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Conheça o guia com mais de 7000 museus em 22 países.

Por Paulo Varella - janeiro 24, 2024
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O Programa Ibermuseus apresentou o Registro de Museus Ibero-americanos (RMI). A plataforma – rmiberoamericanos.org –, desenvolvida pelo Observatório Ibero-americano de Museus desde 2013, é uma ferramenta fundamental para o conhecimento e o desenvolvimento do setor.  Trata-se de uma base de dados disponível em uma página web que reunirá os mais de 9.000 museus dos 22 países da região, proporcionando informação e acesso a eles.

O ato oficial de lançamento do RMI ocorreu no Museu de América, em Madri, com a presença do Secretário de Estado de Cultura da Espanha, Fernando Benzo, da presidente do Programa Ibermuseus, Magdalena Zavala Bonachea, e da secretaria-geral adjunta da Secretaria Geral Ibero-americana (Segib), Mariangela Rebuá.

“O RMI é uma conquista substantiva do Programa Ibermuseus, consolidado depois de longas jornadas de trabalho conjunto. A página web mostra não apenas o tecido geográfico da região, mas todo o patrimônio que guardam as instituições, e reúne informação sobre sua gestão, sua infraestrutura, suas coleções, sua forma de administração e seu posicionamento no setor”, detalha a presidente do Programa Ibermuseus, Magdalena Zavala Bonachea.

O RMI é um recurso de referência e de consulta, tanto geral como especializada, que oferece a quem o visite dados organizados em forma de fichas, cujos conteúdos foram elaborados de forma colaborativa e encontram-se chancelados pelos 12 países membros do Programa Ibermuseus que participaram do projeto até esta data. Esse consenso foi resultado de debates, revisões e acordos sobre o que se entende por museu neste grande território e nesse espaço virtual, no qual se encontram distintas legislações e normas nacionais. Oferece, dessa forma, um detalhado panorama do setor e mostra a imensa variedade de situações que convivem dentro da denominação comum de museu.

No momento, já são mais de 7.000 instituições registradas, com diferentes contribuições desde 12 países da América Latina e a Península Ibérica: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai. Essa quantidade estará em constante atualização, com a incorporação dos museus ainda pendentes de ingressar na plataforma, e com a inclusão de outros países que já manifestaram o interesse em estar presentes no RMI.

Desenvolvimento de políticas públicas

A plataforma, que também dispõe de um modo de uso acessível apenas aos responsáveis de cada país com informação mais detalhada das instituições, possibilita, além disso, o intercâmbio de informações entre as administrações públicas, os museus e seus profissionais, contribui ao fomento das redes de cooperação e serve de referência para o estabelecimento de estratégias comuns de fortalecimento das políticas públicas do setor.

“O Registro é o lugar de encontro dos museus ibero-americanos, o espaço comum das mais de 9 mil instituições que povoam esse fértil território museal que forma a vanguarda da museologia em seus aspectos mais renovadores”, resume Miguel González Suela, Subdiretor Geral de Museus Estatais da Espanha. “O RMI permitirá conhecer esse setor, suas características, com um trabalho importante dos profissionais, e pouco a pouco o iremos ampliando. Mas ainda mais importante será criar redes de profissionais dos diferentes países, que desta maneira poderão intercambiar informações, conhecer-se melhor, criar projetos e enriquecer-se mutuamente.”

Virginia Garde López, chefe da Área de Difusão e Desenvolvimento da Subdireção Geral de Museus Estatais do Ministério de Educação, Cultura e Esporte e responsável pela coordenação do projeto, ressalta que “o RMI é a porta para conhecer e aceder às exuberante diversidade de instituições museais que em toda a Ibero-América estão trabalhando para melhorar a sociedade e interessar a seus públicos.”

O Registro é apresentado em um ano de celebração especial, no qual se comemoram 10 anos da assinatura da Declaração da Cidade de Salvador, documento de referência para o diálogo e a cooperação entre países no âmbito da museologia e da memória, e produto do I Encontro Ibero-americano de Museus, celebrado de 26 a 28 de junho de 2007, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. A declaração impulsionou a criação do Programa Ibermuseus e do próprio Registro de Museus Ibero-americanos, concebido já então como uma ferramenta para conhecer a diversidade do panorama museológico e gerar conhecimentos sobre a realidade deste setor na Ibero-América.

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Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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