Judith Lauand, a artista que conquistou os mestres concretistas
Judith Lauand, artista plástica brasileira, concreta, pop e experimental. Começou a dedicar-se a pintura na década de 1940 em Araraquara, na escola de Belas Artes. No início de sua carreira dedicava-se a arte com influência expressionista, pintando figuras e naturezas mortas.
Forma-se em Artes Plásticas em 1950 e em 1952 muda-se para São Paulo onde estuda gravura com Livio Abramo. Passa a dedicar-se a abstração em 1953.O concretismo foi um movimento vanguardista que ocorreu nas artes plásticas, na música e na poesia.
Surgiu na Europa, na década de 1950, e teve seu auge até a década de 1960. Os artistas precursores deste movimento foram: Max Bill (artes plásticas), Pierre Schaeffer (música) e Vladimir Mayakovsky (poesia).
Para os concretistas a arte é autônoma e a sua forma remete às da realidade, logo, as poesias, por exemplo, estão cada vez mais próximas das formas arquitetônicas ou esculturais. As artes visuais não figurativas começam a ser mais evidentes, a fim de mostrar que no mundo há uma realidade palpável, a qual pode ser observada de diferentes ângulos.
A entrada no concretismo
Judith Lauand entra em contato com o concretismo em 1954. Em 1956 participa de Primeira Exposição de Arte Concreta que marca o surgimento da poesia concreta no Brasil.
Obras em Destaque
Em 1955 foi convidada a participar o grupo Ruptura onde foi a única mulher. É fundadora da Galeria NT (Novas Tendências) em São Paulo junto com Hermelindo Flaminghi e Luiz Sacilotto.
Em 1958 ganha o premio Leirner de Arte Contemporânea. Na década de 1960 começa a utilizar em suas obras materiais pouco usuais como tachinhas, alfinetes, clips e dobradiças, com efeitos e ritmos ópticos.[1]
Concretismo: características
Na literatura o Concretismo foi um movimento artístico surgido na década de 1950 que extinguia os versos e a sintaxe normal do discurso, dando grande importância à organização visual do texto, com o intuito de acabar com a distinção entre forma e conteúdo e criar uma nova linguagem.
Seus princípios, de certa forma, dialogam com proposições do Cubismo aplicado tanto à literatura quanto às artes plásticas. Foram precursores mundiais das tendências do movimento o suíço Max Bill, e o russo Vladimir Mayakovsky
No Brasil, esse movimento vanguardista chegou por volta de 1950, através do Suíço, Max Bill (1908-1994).
O movimento concreto se constituiu, primeiramente, na cidade de São Paulo, em meados da década de 50, sendo liderado pelos poetas e irmãos Augusto de Campos e Haroldo de Campos, conhecido como os “irmãos Campos”, e Décio Pignatari.
Estes (também conhecidos com “Grupo Paulista”), fundaram a Revista “Noigandres” (1952), para divulgador as ideias atreladas ao concretismo. Posteriormente, o grupo também seria integrado pelos poetas cariocas Ronaldo Azeredo e José Lino Grünewald.
A partir da década de 1960, poetas e músicos do movimento, como Ferreira Gullar e Paulo Leminski, passaram a se envolver em temas sociais, surgindo várias tendências pós-concretistas.
Top 10 artistas mulheres minimalistas que você precisa conhecer!
1. Theo van Doesburg, 1883-1931, Utrecht, Países Baixos.
Foi um artista plástico, designer gráfico, poeta e arquitecto neerlandês. Associado ao Dadaísmo, ao Concretismo e ao Neoplasticismo holandês, e mais conhecido como um dos fundadores e líderes do De Stijl, foi professor na Bauhaus e produziu poemas fonéticos na mesma época que Kurt Schwitters, de quem se tornou amigo em 1923.
2. Judith Lauand, 1922, São Paulo, SP.
Artista plástica brasileira, concreta, pop e experimental. Começou a dedicar-se a pintura na década de 1940 em Araraquara, na escola de Belas Artes. A autonomia de Judith levou a pintora a ser a primeira mulher a expor junto aos pioneiros artistas concretos, ao se integrar em 1955 ao histórico grupo Ruptura, criado três anos antes por Waldemar Cordeiro, considerado o primeiro núcleo de artistas abstratos do Brasil. Não era uma relação fácil, ela reconhece. “Mas nunca fui discriminada por ser mulher”, garante, observando, porém, que Cordeiro era um tanto centralizador para alguém que cultuava a liberdade como ela.
3. Max Bill, 1908-1994, Winterthur, Suíça.
Um dos mais importantes artistas do Concretismo, Max Bill desenvolveu atividades em quase todos os ramos da arte – pintura, escultura, arquitetura, design gráfico – com excelência técnica e rigor matemático na composição. Estudou na Escola de Artes e Ofícios de Zürich; ao completar o curso em 1927, passou a ser membro atuante da Bauhaus de Dessau, até 1929. De 1932 a 1936, fez parte do grupo Abstraction-Création
4. Hélio Oiticia, 1937-1980, Rio de Janeiro, Brasil.
Foi um pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas. É considerado por muitos, um dos maiores artistas da história da arte.
5. Alfredo Volpi, Lucca, Itália (1896) – São Paulo (1988).
Assim como Rizzotti, Alfredo Volpi é considerado um dos artistas mais importantes da segunda geração do modernismo. Imigrante, realizou sua primeira exposição individual no Salão de Maio e na 1ª Exposição da Família Artística Paulista, em São Paulo. Em 1953, recebeu o prêmio de Melhor Pintor Nacional na II Bienal de São Paulo.
Participou da decisiva Exposição Nacional de Arte Concreta, em São Paulo (1956) e noRio de Janeiro (1957), marco inaugural da arte e da poesia concreta.
6. Geraldo de Barros, 1923-1998, São Paulo.
Além da fotografia e da pintura, sua obra se estende também à gravura, às artes gráficas e ao desenho industrial. Foi um dos pioneiros da fotografia abstrata e do modernismo no Brasil, além de ser considerado um dos mais importantes artistas do movimento concretista brasileiro.
Fontes: Sua Pesquisa / Wikipedia
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