Um princípio da arte e do próprio universo, um “padrão”, é um elemento (ou conjunto de elementos) que é repetido em um trabalho ou em um conjunto de obras associadas. Os artistas usam o pattern como decoração ou técnica de composição de um trabalho artístico. Eles são diversos e úteis, funcionando como uma ferramenta que chama a atenção do espectador, seja ele sutil ou muito aparente.
É importante entender que a palavra pattern nem sempre significa “padrão”; ela varia conforme seu contexto. Temos aqui dois exemplos:
A capacidade de reconhecer padrões é uma habilidade básica dos seres humanos. Identificar esses “padrões” nas pinturas é uma prática que tende a ter um efeito psicológico calmante no espectador.
O reconhecimento de padrões é uma função fundamental do cérebro humano — na verdade, de todos os animais, e pode se aplicar a imagens visuais, mas também a sons e cheiros. Isso nos permite absorver e entender rapidamente nossos ambientes.
Como resultado, o pattern na arte nos satisfaz e intriga, seja ele claramente identificável, como nas repetidas imagens de Andy Warhol de Marilyn Monroe, como nos respingos aparentemente aleatórios de Jackson Pollack.
O pattern pode ajudar a definir o ritmo de uma obra de arte. Quando pensamos nesse estilo, imagens de xadrez, tijolos e papel de parede floral vêm à nossa mente. No entanto, ele vai além: um padrão nem sempre precisa ser uma repetição idêntica de um elemento.
Ele tem sido usado desde as primeiras manifestações artísticas mais antigas. Como nas paredes da Caverna de Lascaux, há 20 mil anos, e nos detalhes dos cabos das primeiras cerâmicas, feitas há 10 mil anos. Posteriormente, também foi usado como adorno nas arquiteturas.
Muitos artistas, ao longo dos séculos, acrescentaram o estilo pattern em seus trabalhos, seja estritamente como decoração ou para significar um objeto conhecido.
Artistas tendem a seguir padrões em toda estrutura de seu trabalho. Isso fica mais claro quando observamos suas técnicas, meios de comunicação, abordagens e assuntos escolhidos. Geralmente, o padrão acaba definindo como será seu estilo e torna-se parte do processo das ações de um artista.
Os padrões são encontrados em toda parte na natureza, desde as folhas de uma árvore até em suas estruturas microscópicas. Conchas e rochas; animais e flores; até mesmo o corpo humano possui padrões.
O pattern não é definido como um padrão de regras. Podemos identificá-los, mas eles não são necessariamente uniformes. Os flocos de neve quase sempre têm seis lados, mas cada um apresenta um padrão diferente de qualquer outro.
Um padrão natural pode apresentar irregularidades ou ausência de uma replicação exata. Por exemplo, uma espécie de árvore pode ter um padrão para seus ramos, mas isso não significa que cada ramo cresce a partir de um local designado seguindo o mesmo modelo.
Aqui, tende-se a buscar a perfeição. Um tabuleiro de xadrez é facilmente reconhecível como uma série de quadrados contrastantes desenhados com linhas retas. Se uma linha estiver fora do lugar ou um quadrado for vermelho, em vez de preto ou branco, isso contraria a percepção de padrão conhecido.
Os humanos também tentam replicar a natureza dentro de padrões. Os padrões florais são um exemplo perfeito porque estamos pegando um objeto natural e transformando-o em algo repetitivo com certa variação.
Nossas mentes tendem a reconhecer e apreciar padrões, mas o que acontece quando esse padrão é quebrado? O efeito pode ser perturbador e certamente chamará nossa atenção porque é inesperado.
Por exemplo, o trabalho de M.C. Escher se choca com nosso desejo por padrões. Em uma de suas obras mais famosas, “Dia e Noite” (1938), vemos o xadrez se transformar em pássaros brancos que voam. No entanto, se você olhar de perto, o mosaico inverte-se com as aves voando na direção oposta.
Escher nos distrai disso usando a familiaridade do padrão quadriculado com a paisagem retratada no plano inferior. No início, sabemos que algo não está certo e é por isso que continuamos olhando para a obra. No final, o padrão das aves imita os padrões do xadrez.
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