Ronaldo do Rego Macedo (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1950). Pintor e professor. Inicia sua formação artística em 1969 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), onde estuda com Ivan Serpa (1923-1973) e Anna Bella Geiger (1933).
Entre 1971 e 1975, trabalha no serviço de monitoria do MAM/RJ. Participa em 1973 da 12ª Bienal Internacional de São Paulo. Em 1975, faz sua primeira individual, na Fundação Cultural, em Brasília, e recebe o prêmio aquisição do Salão de Verão JB/Light, no MAM/RJ. Passa a lecionar história da arte no Centro Universitário Profissional (CUP), no Rio de Janeiro, em 1978. Atua como diretor, em parceria com outros artistas, da galeria do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), no Rio de Janeiro, durante o ano de 1981.
Leciona, entre 1981 e 1986, na Faculdade do Centro Educacional de Niterói (Facen). De 1982 a 1989, dirige, com Ascânio MMM (1941), a Galeria do Centro Empresarial Rio. Participa da sala especial Em Busca da Essência: Elementos da Redução na Arte Brasileira, na 19ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1987. É professor de pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), no Rio de Janeiro desde 1977.
A partir dos anos 1980, Ronaldo Macedo produz telas abstratas, nas quais aborda questões relacionadas à própria natureza da pintura. Grande parte de sua produção tende ao monocromático ou apresenta uma gama cromática reduzida.
Em algumas obras realiza cortes na superfície do suporte, aproximando-se também da produção do pintor e escultor italiano Lucio Fontana (1899-1969). Em outras pinturas, as superfícies, pelas repetidas camadas de tinta aplicadas, revelam uma vibração luminosa que evoca a produção de artistas como pintor americano Mark Rothko (1903-1970): o uso da cor cria atmosferas e possui também um caráter simbólico.
Em suas obras, Macedo explora o confronto entre a sobreposição de diversos planos cromáticos e a superfície pictórica. O pintor deixa constantemente margens brancas entre o limite do suporte e o do campo de cor, determinando o limite de autonomia do quadro. Para o historiador da arte Walter Zanini (1925-2013), sua produção relaciona-se ainda com as premissas do support-surface.
A pintura abstrata recente do artista, professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, é a continuidade de uma pesquisa de décadas, em que a cor constitui pura presença física. Cores vibrantes, criadas por Ronaldo são “soterradas” por camadas muito espessas de tinta a óleo de tons de branco, aplicadas com pincel, trincha, vassoura ou a mão diretamente. Nas telas grandes e pequenas, há vestígios de vermelhos, azuis e roxos implacavelmente cobertas pelos brancos, nos quais a marca das “pinceladas” se faz evidente.
Fonte: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa24679/ronaldo-do-rego-macedo>. Acesso em: 14 de Dez. 2018. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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