A arte medieval está ligada a um período conhecido como Idade Média, que durou aproximadamente desde a queda do Império Romano em 476 d.C. até o inicio do Renascimento, em 1300.
O trabalho produzido durante essa época surgiu da herança artística do Império Romano e do estilo iconográfico da igreja cristã primitiva, ligada com a cultura “bárbara” do norte da Europa.
O que foi produzido ao longo desses dez séculos rendeu diversos estilos e períodos artísticos, entre eles os primeiros estilos cristãos e bizantinos, anglo-saxões e vikings, românico e gótico. Grandes monumentos e obras de arte arquitetônicas, como a Hagia Sophia em Constantinopla, incluindo mosaicos em Ravena e manuscritos como os Evangelhos Lindisfarne, foram criados no período medieval.
Como o período produziu um alto volume de arte com significado histórico, continua sendo uma rica área de estudo para estudiosos e colecionadores, e é visto como uma conquista enorme que mais tarde influenciou o desenvolvimento de gêneros modernos da arte ocidental.
A arte medieval era predominante nas regiões europeias, no Oriente Médio e no norte da África, e alguns de seus exemplos mais simbólicos podem ser encontrados em igrejas, catedrais e outros locais com doutrinas religiosas.
Na época se destacou, principalmente, o uso de materiais valiosos como ouro para objetos nas igrejas, jóias pessoais, fundos para mosaicos e aplicados como folhas de ouro em manuscritos.
Embora a Idade Média não comece e nem termine em uma data específica, os historiadores da arte geralmente classificam a arte medieval nos seguintes períodos: Arte Medieval Inicial, Arte Românica e Arte Gótica.
Uma grande parte da arte criada também estava relacionada ao trabalho bizantino do Mediterrâneo Oriental. Ela incluía uma variedade de mídias, como o mosaico de vidro, pintura de parede, trabalhos em metal e relevos esculpidos em materiais preciosos.
A arte bizantina era de natureza conservadora, apresentando principalmente assuntos religiosos, e boa parte disso era caracterizado pela falta de realismo.
As pinturas em particular eram planas, com pouca ou nenhuma sombra ou sinal de tridimensionalidade, e os assuntos eram tipicamente mais sérios e sombrios.
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A arte românica se desenvolveu no século XI, tendo origem na França e depois se espalhando pela Espanha, Inglaterra, Flandres, Alemanha, Itália e outras regiões. Simbolizou a crescente riqueza das cidades europeias e o poder dos mosteiros.
A origem desse estilo artístico se deu pela grande expansão do monasticismo nos séculos X e XI, quando a Europa recuperou pela primeira vez uma certa estabilidade política após a queda do Império Romano. Várias grandes ordens monásticas, principalmente as cistercienses, cluníacas e cartuxas, surgiram nessa época e se expandiram rapidamente, estabelecendo igrejas em toda a Europa Ocidental.
Por isso, suas igrejas tinham que ser maiores que as anteriores, para que fosse possível acomodar um número cada vez maior de padres e monges, e, com isso, permitir o acesso a peregrinos que desejavam ver as relíquias dos santos guardadas nas igrejas.
Os edifícios românicos eram caracterizados por arcos semicirculares, paredes grossas feitas de pedra e construções robustas. As esculturas também foram predominantes durante esse tempo, onde a pedra era usada para representar o assunto bíblico e as doutrinas da igreja. Outros meios significativos durante esse período incluem vitrais e a tradição contínua de manuscritos iluminados, mais conhecidos como iluminuras.
Antes de falarmos sobre a arte gótica, é importante delimitarmos o significado do nome desse período. “Gótico” é o adjetivo que designa o que é proveniente dos Godos, povo germânico. O termo ganhou a conotação pejorativa de “bárbaro”, provavelmente por Giorgio Vasari (influenciado pela cultura renascentista, posterior à gótica). Desde o século XVIII, também é usado para se referir a coisas diferentes, excêntricas.
No âmbito artístico, refere-se à produção dominante na Idade Média dos séculos XII ao XIV, como resposta ao estilo românico, em um contexto de transformações culturais e econômicas. Teve sua principal significação nas construções das monumentais catedrais, refletindo, secundariamente, nas esculturas e pinturas.
Figuras representadas na escultura gótica tornaram-se mais realistas e rigorosamente relacionadas às catedrais medievais. As pinturas também se tornaram mais realistas e, com o surgimento de cidades, a fundação de universidades, o aumento do comércio e a criação de uma nova classe que podia se dar ao luxo de encomendar obras, os artistas começaram a explorar temas mais seculares e assuntos não religiosos.
