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Como fazer um currículo perfeito: para artistas


A profissão “artista” não é muito diferente de qualquer outra. Você começa no mercado, avança em sua carreira e acumula, gradualmente, um histórico mais extenso de realizações. Não há maneira melhor de documentar essas conquistas do que enumerá-las num CV ou currículo.

Se você está comprometido a ser bem-sucedido como artista é necessário criar e manter um currículo atualizado. Além disso, ele tem que ser facilmente acessível para qualquer pessoa que queira saber mais sobre você e sua arte.

Manter as coisas atualizadas mostra às pessoas que você está gerenciando sua carreira como um profissional.

Foto: Gayatri Malhotra

O melhor lugar para postar seu currículo é em seu site.

As plataformas de mídias sociais não são propícias à publicação de currículos. Eles são difíceis de localizar por meio de pesquisas se estiverem apenas em seu Facebook ou LinkedIn.


Antes de seguirmos: nunca invente informações em seu currículo. Os analisadores profissionais sabem identificar possíveis problemas e podem descobrir rapidamente se um artista está sendo sincero ou não.

Uma parte importante de contar sua trajetória está nos detalhes. Quanto mais específico você for, mais fácil será para as pessoas verificarem suas realizações. Qualquer profissional de negócios de arte dirá a você que currículos com falta de detalhes geralmente levantam mais suspeitas e dúvidas do que informam.

Foto por: Kendall Hoopes

Quais categorias são encontradas num currículo?

Currículos de artistas são tradicionalmente divididos em categorias e organizados de acordo com protocolos-padrão. Dependendo da carreira essas divisões podem incluir:

  • Educação;
  • Mostras individuais;
  • Prêmios e distinções;
  • Mostras em grupo;
  • Resenhas e publicações;
  • Coleções que possuem sua arte;
  • Comissões;
  • Residências e experiências de ensino.
Foto: Tim Mossholder

Com alguns artistas, categorias adicionais também podem ser necessárias. Quaisquer que sejam suas categorias de realizações, liste-as na ordem mostrada acima dentro de cada subdivisão.

A primeira coisa que os leitores querem ver é o que está acontecendo agora. Organize todas as entradas cronologicamente por ano, começando com o ano atual e trabalhando o caminho de volta, e não o contrário.


Como fazer um currículo?

Além da ordem de suas categorias, as dicas a seguir ajudarão você a escrever seu currículo corretamente:

1) Exposições individuais

Esta é a parte mais importante de qualquer currículo. São pontos altos em sua carreira artística. Cada uma deve incluir o nome da galeria/instituição ou local e o título da mostra. Ou, se ocorrerem online, o nome do site ou galeria online e o título do evento.

2) Exposições coletivas

Quando você está apenas começando, faça uma lista tudo que você expõe, não importa quantos artistas estejam com você. Mesmo quando as apresentações são pequenas, quanto mais material tiver, melhor.

Conforme avançar em sua carreira, você pode reduzir essa seção de acordo com a necessidade, mantendo apenas os acontecimentos mais significativos. Nesse ponto você pode renomear a categoria como “Mostras coletivas seletas”, por exemplo.


3) Prêmios

Estes podem incluir prêmios, honras, subsídios, associações organizacionais, honorários e formas de reconhecimento relacionadas.


4) Críticas

Inclua críticas das suas exposições, entrevistas, artigos em que você é mencionado e assim por diante. Cada uma deve conter o nome da publicação ou site, o título do artigo ou resenha, o autor e a data publicada.


5) Publicações

Aqui você lista livros, catálogos ou pesquisas que são apenas sobre você, bem como aqueles onde seu nome é mencionado. Para cada publicação, inclua o título, autor, editor, lugar onde foi publicado e a data.

Foto: Marko Blazevic

6) Coleções

Dependendo de quantas coleções seu trabalho faz parte, você pode agrupar tudo sob o título único de “Coleções” ou dividi-las por especialidade.

Essas categorias podem incluir: Coleções de Museus, Corporativas, Privadas, Comissões ou Coleções Institucionais. Forneça os títulos ou nomes de obras de arte individuais em certas coleções, se necessário.


7) Experiências

Quando relevante, preencha seu currículo com experiências relacionadas à arte, como residências,cursos, seminários, palestras e assim por diante. Seja cuidadoso aqui, você quer que elas reflitam o que você fez de bom em sua carreira artística, e não o que precisa fazer.


8) Educação

Em relação à sua educação, se você se formou recentemente em uma escola de arte ou está apenas começando e não tem muitas realizações, coloque sua educação em primeiro lugar.

Resista à tentação de listar todos os cursos que já fez ou todos os professores que já teve. Quanto melhor você estiver em sua carreira, menos importante é mostrar sua formação.

Foto: Godisable Jacob

Conforme você conquista realizações no universo artístico, mova o tópico “Educação” para o final.

Não se preocupe se você não tiver treinamento formal. Toneladas de grandes artistas são autodidatas. Não importa quantos diplomas você tenha, sua arte é basicamente o que importa.


Você precisa de ajuda profissional para organizar ou escrever seu currículo? Sua carreira artística seguiu um caminho não tradicional? Tem lacunas significativas no seu portfólio? Não importa qual seja a sua situação ou como sua carreira artística evoluiu, podemos ajudá-lo a criar um currículo que funcione. Entre em contato pelo e-mail paulo@arteref.com.br



Modelo de currículo para artistas em meio de carreira

Modelo de currículo para artistas emergentes

Modelo para artistas em meio de carreira
Modelo de currículo para artistas emergentes

Veja como escrever um currículo aqui:

https://www.onlinecurriculo.com/como-fazer-um-curriculo/


Veja também


Veja um vídeo sobre como fazer um currículo


Fonte

ArteIndex

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Paulo Varella

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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