Artes Plásticas

Paisagem nas Américas

Por Paulo Varella - março 22, 2016
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Tarsila do Amaral

O que é? “Paisagem nas Américas: Pinturas da Terra do Fogo ao Ártico”, com curadoria de Valéria Piccoli, Georgiana Uhlyarik e Peter John Brownlee.
Quem são os artistas? Grandes artistas do continente americano, como os brasileiros Tarsila do Amaral e Pedro Américo, os americanos Frederic Church e Georgia O’Keeffe, os mexicanos José Maria Velasco e Gerardo Murillo, os canadenses Lawrren Harris e David Milne, o venezuelano Armando Reverón e o uruguaio Pedro Figari, entre outros.
O que terá a mostra? A exposição conta com 105 obras de pintura de paisagem feitas no continente americano entre 1820 e 1940. O projeto é ambicioso e envolveu uma rede de instituições, acadêmicos e patrocinadores de todas as Américas. A parceria inédita foi firmada em 2010 entre a Pinacoteca de São Paulo, a Art Gallery of Ontario e a Terra Foundation for American Art (Chicago, EUA).
Sobre o espaço: A Pinacoteca do Estado de São Paulo é um dos mais importantes museus de arte do Brasil, sendo o mais antigo a tratar de arte na capital paulistana (fundado em 1905). Prosseguindo as novas consolidações do museu, no ano de 2004 a Pinacoteca incorpora o edifício Largo General Osório, que, originalmente, abrigava armazéns e escritórios da Estrada de Ferro Sorocaba. O edifício foi totalmente reformado e passa a chamar-se Estação Pinacoteca, recebendo parte do extenso programa de exposições temporárias do museu.
Período expositivo: 27 de fevereiro a 29 de maio de 2016.

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Pedro Figari

A mostra está organizada por temas e enfatiza a produção artística da Argentina e da região do Rio da Prata, de países andinos como Chile, Equador e Venezuela, Brasil, México, Estados Unidos e Canadá, onde a presença da pintura de paisagem foi mais expressiva. “Gradualmente, a pintura de paisagem revela uma mudança de atitude com relação ao território, figurando a constituição de identidades culturais baseadas num sentido de pertencimento a um lugar particular. É possível identificar essas transformações à medida que se caminha pela mostra”, explica Valéria Piccoli, curadora-chefe da Pinacoteca.

A mostra se organiza a partir de seis temas, que buscam enfatizar aspectos que são comuns à história de todos os países americanos. ‘Terra Ícone Nação’, por exemplo, apresenta uma seleção de sete pinturas icônicas que demonstram como, na medida em que as nações da América se tornavam independentes, certas paisagens foram escolhidas como representativas de uma identidade nacional. ‘Do Campo para o Ateliê’ reúne desenhos e pinturas que resultam de expedições científicas que percorreram e exploraram as mais remotas regiões das Américas. Já, as telas reunidas em ‘Batalhas Fronteiras Territórios’ nos mostram como os artistas imaginaram a história muitas vezes violenta e conflituosa das disputas territoriais que marcam as definições das fronteiras americanas, tanto entre nações, como entre os povos indígenas do continente.

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Lawrren Harris

‘A Terra como Recurso’ apresenta pinturas que fazem referência às abundantes riquezas das Américas – o solo fértil, a madeira, minerais, entre outros – que glorificam o domínio do homem sobre o mundo natural. Pinturas de fazendas de café, de extração de madeira e mesmo de coleta de gelo no Canadá compõem esse núcleo, com visões romantizadas do mundo do trabalho e da exploração dos recursos naturais. Em ‘A Terra Transformada’ temos a emergência da modernidade, que dissemina o gosto pelas formas industriais. Obras do mexicano Juan O’Gorman, do uruguaio Torres-Garcia e da brasileira Tarsila do Amaral exemplificam a predominância da paisagem urbana – com seus portos, fábricas e chaminés – na pintura do início do século XX, desmantelando a estética e as convenções artísticas do século anterior. A mostra se encerra com ‘Ícone Nação Ser’ que, espelhando a seção inicial, reúne sete obras que manifestam respostas individuais dos artistas frente à natureza e à beleza do território. São lugares que os artistas conheciam bem e onde projetam suas memórias e experiências, no sentido de expressar um profundo sentido de pertencimento.

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Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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