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Sozinho no Deserto Extremo

Editora Prumo lança Sozinho no Deserto Extremo, de Luiz Bras

O narrador de Luiz Bras conduz à inquietante condição de se perceber só. A obra conta em detalhes o difícil enfrentamento da solidão concreta

Luiz Bras lança, pela Editora Prumo, o romance “Sozinho no Deserto Extremo”. O livro explora o complexo estado psicológico causado pela solidão, não somente a metafórica, que é como o “sentir-se sozinho na multidão”, mas a real situação de estar só, em um mundo despovoado, sem ninguém em quem se espelhar.

Sinopse: O destaque da obra, recheada de inquietações filosóficas e referências culturais, são as preciosas divagações de Davi, personagem principal da história, um publicitário bem-sucedido, que acorda certo domingo e percebe que está sozinho em casa. A mulher e os filhos pequenos não estão, a quietude é incomum. Até mesmo o costumeiro barulho abafado do trânsito desapareceu. Davi telefona para a mulher, mas a ligação cai na caixa-postal. Preocupado, telefona para outros números, e nada, ninguém atende. Em poucos minutos, olhando pela janela e navegando na internet, ele percebe que está sozinho no mundo.

Privado das distrações e da rotina, Davi faz uma análise da relação desgastada que tinha com a esposa, da sua insatisfação profissional e até das ponderações mais abrangentes sobre os seres humanos e a sociedade. O autor sinaliza, porém, que a solidão que Davi experimenta é de outra natureza, diversa a qualquer outro conceito da palavra a que estamos acostumados. A forma de solidão dele é se deparar com obstáculos ao infinito: “Ele sente estar vivendo entre grandes escombros. Não há lugar fora deles. Não existe a paisagem plana sem acidentes. Tudo é labiríntico e acidental, tudo é um constante entrecruzamento de cabos e vigas reais e emocionais, cobertos de poeira…”.

Os sentimentos mais viscerais do personagem não são poupados nas verdades cortantes do narrador, “Sempre detestou as pessoas. Agora que está sozinho ele reconhece isso. Sempre odiou viver entre seus semelhantes. Abominável, tudo: os esbarrões no elevador ou na calçada cheia, as máscaras sociais, a política cotidiana, as gentilezas falsificadas, o toma-lá-dá-cá emocional no trabalho, na família. Quando começou esta aversão? Cedo. A passagem da infância para a adolescência foi traumática. O que antes era espontâneo de repente ficou muito afetado. As pessoas perderam a naturalidade, a inocência, ele perdeu a naturalidade, a inocência….”.

Sobre o autor

Luiz Bras nasceu em 1968, em Cobra Norato, MS. É doutor em Letras pela USP. Adora filmes de animação, histórias em quadrinhos e gatos. Com os felinos, aprendeu a acreditar em telepatia e universos paralelos. Já publicou diversos livros, entre eles a coletânea de contos Paraíso líquido, a coletânea de crônicas Muitas peles, os romances juvenis Sonho, sombras e super-heróis e Babel Hotel e, em parceria com Tereza Yamashita, os infantis A menina vermelha, A última guerra e Dias incríveis. Mantém uma página mensal no jornal Rascunho, de Curitiba, intitulada Ruído Branco. Também mantém o blogue Cobra Norato: http://luizbras.wordpress.com.

Sobre a Prumo

Fundada por Paulo Rocco, responsável pela editora Rocco, a Prumo tem sede em São Paulo com equipe própria e independente. A linha editorial é bem diversificada, inclui títulos nas áreas de ficção, não-ficção e infantojuvenil. O objetivo é oferecer ao leitor um catálogo amplo, com o melhor da literatura nacional e estrangeira, além de títulos de referência e livros atraentes para o público jovem e infantil.

Ficha Técnica

Sozinho no deserto extremo (romance)

Editora Prumo

Selo: leia

Autor: Luiz Bras

Formato: 14 ×21 cm

No de páginas: 320

ISBN: 978-85-7927-216-5

Acabamento: brochura

Preço: R$ 34,90

 

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Paulo Varella

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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