Performance

Galeria Vermelho apresenta: Verbo 2012-2013 – 8ª edição

Por Equipe Editorial - setembro 26, 2012
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Quem é o artista? Lilibeth Cuenca Rasmussen, Vivian Caccuri, o trio AlanSteffenRobert, o grupo A Kassen, Hannah Heilmann, Julien Bismuth
O que vai ter na exposição? Manifestações artísticas.

A Vermelho apresenta, no dia 02 de outubro, o programa III da mostra de performance arte VERBO 2012. Com curadoria da brasileira radicada em Copenhague, Julia Rodrigues, o programa conta com ações de Lilibeth Cuenca Rasmussen (Dinamarca), Vivian Caccuri (Brasil), do trio AlanSteffenRobert (Dinamarca), do grupo A Kassen (Dinamarca), de Hannah Heilmann (Dinamarca) e Julien Bismuth (França).

O conceito que norteia o programa III da Verbo 2012 tem seu foco na questão do Mise-en-scene. O interesse surgiu ao identificar a prática de performances “artificiais” entre artistas contemporâneos. Artificiais pois são ações que seguem um roteiro, fazem uso de signos e de representações. Elas diferem das ações criadas nos anos 1960 e 1970 onde os artistas buscavam práticas reais e não-encenadas. Tal procedimento abre na arte espaços antes inadvertidos na rede representacional (circunscritas anteriormente apenas no campo do teatro). Essas  performances problematizam suas próprias categorizações, situando a especulação teórica dentro da dinâmica espaço/ator/espectador.

A artista dinamarquesa Lilibeth Cuenca Rasmussen, que participou da VERBO 2010, apresentará The Instrumental Man (2012). Na ação, Rasmussen incarna o drama do homem atual, cujo papel, segundo a artista, foi suprimido como resultado das aquisições adquiridas pelo movimento feminista na luta por direitos equiparados. Ao se transvestir de homem, Rasmussen constrói e desconstrói identidades numa discussão sobre gênero sob uma nova perspectiva.  A ação conta com cinco músicos além da própria artista.

Golden Hour (2012), performance de Vivian Caccuri, simula o prolongamento do tempo por meio de um roteiro com regras pré-estabelecidas pela artista. Na performance, cinco atores recitam um texto cujas palavras foram separadas em sílabas. As sílabas são pronunciadas em sequencia por cada um dos cinco atores, criando falas não-convencionais, alongadas.

Alan Steffen Robert, trio integrado pelos artistas Allan Nicolaisen, Steffen Jørgensen e Robert Kjær Clausen, apresenta os filmes Easy Beige (2010), que narra a história de três arqueólogos que trabalham intensamente à procura de itens abstratos, e Suicide Monkeys (2012), que documenta um jantar entre amigos permeado por situações surreais e questões existencialistas.

O grupo A Kassen, integrado por Christian Bretton-Meyer, Morten Steen Hebsgaard, Søren Petersen e  Tommy Petersen,  apresenta Drip, uma mescla entre performance, instalação e escultura. O grupo faz uso em suas obras de ironia, surpresa e discreta modificação de objetos do cotidiano como ferramenta para questionar situações estabelecidas.

A artista dinamarquesa Hannah Heilmann apresenta a instalação performatica It wasn’t like that, it was like this e The Shower performance em-progresso sobre gênero, onde a artista convoca homens de todas idades a realizar um skype meeting enquanto eles tomam banho.

O artista francês Julien Bismuth, atualmente em residência no Capacete do Rio de Janeiro, fará uso de textos e projeção de imagens para lidar com a questão da narrativa no campo da performance.

Julia Rodrigues é curadora independente brasileira, radicada em Copenhague. Realizou mostras como Facetime (OnStellarRays, Nova York, 2012), Worng (IMO, Copenhague 2011), MASH UP (Auckland, NZ, 2010). Contribuiu com ensaios para revistas internacionais como GlobAL, EXIT Express, Fotosite, Art.es.

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