Debate

A censura à prova do tempo na Aliança Francesa/Rio

Por Paulo Varella - abril 30, 2018
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Ex-diretor do “Le Monde” e fundador do jornal independente francês “Mediapart”, um dos veículos de maior repercussão na França, Edwy Plenel vem ao Brasil para falar sobre Censura

O evento “Jornalismo Independente e Democracia” acontece na Aliança Francesa Botafogo, quarta-feira, 02 de maio – gratuito e aberto ao público, mediante inscrição

Por ocasião dos 50 anos do movimento “Maio de 68” e do colóquio “A censura à prova do tempo”, a Aliança Francesa e o Consulado Geral da França trazem ao Brasil o jornalista Edwy Plenel, ex-diretor de redação do “Le Monde” e atual presidente do jornal independente francês “Mediapart”, um dos veículos de maior repercussão na França, além de um dos únicos jornais do mundo a ser financiado exclusivamente por seus leitores.  Na Aliança Francesa, Plenel falará sobre a profissão jornalística e a censura, um tema muito apropriado para o momento político e econômico em que nos encontramos.

Especialista em questões de política e educação e bem reconhecido por seu jornalismo investigativo, Plenel conversará com o público sobre a censura nos meios de comunicação nos dias atuais e na profissão jornalística. O mediador será o jornalista Chico Otávio, que trabalhou como repórter nos jornais Última Hora (RJ), Jornal dos Sports (RJ), O Estado de S.Paulo (sucursal Rio) e O Globo (RJ), onde é repórter especial da editoria O País. Além disso, foi vice-presidente da Associação da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Vencedor de prêmios de jornalismo em diversas categorias, Chico recebeu em 2012 o Prêmio Esso de Educação.

A censura foi um dos problemas frequentemente denunciados pelos manifestantes na França em maio de 1968 e no Brasil durante o Estado Novo e a ditadura.   Um assunto especialmente importante no mundo de hoje, pois reaparece no jornalismo e na cultura através dos diferentes veículos de comunicação, como no teatro, cinema e principalmente na internet.

10 de maio de 1968

O bate-papo com  Edwy  Plenel será em francês, com tradução e acontece na quarta-feira, dia 02 de maio, às 19h30, na filial Botafogo da Aliança Francesa. A entrada é gratuita com reserva obrigatória através do e-mail: [email protected]

A discussão acontece na véspera do colóquio “A censura à prova do tempo”, organizado pelo Consulado Geral da França, na Casa Rui Barbosa, nos dias 03 e 04 de maio. O colóquio reúne inúmeros eventos científicos, no Brasil, na França e em outros países do mundo e pretende dar elementos de reflexão sobre a censura em geral e sobre as novas formas pelas quais está se revestindo. Mais informações: acensuraaprovadotempo.wordpress.com

Sobre Edwy Plenel

Nascido em 1952, jornalista desde 1976. Após início no jornal Rouge, jornal de extrema esquerda, Edwy Plenel entra no Le Monde em 1980, onde vira diretor de redação. Especializado em questões de educação, depois na área policial, torna-se reconhecido por suas pesquisas sobre os abusos de poder presidencial. Em 2005, após 25 anos de carreira no Le Monde, deixa o jornal e anuncia, dois anos depois, seu projeto de um jornal online independente e participativo, acessível através de inscrição paga: Mediapart é lançado no dia 08 de março de 2008. Dez anos depois, Mediapart é uma empresa jornalística rentável, cujas revelações se inserem no coração do debate público francês. (Entre as mais recentes, estão Dire non, Pour le musulmans, Voyage en terres d’espoir e La valeur de l’information). Plenel também foi professor de jornalismo nas universidades de Montpellier e Neuchâtel.

