Fotografia

Marcel Gautherot no Paço Imperial -Rio

Exposição de fotografias de Marcel Gautherot revela riqueza da cultura brasileira

A maior mostra das obras do fotógrafo francês Marcel Gautherot já exibida no Brasil será aberta ao público no próximo dia 13 de junho, no Paço Imperial, no Rio de Janeiro. Com curadoria de Sergio Burgi e Samuel Titan Jr., coordenador de fotografia  e coordenador executivo cultural do IMS, respectivamente, a exposição Marcel Gautherot – Brasil: Tradição, Invenção revela a profundidade com que Gautherot documentou as especificidades geográficas e culturais brasileiras.

 

As fotografias fazem parte do acervo do Instituto Moreira Salles e a realização da exposição é uma parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio do Centro Cultural Paço Imperial. São mais de 300 imagens, representativas de diversidade temática e da qualidade estética desenvolvida por Gautherot ao longo de sua carreira no Brasil. A atividade integra as comemorações dos 80 anos de criação do Iphan e da institucionalização da política de proteção do patrimônio cultural brasileiro. O artista trabalhou com nomes fundamentais da cultura nacional como Rodrigo Melo Franco e Lucio Costa, no antigo Sphan (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional); Edison Carneiro, na Comissão Nacional de Folclore; Oscar Niemeyer, fotografando os principais projetos do arquiteto, incluindo um ensaio monumental sobre a construção de Brasília, e Roberto Burle Marx, documentando seus projetos de paisagismo mais importantes.

 

A obra completa de Marcel Gautherot, adquirida pelo IMS em 1999, abrange temas como o folclore brasileiro, a arquitetura moderna e barroca, a natureza do país e sua paisagem humana e situa o fotógrafo entre os nomes fundamentais da fotografia brasileira no século XX. Gautherot registrou as palafitas e os mercados na Amazônia; os índios Assurinis do Xingu; O Ver-o-Peso e o Círio de Nazaré em Belém; o trânsito intenso do Rio São Francisco; a crença dos romeiros; a hoje extinta pesca tradicional na Bahia, jangadas do Ceará; Salvador; garimpeiros e os profetas do escultor Aleijadinho em Minas Gerais; o reisado em Alagoas; o Bumba Meu Boi e o Tambor de Crioula do Maranhão; o carnaval e a paisagem do Rio de Janeiro, onde morou até sua morte, em 1996.


O trabalho de Gautherot desempenhou um papel fundamental na construção de um imaginário brasileiro. Seu grande projeto documental, cristalizado em imagens icônicas que integram seu acervo de mais de 25.000 imagens, mapeou a trama de território, tradição e invenção que deu forma ao Brasil moderno.

 


 

Publicação

O livro Marcel Gautherot, fotografias, produzido por ocasião da primeira montagem da exposição, na Maison Européenne de la Photographie – MEP (Paris) em 2016, foi editado em quatro idiomas e traz textos de Michel Frizot, historiador da fotografia, e Jacques Leenhardt, sociólogo e crítico de arte, além de textos dos organizadores da publicação, Samuel Titan Jr. e Sergio Burgi, e outro de Lorenzo Mammi, crítico de arte e curador de programação e eventos do IMS. A edição francesa é da Hervé Chopin e as versões em inglês e alemão da editora suíça Scheidegger & Spiess. A edição brasileira é do Instituto Moreira Salles. O livro estará à venda na livraria Arlequim, que fica no Paço Imperial.

 


 

Serviço:

Exposição Marcel Gautherot – Brasil: Tradição, Invenção

Curadoria: Sergio Burgi e Samuel Titan Jr.

Abertura: 13 de junho de 2017, às 18h30

Visitação: de 14 de junho a 20 de agosto de 2017 – Entrada gratuita

Local: Centro Cultural Paço Imperial

Praça XV de Novembro, 48 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

 

Livro Marcel Gautherot, fotografias

ISBN: 9788583460343

256 páginas

23 x 27,5 cm

R$ 124,90


 

Mais informações para a imprensa

Assessoria de Comunicação Iphan

comunicacao@iphan.gov.br

Fernanda Pereira – fernanda.pereira@iphan.gov.br

Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br

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Paulo Varella

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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