Jorge Peña e Eduardo Contrera sonorizam filme mudo dirigido pela dupla Paul Wegener e Carl Boese no MIS
Com o objetivo de resgatar a atmosfera das primeiras sessões de cinema, o MIS, Instituição da Secretaria de Estado da Cultura, promove o Cinematographo, que conta com projeção de filmes mudos sonorizados por músicos ao vivo.
Na edição de setembro do Cinematographo, o MIS traz os músicos Jorge Peña e Eduardo Contrera para executar ao vivo, trilha sonora desenvolvida especialmente para o filme O Golem (dir. Paul Wegener e Carl Boese, 1920, 85min). O título se refere a um termo ligado à tradição do judaísmo, e representa um ser artificial mítico, que pode ser trazido à vida por meio de um processo mágico, e tem a função de proteger a comunidade. O evento está marcado para domingo, 09/09, às 16h, no MIS.
Lançado em 1920, Golem é um filme mudo dirigido pela dupla Paul Wegener e Carl Boese, considerado parte fundamental do movimento do Expressionismo Alemão, que durou de 1918 até 1928. O filme é ambientado em Praga, onde uma pequena vila de judeus começa a ser perseguido pelo imperador. Para defender o vilarejo, o cientista Rabbi Lowe recorre à alquimia para criar o Golem. No inicio da experiência, a criatura atende apenas aos comandos de seu mestre. No entanto, com a passar do tempo, o Golem passa a ter autoconsciência e decide por conta própria tomar os rumos de suas ações.
Eduardo Contrera é músico, contador de histórias e escritor. Há mais de 30 anos pratica a Improvisação Livre, trabalhando com Teatro, Dança, Música. Fundador e integrante do Grupo Matéria Bruta de improvisação livre e do Grupo de Teatro, Dança e Improviso Pedra D’Agua; diretor musical, roteirista e intérprete do Projeto de Incentivo à Leitura “Ler é uma viagem”; e, ao lado da musicista Elaine Giacomelli realizou a direção musical de diversos espetáculos, com os Parlapatões desempenhou a direção musical, ao lado de Hugo Possolo para “Clássicos do Circo”.
Como músico cênico e ator participou de vários espetáculos com os grupos Parlapatões e Pia Fraus e como percussionista tocou oito anos com Edson Cordeiro, participando de quatro discos e de vários os principais festivais de música Europeus. Também tocou e gravou com os músicos Mônica Salmaso, Rita Ribeiro, Virgínia Rosa, Oswaldinho do Acordeon, Sá e Guarabira, entre outros. Atualmente, participa de duas formações: duetos com Dimos Goudaroulis e Jorge Peña; assina a direção musical da Cia. Kiwi de Teatro; e participa do grupo experimental de percussão “Ñande Rú”.
Jorge Peña nasceu no Uruguay, é fotógrafo, percussionista e sonoplasta. Iniciou sua carreira em 1977 em Montevideo, quando apresentou “Entre Pitos y Flautas” de Ricardo Fontana e coreografias de Adriana Lagomarsino. Participou de uma turnê com Mercedes Sosa pelo Brasil em 1987. Trabalhou com The Seoul Sister Cities Folk Music & DanceFestival e viajou para Seul (Coréia) com o grupo de dança “Batá Kotó” . No teatro, integrou o Grupo Ornitorrinco e, até hoje, faz parte da Companhia de Teatro Pessoal do Faroeste, do diretor Paulo Faria. De julho de 2006 a dezembro de 2007, desenvolveu o projeto “Sonoplastia dos Sonhos” dentro do Presídio Feminino de Sant’Ana. Também dirigiu a oficina de Sonoplastia e Memória Auditiva para o Núcleo Experimental do teatro Popular do SESI – SP. Fez parte da Orquestra Mediterrânea, composta por 24 músicos de diferentes regiões do Mar Mediterrâneo, também, participou da 1ª e 2ª Jornada de Cinema Silencioso da Cinemateca Brasileira.
Participa de grupos experimentais como Ñande Ru, Amálgama. Suas criações sonoras renderam-lhe o álbum “Texturas Sonoras”, lançado em 2008 e apresentações por todo o Brasil e em países como Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Holanda, Suíça, Itália, Costa Rica e Coréia do Sul. Em 2010, fez turnê pelo Brasil e Alemanha com a Andcompany&Co. de Berlin, apresentando FatzerBraz, e realizou trilha para o espetáculo “Area Reescrita”, da Companhia de Dança Contemporânea J. Gar.Cia. 2010-2011.
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