CINUSP apresenta filmes pornográficos e eróticos autorais para discutir representações do ato sexual
O que é? Em cartaz de 6 a 28 de março, mostra OBSCENA: O SEXO NO CINEMA reúne produções desde os anos 1970 até hoje, incluindo clássicos polêmicos e lançamentos recentes como Ninfomaníaca e Azul É a Cor Mais Quente
Quando? Entre os dias 6 e 28 de março.
Onde? CINUSP Paulo Emílio, Maria Antônia e ECA.
Apesar de o corpo e o sexo serem expostos, comercializados e alvos de exploração imagética constante, o ato sexual ainda é um tema tabu na sociedade e sempre enfrentou diversos tipos de censura ao ser levado às telas de cinema. Mas a decisão de transformar em espetáculo público um ato tão íntimo não é sempre desprovida de intenções que vão além da exploração pornográfica: sua forma de representação pode denotar também, além de uma escolha estética, uma afirmação ideológica capaz de expressar e subverter relações de poder sociais e psicológicas estabelecidas. Essas relações podem estar associadas aos tradicionais sentimentos de afeto e união, mas também aos de frustração, raiva, vingança ou ainda à busca do simples prazer, sem nenhum sentimento envolvido, bem como a associações com criminalidade e política. Partindo dessas reflexões sobre a representação cinematográfica do ato sexual, a mostra OBSCENA: SEXO NO CINEMA, em cartaz nas salas de exibição do CINUSP Paulo Emílio entre os dias 6 e 28 de março,inspira o debate sobre os limites ambíguos entre pornografia, erotismo e sensualidade, colocando em discussão a ideia de obscenidade por meio de uma seleção de dezoito longas-metragens e sete curtas que escancaram o sexo sem pudor nem maquiagem, utilizando-se do tratamento explícito para provocar o espectador, questionar os interditos e problematizar as fronteiras entre arte e pornografia, não tão bem demarcadas quanto as concepções tradicionais poderiam querer.
A complexidade de se traçar limites entre o erotismo e a pornografia se apresenta claramente no contato com as noções de desejo e proibição, de perversão e prazer, com as interdições que emergem no trato do sexo. A linha divisória entre os dois termos é tênue, embora no juízo de valor atribuído ao dito “erótico” e ao “pornográfico” haja clara diferença, distinção que remonta à etimologia das palavras. Enquanto “erotismo” vem de Eros, o Deus do Amor, a palavra “pornografia” nasce da junção das raízes gregas porné (prostitutas) e graphia (escrito), expressão usada para referir-se a relatos escritos sobre a vida e os hábitos das prostitutas. Se o primeiro termo está ligado ao amor e à divindade, o segundo é, em contrapartida, associado à devassidão e à vulgaridade. Essa cisão se mantêm até os dias de hoje, segregando os produtos classificados de acordo com um ou outro termo em alta e baixa cultura. Evitado ou tratado de maneira cosmética por um determinado tipo de cinema, que o vê como obstáculo restritivo, por vias da classificação indicativa, do público em potencial de determinado filme, o sexo encontra um lugar privilegiado, de destaque, incorporado em sua forma mais explícita e realista, nas obras selecionadas para esta mostra.
Obras em Destaque
Motivada pelos lançamentos recentes nos cinemas do Brasil de um número significativo de filmes que se utilizam de cenas de sexo explícito, como Ninfomaníaca, de Lars Von Trier, Azul É a Cor Mais Quente, de Abdellatif Kechiche, Um Estranho no Lago, de Alain Guiraudie, e o recém-lançado filme chileno Jovem Alocada, de Marialy Rivas, esta programação busca reacender o debate sobre o registro do sexo em sua explicitude, colocando em pauta tanto esses filmes contemporâneos quanto representantes da cinematografia erótica e pornográfica de décadas passadas, verdadeiros marcos na abordagem do tema pelo cinema, considerados audaciosos e controversos à época em que foram lançados. Estão presentes na seleção algumas obras cujas cenas de sexo causaram tanta polêmica que chegaram a levá-las a ser banidas ou censuradas em diversos países, como O Último Tango em Paris, de Bernardo Bertolucci, e O Império dos Sentidos, de Nagisa Oshima. Em ambos os casos, a controvérsia gerada pelos filmes foi tão grande que seus diretores foram processados em seus países de origem.
