Pablo Picasso, com valor estimado de US$ 50 mi. Somados, os dois valeriam R$ 172 milhões
As obras foram recuperadas mais de dois anos depois, em janeiro de 2010, numa casa em Ferraz de Vasconcelos (grande SP). A polícia chegou ao local após ter detido um homem. Na casa, dois outros homens foram presos.
No dia 24 de fevereiro de 2006, quatro homens invadiram o Museu da Chácara do Céu, no Rio, e levaram quatro quadros: “A dança” de Picasso, “Marinha” de Claude Monet, “O Jardim de Luxemburgo” de Henri Matisse e “Os dois balcões” de Salvador Dalí. As quatro obras, juntas, têm valor estimado de US$ 50 milhões (R$ 155 mi).
Parte da obra “A Dança” foi encontrada numa fogueira no morro dos Prazeres, também no Rio. “O Jardim de Luxemburgo” chegou a ser anunciado num site de leilões de Belarus (país europeu). O lance mínimo era de US$ 13 mi.
Em março de 2004, três homens armados levaram obras de arte, entre elas, obras de Cândido Portinari e Di Cavalcanti. Avaliadas em R$ 20 mi, as obras foram localizadas perto da igreja Nossa Senhora do Ó, na Freguesia do Ó, zona norte de SP. Três suspeitos foram detidos.
Graziela não foi a única da família Lafer a ter sua casa invadida por ladrões que queriam obras de arte. Em 15 de setembro de 2001, a casa do empresário Jacob Lafer foi invadida por quatro homens e levadas no carro da própria família.
As obras, avaliadas em R$ 10 mi, foram recuperadas quatro dias depois, na casa de um dos suspeitos, na zona leste de SP. O homem foi detido.
Em outubro de 2011, seis obras, incluindo Volpis, avaliadas entre R$ 7 e 9 milões, foram roubadas numa casa nos Jardins, em São Paulo. Elas foram recuperadas na quinta-feira, 12 de março de 2015, em São Sebastião. Três suspeitos da receptação foram detidos.
No Dia das Mães de 2009, homens disfarçados de entregadores de flores invadiram a residência de Ilde Birosel Maksoud e roubaram obras de arte de Portinari, Picasso, Tarsila do Amaral e Orlando Teruz . Avaliadas em R$ 3,5 milhões, as obras foram encontradas dois dias depois perto da estação Palmeiras – Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
Em 12 de junho de 2008, assaltantes levaram a obra “Mulheres na Janela” de Di Cavalcanti, “O pintor e seu modelo” e “Minotauro, bebedor e mulheres” de Picasso, além de “Casal” de Lasar Segall, da Estação Pinacoteca, em SP. Com valor total estimado em R$ 1 milhão, as obras foram recuperadas em dias e em locais diferentes de São Paulo.
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Acredito que, com medidas de segurança preventivas, os roubos podem diminuir consideravelmente.