Sobre o mediador:

Francisco Otavio Archila da Costa, conhecido como Chico Otávio, nasceu dia 20 de março de 1962, no Rio de Janeiro (RJ). É formado pelo extinto Centro Unificado Profissional. Ao longo da carreira, trabalhou como repórter nos jornais Última Hora (RJ), Jornal dos Sports (RJ), O Estado de S.Paulo (sucursal Rio) e O Globo (RJ), onde é repórter especial da editoria O País. Além disso, foi vice-presidente da Associação da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Ganhou o Prêmio Esso cinco vezes: em 2002, na categoria Principal, por Sentenças Suspeitas; na categoria de Informação Científica e Tecnológica, em 2005, por Planeta Terra; na categoria Reportagem, em 2001, por uma matéria sobre a Legião da Boa Vontade (LBV); no mesmo ano, na categoria Informação Econômica, pela matéria Sinal verde para o contrabando; e em 1999, na categoria Reportagem, com uma matéria sobre o Caso RioCentro.

Também ganhou a VI Edição do Prêmio AMB de Jornalismo, pela série Ligações Perigosas. Ganhou também o Prêmio Previdência Social de Jornalismo 1998, pela reportagem Máfia ainda lucra com os bens bloqueados, o Prêmio Cláudio Abramo de Jornalismo 2000, com uma série de matérias sobre o Poder Judiciário Brasileiro, e o Prêmio Abrelpe de Reportagem 2002, além do Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo 2001, pela matéria Retratos do Brasil ? Saneamento no século 21, quase meio país sem esgoto.

Foi, também, professor do Departamento de Comunicação Social da UniverCidade (RJ).

Chico Otávio é vencedor do Prêmio Esso de Educação, 2012, junto com Antônio Gois, Efrém Ribeiro, Odilon Rios, Letícia Lins e Carolina Benevides, com o trabalho “Aula de excelência na pobreza”, publicado no jornal OGlobo.

Em “Missão 115”, documentário dirigido por Silvio Da-Rin, lançado este ano na 23ª edição do festival “É tudo verdade”, Chico Otávio participa com depoimentos importantes sobre os atos terroristas do grupo contrário à redemocratização do Brasil nos anos de 1980, que culminaram com a bomba do Riocentro. O jornalista é um dos 20 entrevistados que transporta os espectadores para o momento crucial de nossa história recente. A suposta operação de “vigilância” no Riocentro, durante show musical pelo Primeiro de Maio de 1981.

Sobre Aliança Francesa

A Aliança Francesa comemorou 130 anos de atividades no Brasil em 2015. Além de ser uma referência no idioma, ela é, sem dúvida, a instituição mais respeitada e conhecida do mundo, quando o assunto é a difusão da língua francesa e das culturas francófonas. Ela possui, atualmente, mais de 850 unidades em 135 países, onde estudam cerca de 500.000 alunos. Na França, ela conta com escolas e centros culturais para estudantes estrangeiros. O Brasil tem a maior rede mundial de Alianças francesas com 37 associações e 63 unidades.

É a única instituição no Brasil autorizada pela Embaixada da França, a aplicar os exames que dão acesso aos diplomas internacionais DELF e DALF, reconhecidos pelo Ministério da Educação Nacional francês. A Aliança Francesa também é centro de exames oficial para aplicação de testes internacionais com validade de dois anos TCF (Teste de Conhecimento do Francês) e TEF Canadense (Teste de Avaliação de Francês) e do teste nacional com validade de um ano Capes (reconhecido pelas agencias CAPES e CNPq do MEC). A Aliança Francesa no Brasil desenvolve parcerias com inúmeras empresas francesas e brasileiras além de ser um ator essencial do diálogo cultural franco-brasileiro.

Serviço:

Data: Quarta,02/05
Hora: 19:30
Local: Auditório Aliança Francesa Botafogo – Rua Muniz Barreto, 730
Bate-papo em francês, com tradução.
Entrada franca. Reserva obrigatória: [email protected]
Mais informações: https://www.rioaliancafrancesa.com.br/artigos-agenda-cultural/604-bate-papo-com-edwy-plenel

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Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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