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Pinakotheke SP inaugura “Monumental”, de Angelo Venosa, Beatriz Milhazes, Jorge Guinle, Leda Catunda e Luiz Zerbini

Por Equipe Editorial - junho 20, 2024
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A Pinakotheke São Paulo tem o prazer de convidar para a abertura da exposição “Monumental – Angelo Venosa, Beatriz Milhazes, Jorge Guinle, Leda Catunda e Luiz Zerbini”, no dia de 22 de junho de 2024, às 11h. Com curadoria de Max Perlingeiro, a exposição apresenta obras que exploram o conceito de monumentalidade, desses artistas expoentes da Geração 80, no momento em que se celebra os quarenta anos da icônica mostra realizada na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, “Como vai você, Geração 80?”, com curadoria de Marcus Lontra, Sandra Magger e Paulo Roberto Leal. “Esses artistas buscaram transcender as fronteiras físicas e conceituais dos trabalhos para criar impacto e desafiar o público”, afirma Camila Perlingeiro, diretora editorial da Pinakotheke.

“A produção de obras de arte de grandes formatos na cena artística brasileira contemporânea é reflexo de uma expressão única da identidade cultural do país. Artistas brasileiros têm explorado a monumentalidade como uma forma de transmitir narrativas tanto quanto provocar reflexões sobre questões sociais, políticas e ambientais. Através de esculturas, instalações, pinturas murais e intervenções urbanas, a arte brasileira em grande escala ressoa com o público e transforma o espaço”, afirma Camila Perlingeiro no texto que acompanha a exposição.

A exposição

Na exposição, o destaque é “Catilina” (2019), obra tridimensional de Angelo Venosa (1954-2022), em madeira, tecido e fibra de vidro, medindo 305cm x 372cm x 372cm, uma grande ampulheta sustentada sobre três pernas de madeira. Do centro da escultura, coberta por fibra de vidro, a areia desce em direção ao solo, “uma metáfora para a precariedade da memória”, assinala Camila Perlingeiro. Sobre este trabalho, o artista disse: “O tempo é assim. Ou está na frente, ou atrás. A gente só o percebe como armadilha, ou reflexão”. No texto que acompanhou a exposição “Catilina”, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, em 2019, quando a obra foi apresentada, a crítica Daniela Name citou a famosa frase “Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?”, a pergunta de Cícero, “grande filósofo e orador romano, em 63 a.C, em um de seus discursos dirigidos contra Lucius Sergius Catilina, político corrupto e sanguinário que dedicou a vida a tentar destruir a República”. “Quão longe você vai abusar da nossa paciência, Catilina?”, a tradução culta da frase, ou como preferia Angelo Venosa: “Até quando você vai encher o nosso saco?”. “Essa ambiguidade de tempos e processos é muito forte em ‘Catilina’, que nos fala de ruína, de um mundo ameaçado, mas também de gênese, daquilo que ainda pode vir”, escreveu Daniela Name.

Pinakotheke
“Catilina” (2019), obra tridimensional de Angelo Venosa (1954-2022), em madeira, tecido e fibra de vidro, medindo 305cm x 372cm x 372cm,

De Beatriz Milhazes (1960), a pintura “Tonga II” (1992), acrílica sobre tela, com 160cm x 160 cm 90), “é um exemplo de como a artista se utiliza das sobreposições e formas circulares, além da exuberância gráfica e cromática”, aponta Camila Perlingeiro.

“Sexta-feira” (1985), em óleo sobre tela com 189cm x 340 cm, de Jorge Guinle (1947-1987), “apresenta uma vontade ordenadora, com áreas bem delineadas, contornos definidos, e recortes de estampas que têm relação com planos de fundo de obras de artistas como Paul Klee ou Bram van Velde”, assinala a diretora editorial da Pinakotheke.

Leda Catunda (1961) esgarça os limites da arte investindo em materiais como tecido ou plástico e superfícies ora vazadas, ora volumosas. “Rio Comprido” (2009), obra tridimensional em tinta acrílica, plástico e tela, medindo 420cm x 310 cm, “é parte do processo de amadurecimento de sua produção”, escreve Camila Perlingeiro.

Luiz Zerbini (1959), artista que trabalha com diferentes suportes – pinturas, esculturas e instalações, entre outros – se utiliza de camadas de imagens da flora tropical e referências à história da arte e à cultura pop em sua obra “The Railway Surfer and the Ghost Train” (1990), pintura em óleo sobre tela com 140cm x 290 cm, “um experimento entre o uso do espaço pictórico e de cores luminosas e vibrantes”, diz Camila Perlingeiro.

Sobre a Pinakotheke São Paulo

A Pinakotheke São Paulo foi inaugurada em 2002, com arquitetura do renomado arquiteto Carlos Bratke. A casa, diferentemente do palacete neoclássico da sede carioca, é conhecida pela modernidade de seu projeto. Uma grande gaiola de tijolos e vidros com pé direito duplo garante elementos escultóricos ao bairro arborizado do Morumbi, onde é localizada.

Em mais de uma década de existência consolidou-se como um dos espaços culturais mais importantes da cidade e desde então apresentou uma série de importantes exposições com expoentes da arte moderna e contemporânea brasileiros.

Serviço

Monumental – Angelo Venosa, Beatriz Milhazes, Jorge Guinle, Leda Catunda e Luiz Zerbini
22 de junho a 20 de julho de 2024
Pinakotheke São Paulo. Rua Ministro Nelson Hungria, 200, Morumbi, São Paulo – SP
Segunda a sexta, das 10h às 18h. Sábados, das 10h às 16h.
Entrada gratuita

Leia também: Galeria 18 inaugura a primeira exposição na América do Sul do artista Bradley Theodore

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