De pinturas religiosas a evangelhos e estruturas arquitetônicas exuberantes, há muito a ser estudado na Idade Média. As correntes sócio-políticas que surgiram em todo o mundo durante esse período levaram a uma evolução de vários gêneros e formas de arte. Abaixo estão alguns exemplos:
Construída em 537 dC, início do período medieval, sob a direção do imperador bizantino Justiniano I, a Hagia Sophia simboliza a arquitetura bizantina.
Embora tenha sido originalmente construída como uma catedral cristã ortodoxa grega, foi reaproveitada como mesquita após a conquista turca de Constantinopla em 1453, e hoje se destaca como um museu em Istambul, na Turquia. Na época em que foi construída, era o edifício mais alto do mundo, conhecida por sua cúpula maciça.
O Evangelho Lindisfarne é uma iluminura e um dos melhores exemplos da arte insular, que combina elementos mediterrâneos, anglo-saxões e celtas.
Acredita-se que tenha sido produzido por volta de 715 d.C. pelo monge da Nortúmbria Eadfridth, o trabalho consiste nos quatro evangelhos cristãos – Mateus, Lucas, Marcos e João. O texto é copiado da tradução latina da Bíblia Cristã de São Jerônimo, também conhecida como Vulgata.
A Capela Palatina foi feita em 804 d.C. como o componente restante do Palácio de Carlos Magno de Aachen, na atual Alemanha. Embora o palácio em si não exista mais, ele agora é a parte central da Catedral de Aachen.
O edifício é uma capela em forma de cúpula, considerada uma visão exemplar da arquitetura carolíngia – relacionada à dinastia franca que governou a Europa Ocidental entre 750 e 987 – devido ao seu núcleo entrelaçado.
Outro exemplo de iluminura é o do Codex Aureus de St. Emmeram. Foi produzido para o Sacro Imperador Romano Carlos II em sua Escola do Palácio Carolingiano, no século IX. Ricamente decorada com letras douradas e ilustrações altamente coloridas, é uma das poucas encadernações valiosas do período.
Talvez a mais famosa das catedrais góticas, a construção de Notre-Dame começou em 1160 sob o comando do bispo Marice de Sully, e passou por muitas mudanças desde então.
Com o uso do cofre com nervuras e contraforte voador, completo com vitrais e elementos esculturais, a igreja é muito diferente do estilo românico que dominava anteriormente. Porém, ela sofreu danos e deterioração nos séculos que se passaram desde sua construção original, mais recentemente em 2019, quando um incêndio começou durante uma campanha de restauração e destruiu a torre do século XIX, porém a restauração já está em andamento.
Jean Pucelle foi um dos mais influentes pintores de livros de arte gótica e miniaturistas em Paris do início do século XIV. Existem poucos detalhes de sua carreira, ele construiu uma oficina altamente respeitada, cujas obras de arte tinham preços altíssimos e dominavam o mercado de iluminuras, arte religiosa e pintura em miniatura.
Sendo um dos grandes artistas medievais de sua época e o criador de alguns dos melhores manuscritos góticos iluminados, Pucelle não teve sucessor real até o surgimento dos irmãos Limbourg – criadores da iluminura conhecida como Tres Riches Heures du Duc de Berry (c.1413).
Paolo Veneziano, um dos principais pintores medievais do estilo bizantino na Veneza do século XIV. Paolo e seu filho Giovanni assinaram A Coroação da Virgem em 1358. A coroação da Virgem, datada de 1324, também é atribuída a Paolo. Outras obras conhecidas de Paolo são de 1333, 1347 e 1353.
Crivelli nasceu em 1435 em Veneza. Sua primeira obra datada é um altar na Igreja de San Silvestro em Massa, perto de Fermo. Trabalhou principalmente em Ancona e Ascoli. De acordo com muitos historiadores da arte, há apenas duas obras do artista em Veneza, na Igreja de San Sebastiano.
Pintava apenas com têmpera, apesar do interesse com a pintura a óleo, naquele tempo. Ao contrário da tendência naturalista de Florença, o estilo de Crivelli trazia muitas características Bizantina.
Seu trabalho é quase exclusivamente religioso, pois era principalmente encomendado por igrejas ou seus seguidores fieis.
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Olá, a Capela Palatina está com a fotografia errada. A referida capela é outra.
Olá.
A imagem foi tirada deste link: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Main_altar_-_Capela_Palatina_-_Palermo_-_Italy_2015_(3).JPG