A Arte Conceitual é, no Brasil, um campo de expressão artística muito pouco compreendido. Isto se deve a muitos artistas, jornalistas desinformados e críticos de arte que a tratam como se esta fosse a única forma de Arte Contemporânea.
Os artistas desse movimento preocupam-se com a documentação da ideia, por meio de descrições que articulam ou exploram o seu conceito. Assim, a execução da obra não tem tanta importância, já que segundo os artistas a arte reside no conceito essencial, não no trabalho real.
Uma característica forte desse estilo é o rompimento com a formalidade presente na década de 1960 no mercado de arte europeu, como expressado pelo crítico de arte Clement Greenberg (1909 – 94). O formalismo considera que as qualidades formais de um trabalho — linha, forma e cor — são auto-suficientes para sua apreciação, e todas as outras considerações — como aspectos representacionais, éticos ou sociais — são secundárias.
A Arte Conceitual também revaloriza a Arte Figurativa que foca em temas como a representação da forma humana e elementos da natureza.
Seu objetivo é gerar reflexão em seus espectadores mais do que realizar trabalhos impressionantes em termos de dificuldade. A fruição estética e visual abre espaço para a materialização de ideias e significados. Uma importante questão agora permeia os limites desse movimento artístico: O que é arte?
Pode-se dizer que ela caracterizou uma revolta contra a crescente mercantilização da arte e / ou as limitações criativas impostas pela arte moderna ensinada em locais tradicionalistas.
O uso de instalações, fotografias e performances foi resgatado na década de 1970 por profissionais como Hélio Oiticica. O termo foi cunhado por Henry Flynt, um artista, escritor e filósofo. A forma como ele define a Arte Conceitual combina bastante com a frase do artista Joseph Kosuth “Arte não é sobre beleza”.
Para muitos críticos, Marcel Duchamp foi um dos precursores da arte conceitual ao inscrever um urinol (assinado pelo pseudônimo R. Mutt) na exposição de 1917 da Associação de Artistas Independentes de Nova York.
Por se tratar de um ready-made (já feito), a obra de Duchamp pode ser considerada uma antiarte; ela rompe com o mérito dado ao artista no que se refere ao processo de produção em si.
Pseudônimo de Lygia Pimentel Lins foi artista visual, pintora, escultora, desenhista, psicoterapeuta e professora de artes plásticas brasileira. Nasceu em Belo Horizonte e pregava uma interações menos passiva entre espectador e obra.
A partir da década de 1960, começou a trocar a pintura pela experiência com objetos tridimensionais, e um exemplo disso é a série Bichos, onde o espectador ajuda na exposição. Após ir para a Europa, seu trabalho passou a focar em expressões corporais. Suas obras lhe renderam reconhecimento internacional a partir de 1980.
Conhecido internacionalmente, Cildo cria os objetos e as instalações que acoplam diretamente o observador em uma experiência sensorial completa, questionando, entre outros lemas, a ditadura militar no Brasil (1964 – 1984) e a dependência do país na economia global.
São obras que revelam um caráter político do artista. Datam dos anos 1970 e 1980, nas quais Cildo Meireles arquitetou uma série de trabalhos que faziam uma severa crítica ao regime vivido em sua época. Neles a questão política sempre vem acompanhada da investigação da linguagem, fator importantíssimo dentro da vanguarda da Arte Conceitual.
Iole de Freitas é uma artista plástica, escultora e gravadora brasileira que atua no campo de arte contemporânea. Iole iniciou sua carreira na década de 1970, participando de um grupo de artistas em Milão, Itália, ligado a Body art. Utilizava então a fotografia.
“Não é possível compreender a arte do pós-Segunda Guerra Mundial sem a figura incomparável de Piero Manzoni e sua breve e intensa trajetória artística”, explica o curador Paulo Venâncio Filho. “Ele foi o protótipo do artista de vanguarda – talvez o mais importante e influente daqueles anos -, pois não só criou uma obra polêmica, como escreveu textos e manifestos, fundou revista e galeria e participou de grupos e movimentos. Contra a inércia do passado, buscava retomar o fio da radicalidade artística europeia, tão desgastada por duas guerras”, explica Venâncio.
Considerado um dos nomes europeus mais importantes do pós-guerra, o italiano ampliou o conceito de arte com seu trabalho provocador, que tem influências até hoje. Em sua criação mais polêmica, apresentou as próprias fezes enlatadas num museu — produzindo um choque semelhante ao provocado pelo urinol de Duchamp
Nasceu em Wervik, Bélgica. Vive em Gent e Londres. Wim Delvoye evidencia a atual impossibilidade de um pensamento que tome a arte somente a partir de um ponto de vista histórico ou estético – da estética em seu sentido estrito, como disciplina –, que obedeça à linearidade e à teleologia.
Ele também nos alerta para a importância da revisão do acervo iconográfico e simbólico que constitui não só a História, mas as narrativas de modo geral. Nas obras, a referência à simbologia de tempos históricos – como a modernidade, o gótico e o barroco – é realizada por meio de mixagens e de descontextualizações, que produzem hibridismos.
Uma exposição intitulada ‘porcos tatuados’, do “artista” belga Wim Delvoye, provocou polêmica no Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Nice, na França. A exposição, que apresenta sete porcos empalhados e tatuados, causou indignação de entidades de defesa dos animais.
Delvoye começou a tatuar porcos ainda na década de 1990. Na década seguinte, ele transferiu o projeto para uma fazenda na China, longe do olhar de reprovação das entidades de defesa dos animais.
Kosuth é um influente artista conceitual americano que estudou na escola de artes visuais de New York. Sua obra Uma e Três Cadeiras, de 1965, foi mostrada numa exposição de Arte Conceitual que tinha como objetivo colocar a obra como fonte de informações, e não como concepção estética.
O artista revelou que sempre teve o medo de não ser levado a sério por ser muito jovem. Certa vez, ao encontrar o pintor Mark Rothko em sua mostra, ele lhe disse “Ah, você não quer ainda ser um artista, quer? Não arruíne sua vida!”.
Chuck Close é um fotógrafo e pintor americano nascido em Washington em 1940. Ele utiliza como técnica o foto-realismo, em que a pintura é similar a uma fotografia, e que se enquadra no movimento artístico denominado de hiper-realismo.
Seu trabalho pode ser considerado conceitual ao passo que representa realismo e, ao mesmo tempo, distanciamento de seu objeto. Também evita deixar marcas que o aproximem de um pintor usando materiais que disfarçam seu traço.
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Resumindo, faça qualquer ...., e atribua um "sentido oculto" aquilo. Esse movimento é a coisa mais pretensiosa e desprovida de talento que já vi.