Bienal 2016: Ebony G. Patterson e suas obras que retratam a cultura e a violência em Kingston, Jamaica
1981, Kingston, Jamaica. Vive em Kingston e Lexington, Kentucky, EUA
Ebony G. Patterson parte de referências da pintura para compor cenas e retratos que se relacionam com a cultura popular e o forte contexto de violência caraterístico de diversas comunidades em Kingston, Jamaica. Transitando por técnicas variadas, a artista tem a fotografia como primeira etapa na elaboração de suas composições. Transforma as imagens em tapetes que, por meio de colagens, recebem camadas de tecidos e ornamentos. Os painéis de grande dimensão que daí derivam exploram o excesso de material, brilho e cor como forma de lançar luz sobre a necessidade de distinção por meio de bens de consumo e opulência, comportamento intimamente ligado a procedimentos de opressão social. A despeito da superfície colorida, as cenas retratam, de modo quase mimético, corpos estendidos no chão, assim como momentos casuais de convivência na rua. O conjunto de painéis apresentado na 32a Bienal é uma tentativa de traçar paralelos entre os contextos socioculturais do Brasil e da Jamaica. Reagindo aos altos índices de assassinato de crianças e jovens negros nos dois países, Patterson retrata uma infância que é potência de criação e transformação, e que, ao mesmo tempo, padece diante de sistemas excludentes e violentos.
Ebony G. Patterson parte de referências da pintura para compor cenas e retratos que se relacionam com a cultura popular e o forte contexto de violência caraterístico de diversas comunidades em Kingston, Jamaica. Transitando por técnicas variadas, a artista tem a fotografia como primeira etapa na elaboração de suas composições. Transforma as imagens em tapetes que, por meio de colagens, recebem camadas de tecidos e ornamentos. Os painéis de grande dimensão que daí derivam exploram o excesso de material, brilho e cor como forma de lançar luz sobre a necessidade de distinção por meio de bens de consumo e opulência, comportamento intimamente ligado a procedimentos de opressão social. A despeito da superfície colorida, as cenas retratam, de modo quase mimético, corpos estendidos no chão, assim como momentos casuais de convivência na rua. O conjunto de painéis apresentado na 32a Bienal é uma tentativa de traçar paralelos entre os contextos socioculturais do Brasil e da Jamaica. Reagindo aos altos índices de assassinato de crianças e jovens negros nos dois países, Patterson retrata uma infância que é potência de criação e transformação, e que, ao mesmo tempo, padece diante de sistemas excludentes e violentos.
Veja também:
Inscrever
0 Comentários