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O musical Wicked é um programa para crianças?

Esta semana resolvi fazer o teste para saber se o musical Wicked era bom para crianças.
O questionamento aqui não foi moral, simplesmente queria saber se o musical despertaria a atenção de crianças.
Para isto levei meus 2 pequenos críticos, Amanda 8 anos e Nicolas 6 anos.
Após nos equiparmos de coca-cola e pipocas, fomos para nossos assentos.
A ambientação, o cenário e a iluminação do musical são de cair o queixo. Tudo estava perfeito e com um padrão igual (e muitas vezes superior) a qualquer musical na Broadway em Nova Iorque ou West End, em Londres).
Sem querer fazer “spoiler”, a cena inicial de adultério ficou meio confusa para os meu filhos e eles me perguntaram o que estava acontecendo. Após tentar explicar, seguimos com o musical.

Fora os momentos dos longos duetos entre as protagonistas onde os meus pequenos críticos perderam o foco, o musical agradou e os dois elogiaram.


O Nicolas, de 6 anos confessou que o espetáculo foi um pouco longo para ele, mas recomenda. Já a Amanda de 8 anos gostou de tudo e saiu de lá com uma outra concepção sobre bruxas.
Quanto a mim, foi interessante ver pela primeira vez uma abordagem freudiana tão direta sobre a formação do mal. Em algum momento do musical há até um questionamento à moda de Jean Jacques Rousseau sobre o ser humano nascer bom e o ambiente o modificar. A conclusão é que uma boa terapia eliminaria as bruxas da face da terra.
De qualquer forma, a minha resposta é sim. Vale a pena levar seus filhos, mas não antes dos 8 anos pois você corre o risco de ter gente incomodada do seu lado. Siga a indicação do espetáculo para 12 anos, eles vão precisar da maturidade para aproveitar completamente.

 

Serviço:

WICKED
QUANDO: qui. e sex., às 21h, sáb., às 16h e às 21h, dom., às 15h e às 20h; até 31/7
ONDE: Teatro Renault, av. Brigadeiro Luís Antônio, 411, tel. (11) 4003-5588
QUANTO: R$ 50 a R$ 280
CLASSIFICAÇÃO: 12 anos

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Paulo Varella

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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