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Projeto Intervenções VI – A educação pela pedra

Por Equipe Editorial - novembro 23, 2012
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Quem é o artista? Marilá Dardot
O que vai ter na exposição? artes visuais, interação com o público.
É um bom programa? Sim
A galeria é conceituada? Sim
Até quando? 24 de fevereiro de 2013

O Museu Lasar Segall, (IBRAM–MinC), promove, desde 2011, o projeto Intervenções, com curadoria de Jorge Schwartz e de Marcelo Monzani. O projeto apresenta artistas contemporâneos, com obras inéditas, no espaço interno (jardim) do Museu Lasar Segall. Trata-se de intervenções artísticas que têm propiciado ao público a oportunidade de refletir sobre as relações entre espaço arquitetônico, espaço público e artes visuais.

Na sexta edição a artista convidada é Marilá Dardot. Seu projeto consiste em escrever o verso “Para aprender da pedra, frequentá-la”, sobre o piso de pedras portuguesas do jardim. Este verso faz parte do poema “A educação pela pedra” (1955), de João Cabral de Melo Neto, e as letras serão construídas com o mesmo tipo de pedras e rejuntes de cimento, criando um verso em relevo no piso do jardim. Forma e conteúdo se fundem na pedra sobre a pedra.

Dardot afirma que: a estratégia de trabalhar com letras que de alguma maneira se fundem ao chão já aparece no meu trabalho “Porque as palavras estão por toda parte” (2008), que também materializava no espaço uma frase retirada do  livro “Os detetives selvagens”, do escritor chileno Roberto Bolaño.

No histórico do projeto a primeira convidada foi a escultora e ceramista Lygia Reinach, e segundo ela, “além do orgulho de ser convidada a inaugurar o projeto num espaço digno e inusitado, considero a iniciativa ousada, e não duvido que Segall aplaudiria”. A artista apresentou duas esculturas, uma em cerâmica e água, e outra de aço corten, de aproximadamente 2 metros de altura.

Na segunda edição foi a vez de Regina Silveira retomar um tema que lhe é caro: a luz. Ela criou a obra Glossário, instalação em vinil adesivo aplicado na estrutura de vidro e metal que cobre os jardins do museu com a palavra “luz” repetida em diferentes tipologias, favorecendo reflexos e efeitos diversos.

O artista plástico espanhol José Manuel Ballester, terceiro convidado do projeto, apresentou Arquitetura e Simulacros, um trabalho de deslocamento arquitetônico. A partir de fotografias de grandes proporções da janela do atelier de Lasar Segall (1891-1957) instaladas nas paredes dos jardins externos da casa modernista que abriga o museu, a intervenção de Ballester criou uma ilusão de ótica. Esta foto foi colocada em caráter permanente dentro do atelier de gravura de Segall.

Na quarta edição a artista Mônica Nador inspirou-se em uma xilogravura de Segall, Cabeça de Negro, 1929, e desenvolveu uma justaposição de imagem com um autorretrato, realizado em 2004, por um morador da periferia de São Paulo, participante do projeto Jardim Miriam Arte Clube (JAMAC). Tempos distintos em diálogo marcam as diferenças da desigualdade e da beleza.

A última edição do projeto, a quinta, contou com o trabalho da artista Edith Derdyk, com a obra Alçapão, que propunha uma leitura enigmática do espaço arquitetônico, abrindo, simbolicamente, outras paragens e passagens secretas, talvez num desejo de acionar mananciais necessários para a sobrevivência da arte e os lugares em que habita – uma casa, um ateliê, um museu.

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