O minimalismo é uma forma de arte abstrata desenvolvida nos EUA na década de 1960. É caracterizada por obras compostas de formas geométricas simples baseadas no quadrado e no retângulo.
O movimento pode ser considerado um ampliador da ideia abstrata de que a arte deveria ter sua própria realidade e não ser uma imitação de alguma outra coisa. Geralmente pensamos que a arte representa um aspecto do mundo real (uma paisagem, uma pessoa ou até mesmo uma lata de sopa!). Ou então que tenha que imitar uma sensação, um sentimento.
Neste estilo nenhuma tentativa é feita para representar uma realidade exterior, o artista quer que o espectador veja apenas o que está à frente dele. O meio (ou material) do qual é feito e a forma do trabalho são a realidade que o criador quer apresentar. O pintor minimalista Frank Stella pronunciou uma frase icônica sobre suas pinturas “O que você vê é o que você vê”.
O minimalismo surgiu no final dos anos 1950, quando o artista Frank Stella, cujas Black Paintings foram exibidas no Museu de Arte Moderna de Nova York em 1959, começou a se afastar da arte gestual da geração anterior. O movimento floresceu nas décadas de 1960 e 1970, com Carl Andre, Dan Flavin, Donald Judd, Sol LeWitt, Agnes Martin e Robert Morris como seus pioneiros.
O desenvolvimento do minimalismo está ligado ao da arte conceitual (que também floresceu nas décadas de 1960 e 1970). Ambos os movimentos desafiaram as estruturas existentes que padronizavam a forma de fazer, divulgar e visualizar a arte e argumentaram que a importância dada ao objeto de arte é equivocada e gera um mundo de arte rígido e elitista que apenas os poucos privilegiados podem se dar ao luxo de desfrutar.
Esteticamente, a arte minimalista oferece uma forma de beleza altamente purificada. Também pode ser visto como representando qualidades como a verdade (porque não pretende ser outra coisa senão o que é), ordem, simplicidade e harmonia.
Leia esta lista que o Arteref preparou para descobrir algumas das principais qualidades da arte minimalista:
O minimalismo é caracterizado por formas geométricas básicas ou recorrentes. É geralmente tridimensional, tomando a forma de escultura ou instalação, embora haja uma série de pintores minimalistas, como Agnes Martin e Frank Stella.
Sem vestígio de emoção ou tomada de decisão intuitiva, pouco se revela sobre o trabalho no artista. Os artistas minimalistas rejeitaram a noção da obra de arte como uma criação única que reflete a expressão pessoal de um indivíduo, vendo isso como uma distorção do próprio objeto de arte. Em vez disso, criaram objetos que eram tão impessoais e neutros quanto possível.
A arte minimalista não se refere a nada além de sua presença literal. Os materiais utilizados não são trabalhados para sugerir outra coisa; a cor (se usada) também é não-referencial, ou seja, se uma cor escura for usada, isso não significa que o artista está tentando sugerir um humor sombrio.
Carl Andre costumava usar tijolos ou azulejos como matérias-primas para sua escultura. Dan Flavin criou seus trabalhos a partir de lâmpadas fluorescentes compradas de uma loja de ferragens e as esculturas de Judd são construídas por trabalhadores qualificados seguindo as instruções do artista.
Carl Andre disse “Eu não sou um artista de estúdio, sou um artista de interiores”. A arte minimalista envolve diretamente o espaço que ocupa. A escultura é cuidadosamente organizada para enfatizar e revelar a arquitetura da galeria, muitas vezes sendo apresentada nas paredes, nos cantos ou diretamente no chão, incentivando o espectador a ter consciência do espaço.
Embora radicais, e rejeitando muitas das preocupações do movimento expressionista abstrato imediatamente anterior, os movimentos abstratos foram uma importante influência nas ideias e técnicas do minimalismo. Em 1962, foi publicado o primeiro livro em inglês sobre a vanguarda russa, Grande Experimento Arte Russa 1863-1922, de Camilla Gray.
Com esta publicação, as preocupações dos movimentos russos construtivismo e suprematismo das décadas de 1910 e 1920, tornaram-se mais amplamente compreendidas. Eles se comprometiam com a redução das obras de arte à sua essência e com o uso de técnicas de produção fabril. Estas inspirações são facilmente identificadas em escultores do movimento minimalista no ocidente.
Dan Flavin produziu uma série de obras intitulada “Homages to Vladimir Tatlin” (iniciada em 1964); Robert Morris fez alusão a Tatlin e Rodchenko em suas “Notes on Sculpture”; e os ensaios de Donald Judd sobre Malevich e seus contemporâneos revelaram o fascínio desses artistas ocidentais pelo legado da vanguarda na Rússia.
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