Artista da Semana

Conheça o trabalho de Abbas Fahdel

Por Paulo Varella - janeiro 7, 2019
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Abbas Fahdel
Abbas Fahdel

Abbas Fahdel (em árabe: عباس فاضل) é um cineasta e roteirista franco-iraquiano. Aos 18 anos mudou-se para França para estudar cinema e regressou ao Iraque apenas em Janeiro de 2002, com nacionalidade francesa.

Retour à Babylone

Este regresso é o tema do documentário Retour à Babylone, um documentário sobre os seus amigos de infância que tem a situação dramática do país como pano de fundo.

Um ano depois, o realizador regressa novamente ao Iraque e descobre um país estremecido pela violência, o pesadelo de uma ditadura substituída pelo caos mas sobretudo um país onde, apesar disso, tudo continua possível: o melhor ou o pior. Este momento histórico é o tema do seu segundo documentário, Nous les Irakiens, onde o realizador realça este sentimento de pertença e compromisso.

Produção recente

YARA

A jovem Yara mora com a avó em uma fazenda no Vale de Qadisha, ao norte do Líbano. A maioria dos antigos habitantes da vila já se mudou ou faleceu. Um dia, Yara conhece Elias, um jovem caminhante, meio perdido, que passa pela fazenda. Entre dias lindos e quentes, cuidando das cabras, alimentando as galinhas, lavando roupa, tomando sol, Yara descobre um amor de verão.

ficha técnica
Roteiro: Abbas Fahdel
Direção de fotografia: Abbas Fahdel
Montagem: Abbas Fahdel
Som: Abbas Fahdel
Produtor: Abbas Fahdel
Produtor executivo: Nour Ballouk
Elenco: Michelle Wehbe, Elias Freifer, Mary Alkady, Elias Alkady , Charbel Alkady
Título original: Yara

sobre o diretor
Diretor de cinema, roteirista e crítico de cinema iraquiano-francês, Abbas Fahdel nasceu na Babilônia, no Iraque. Morou na França desde os 18 anos, estudou cinema na Universidade de Sorbonne até o doutorado. Em janeiro de 2002, ele retornou ao Iraque com um passaporte francês e filmou o documentário Back to Babylon, no qual ele se perguntou: “O que meus amigos de infância se tornaram? Como suas vidas mudaram? Como seria minha vida se eu não tivesse escolhido construir meu destino em outro lugar? ”.

Um ano depois, em fevereiro de 2003, quando uma nova guerra era iminente, Abbas Fahdel retornou ao Iraque com a intenção de filmar sua família e amigos. Quando a guerra começou, ele retornou à França e perdeu todo o contato com sua família. Dois meses depois, volta novamente ao Iraque e descobriu um país abalado pela violência, o pesadelo da ditadura substituído pelo caos. Este momento histórico é o tema do seu segundo documentário, We Iraqis.

Em 2008, dirigiu o longa-metragem Dawn of the World, um drama de guerra no qual ele faz um relato inesperado dos múltiplos impactos da Guerra do Golfo e como eles danificaram dramaticamente uma área conhecida por ser a localização geográfica do Jardim do Éden.

Em 2015, lança Homeland: Iraque ano zero, um documentário monumental de 334 minutos, dividido em duas partes, que segue a extensa família do diretor e seus amigos no período que antecede a invasão americana do Iraque (“Antes da Queda”) e as suas consequências fatais (“Depois da batalha”). Foi apresentado em diversos festivais como Visions du réel (Prêmio de Melhor Filme), Locarno (Doc Alliance Selection Award), Yamagata Documentary Film Festival (Prêmio de Excelência).

Aonde você pode ver?

A programação de estreias da Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta quatro destaques na primeira semana de exibição de 2019. Yara, novo filme do realizador iraquiano Abbas Fahdel, exibido na competição principal do Festival de Locarno do último ano, entra em cartaz na quinta-feira, 10 de janeiro. Duas obras políticas realizados no Rio Grande do Sul, Rasga Coração, de Jorge Furtado, e Tinta Bruta, de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, ganham sessões também a partir do dia 10 de janeiro. No domingo, 13 de janeiro, às 20h, acontece uma sessão de pré-estreia de Asako I & II, de Ryusuke Hamaguchi, um dos grandes destaques do cinema japonês contemporâneo, concorrente à Palma de Ouro em Cannes em 2018.

O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

Integrante do projeto Sessão Vitrine Petrobras, o filme Tinta Bruta tem valor promocional: R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

FILMES

YARA

Líbano/Iraque/França, 2018, DCP, 101 minutos

Direção: Abbas Fahdel

Distribuição: Zeta Filmes

A jovem Yara mora com a avó em uma fazenda em um vale isolado, ao norte do Líbano. A maioria dos antigos habitantes da vila já se mudou ou faleceu. Um dia, Yara conhece Elias, um jovem caminhante, meio perdido, que passa pela fazenda. Entre dias lindos e quentes, cuidando das cabras, alimentando as galinhas, lavando roupa, tomando sol, Yara descobre um amor de verão.

Quer ver outros filmes legais?

RASGA CORAÇÃO

Brasil, 2018, 115 minutos, DCP

Direção: Jorge Furtado

Distribuição: Sony

Custódio Manhães é um funcionário público de meia idade que continua pensando como o militante político que foi na juventude, quando era conhecido como ‘Manguari Pistolão’. Mas é confrontado por seu filho Luca, que o acusa de conservador. Sem dinheiro para fechar o mês, e sofrendo as dores de uma artrite crônica, Custódio passa em revista seu passado, e se vê repetindo as mesmas atitudes de seu pai.

TINTA BRUTA

Brasil, 2018, 118 minutos, DCP

Direção: Filipe Matzembacher e Márcio Reolon

Distribuição: Vitrine Filmes

Enquanto responde a um processo criminal, Pedro é forçado a lidar com a mudança da irmã para o outro lado do país. Sozinho no escuro do seu quarto, ele dança coberto de tinta neon, enquanto milhares de estranhos o assistem pela webcam.

ASAKO I & II

Japão/França, 2018, DCP, 117 minutos

Direção: Ryusuke Hamaguchi

Distribuição: Zeta Filmes

Asako e Baku vivem um romance intenso e avassalador, porém, certo dia, o temperamental Baku desaparece. Dois anos mais tarde, depois de se mudar de Osaka para Tóquio, Asako encontra o duplo perfeito de Baku. Ryusuke Hamaguchi, que já havia atraído atenção em 2015, com um filme de mais de cinco horas intitulado Happy Hour, retorna com esta obra, baseada em um livro da escritora Tomoka Shibasaki, para traçar a trajetória de um amor, ou, para ser exato, dois amores, encontrados, perdidos, deslocados e recuperados.

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Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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