Fotografia

Isaac Julien: Scopic Landscapes

Por Equipe Editorial - novembro 28, 2012
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Quem é o artista? Isaac Julien
O que vai ter na exposição? Fotografias
É um bom programa? Sim
A galeria é conceituada? Sim
Até quando? 12 de janeiro

Isaac Julien na Galeria Nara Roesler

Fotografias de um dos maiores nomes do cinema expandido contemporâneo são reunidas sob curadoria de Mark Nash

Cocurador da Documenta11, Mark Nash é responsável pela seleção de obras que compõem a exposição. O conjunto apresentado em Isaac Julien: Scopic Landscapes oferece um contato renovado com a produção de Isaac Julien, atualmente também em cartaz na cidade na mostra Isaac Julien: Geopoéticas, em cartaz no Sesc Pompeia, que abrange três décadas de sua produção. Na curadoria apresentada pela Galeria Nara Roesler, fotografias criam uma relação peculiar com trabalhos também apresentados sob a forma de instalações – True North (2004), Fantôme Créole (2005) e Ten Thousand Waves (2010).

Nas fotografias, o modo rigoroso como o artista constrói planos pode ser observado sob outro viés: a eloquência do espaço, sempre um fator central na linguagem de Julien, é ainda mais veemente nesta exposição. Como observa o curador, Julien opera com “imagens míticas, construídas”, para gerar questionamentos tais como: “de que forma pensar a experiência dos indivíduos e da prática artística como ao mesmo tempo relacionada com um lugar e integrada a uma rede global? Como pensar os mundos agonizantes que se nos apresentam – o choque de ideologias e perspectivas?”.

Seu forte tom sócio-político, evidente em suas construções narrativas, se apresenta, nas obras desta exposição, sob matizes mais sutis, em que o deleite visual de cada imagem revela gradualmente sua faceta crítica, seja no embate entre as diversas imagens que criam um percurso de análise sobre relações (sociais e geográficas), seja na meticulosa composição de cada quadro, em que o tom mítico discretamente suscita questionamentos político-estéticos. De certa forma, esta exposição radicaliza a experiência de fragmentação narrativa que o artista frequentemente propõe.

Sobre Isaac Julien

Nascido em 1960 em Londres, cidade onde vive e trabalha, Isaac Julien formou-se em pintura e cinema de arte pela St. Martins School of Art em 1984, tendo criado, um ano antes, seu primeiro coletivo de cinema, o Sankofa Film and Video Collective. Um dos vários destaques de sua filmografia é Young Soul Rebels (1991), premiado na Semana dos Críticos do Festival de Cinema de Cannes. Em 2001, Julien foi indicado para o Turner Prize. Em 2003, recebeu o Grande Prêmio do Júri na Kunstfilm Biennale, em Colônia, por Baltimore; em 2008, seu filme Derek conquistou o Special Teddy Award no Festival de Berlim. Além de ter participado, com a instalação Paradise Omeros, da Documenta11, em Kassel (2002), já realizou mostras individuais em instituições como Centre Pompidou, em Paris, MoCA Miami, Kerstner Gesellschaft, Hanover e Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa. Sua mais recente grande instalação, Ten Thousand Waves já foi vista no The Museum of Contemporary Art, San Diego (2012); Galería Helga de Alvear, Madri; ShanghART Gallery, Xangai; Hayward Gallery, Londres; Bass Museum, Miami; ICA, Boston; Kunsthalle, Helsinque; e na Bienal de Sydney (2011). Em 2013, o trabalho terá uma apresentação especial no MoMA de Nova York. Entre outros museus e coleções particulares, obras suas integram os acervos da Tate Gallery, em Londres; do MoMA e do Museu Guggenheim, em Nova York; e do Centre Pompidou, em Paris.

Sobre o curador

Mark Nash é curador e teórico de cinema. Atualmente é professor e chefe do departamento de curadoria de arte contemporânea no Royal College of Art, Londres. Cocurador da Documenta11 (2002), sua exposição mais recente, One Sixth of the Earth, no MUSAC (Espanha), foca trabalhos contemporâneos envolvendo imagem em movimento na ex-União Soviética. Nos anos 1970 e 1980, envolveu-se ativamente na cena cinematográfica britânica como editor da revista Screen (1976-81) e como cineasta independente. Seus ensaios desse período estão reunidos no livro Screen Theory Culture (Londres: Palgrave MacMillan, 2008).

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