“A ideia de que artistas podem ser feitos da noite para o dia, que não há nada além de gênio e uma pitada de temperamento no sucesso é uma falácia”, disse a artista Georgia O’Keeffe, em 1928.
Ela viveu até os 98 anos (1887 – 1986) e não parou de se desenvolver como artista – ou de pensar no que isso significa ser, contribuindo imensamente para a Arte Moderna.
“Grandes artistas não acontecem por acaso, não mais do que escritores, cantores ou outros criadores. Eles têm que ser treinados na dura escola da experiência.”
Georgia nunca registrou formalmente suas teorias sobre arte. Ela, no entanto, deixou uma grande quantidade de entrevistas e cartas que revelam como abordou sua prática de pintura, além das experiências e ambientes que a inspiraram.
Nesta matéria destacamos 3 lições que podem ser extraídas dessa grande artista.
Georgia O’Keeffe teve como inspiração para suas pinturas a natureza que a envolvia: seja em Lake George, Nova Iorque, onde ela viveu por cerca de vinte anos, ou em Abiquiu, Novo México, onde mais tarde ela teria um estúdio e uma casa. A flora, fauna, efeitos da luz solar nos objetos, montanhas e desertos, tudo isso a hipnotizava.
A artista absorveu todas essas visões e transpôs em telas. Até mesmo suas obras abstratas tinham influências de suas observações da natureza.
Este olhar atento, minucioso, determinou sua prática artística: “É apenas por seleção, por eliminação, por ênfase”, disse ela, “que chegamos ao verdadeiro significado das coisas”.
Georgia seguia uma rotina diária meticulosa, tudo era muito bem dividido: horários das refeições, caminhadas e trabalhos no estúdio, e assim por diante.
Em uma de suas cartas ela descreve como organizava suas ferramentas e espaço de trabalho:
“Minha paleta está muito limpa – meus pincéis também – A paleta está em uma mesa que posso rodar. O cavalete está ali perto da janela. Uma mesa está cheia de telas, macas, martelos e tachas – então há uma pequena mesa cheia de pedacinhos de cartões cobertos de lona pintados em tons de todas as cores que eu tenho.”
Estratégias organizacionais como essa permitiam que a artista aplicasse com mais facilidade uma imensa gama de tons em suas pinturas, além de auxiliarem-na a focar mais tempo na produção de obras.
Ela sabia que trabalhos “ruins” faziam parte do processo artístico.
Chegou a pintar os mesmos objetos e cenas diversas vezes, até conseguir atingir a perfeição desejada.
Em suas palavras, “O sucesso não vem com a pintura de um quadro. Ele resulta da escolha e permanência em um determinado caminho”.
Georgia sabia como ninguém o que mais queria para si. Enquanto a maioria de seus colegas artistas permaneceram em Nova York ao longo de suas carreiras, ela escolheu viver uma vida solitária no Novo México.
Graças a esta solitude ela encontrou o espaço para ser criativa.
Rosana Paulino apresenta um trabalho centrado em torno de questões sociais, étnicas e de gênero,…
Na arte, o belo é um saber inventado pelo artista para se defrontar com o…
SPPARIS, grife de moda coletiva fundada pelo artista Nobru CZ e pela terapeuta ocupacional Dani…
A galeria Andrea Rehder Arte Contemporânea - que completa 15 anos - apresentará, entre os…
Nesta matéria enumeramos algumas tendências de arte mais estranhas da história que você já viu.…
Um dos artistas abstratos mais conhecidos do século XX é Piet Mondrian, e seu caminho…