A mostra também resgata filmes concebidos para o mercado pornográfico, mas que ao longo dos anos adquiriram um novo status, tornando-se autênticos cult movies, como Garganta Profunda e O Diabo na Carne de Miss Jones, ambos de Gerard Damiano, e Atrás da Porta Verde, de Artie e Jim Mitchell. Verdadeiros “clássicos” do cinema pornográfico, também chamados de porn chic ou cult porn, esses filmes pertencem à “Era de Ouro do Pornô”, ocorrida entre o início dos anos 1970 e o início dos 80, quando foram lançados dezenas de filmes pornográficos que atingiram um status mais prestigioso frente à crítica e ao público, levando aos cinemas uma parcela da audiência que sempre rejeitou obras do gênero, incluindo as mulheres.
A programação inclui ainda os autênticos blockbusters do sexo, filmes comerciais mais convencionais que fizeram sucesso entre o final dos anos 1980 e 1990 ao explorar o erotismo, como 9½ Semanas de Amor, de Adrian Lyne, e Instinto Selvagem, de Paulo Verhoeven, além de produções independentes dos anos 1990 e 2000 que se propuseram a testar os limites da exibição do ato sexual e das perversões nas telas, como Crash – Estranhos Prazeres, de David Cronenberg, Ken Park, de Larry Clark, 9 Canções, de Michael Winterbottom, e Shortbus, de John Cameron Mitchell. Como representante do cinema pornográfico atual e de suas múltiplas vertentes, a mostra exibe Five Hot Stories For Her, de Erika Lust, diretora integrante de um movimento europeu que, baseado nos pornôs chic dos anos 1970, busca produzir uma pornografia de qualidade feita por mulheres e para mulheres, por isso também chamada de pornô-feminista.
É interessante notar que, enquanto esses filmes trabalharam o ato sexual na chave do erotismo e da sedução, ou de forma realista, mas ainda na esfera da intimidade e da atração, outros utilizam o sexo com intenções opostas, representando-o de maneira repulsiva, proveniente de abusos físicos e psicológicos nos quais são ressaltados conflitos de gênero e classe. É o caso dos filmes Baixio das Bestas, de Cláudio Assis, que conta a história de uma cidade do interior onde os personagens parecem ser movidos pelo sexo e pela prostituição, e Salò ou os 120 Dias de Sodoma, de Pier Paolo Pasolini, diretor já famoso por suas obras com forte apelo erótico, que nesse filme se inspira em um conto de Marquês de Sade para tratar o sexo como metáfora da violência dos regimes fascistas.
Dando continuidade à discussão sobre a pornografia no presente, a mostra apresenta, por fim, uma sessão de curtas-metragens que utilizam cenas de sexo – explícito ou não – com viés experimental e/ou puramente estético, apontando novas formas de se pensar e registrar o sexo. Para discutir essas obras, alguns dos realizadores brasileiros destes curtas comparecem ao CINUSP para um bate-papo com o público no dia 13 de março, quinta-feira, após a sessão das 19 horas: Daniel Augusto, diretor do curta-metragem Porn Karaoke, que intercala o registro da ficção contemporânea com cenas de filmes pornográficos dos anos 1920, Gustavo Vinagre, desafiado a vivenciar e registrar experiências totalmente novas ao fazer um documentário sobre o poeta Glauco Mattoso em Filme Para Poeta Cego, e Juliana Dornelles, que faz uma declaração de amor carnal às cidades de Porto Alegre e São Paulo em Amor Com a Cidade. Outro debate promovido pela mostra acontece no dia 19 de março, após a sessão de O Império dos Sentidos, entre o crítico de cinema Christian Petermann e o doutorando em Literatura e Erotismo Ronnie Cardoso, no qual é colocada em pauta a utilização do sexo explícito em filmes autorais.
Reunindo artistas e teóricos com obras e visões tão diversas sobre o assunto, a mostra OSCENA do CINUSP Paulo Emílio cria uma excelente oportunidade para acalorar a discussão sobre as diversas representações do sexo no cinema contemporâneo, reunindo sem discriminação tanto os filmes que se valem do sexo com pretensões artísticas quanto aqueles que utilizam o sexo apenas como atrativo para o público.
PROGRAMAÇÃO:
06/03 | quinta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 O ÚLTIMO TANGO EM PARIS
19h00 KEN PARK
07/03 | sexta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 BAIXIO DAS BESTAS
19h00 SHORTBUS
MARIA ANTÔNIA
20h00 9 ½ SEMANAS DE AMOR
08/03 | sábado
MARIA ANTÔNIA
18h00 O IMPÉRIO DOS SENTIDOS
20h00 CRASH – ESTRANHOS PRAZERES
09/03 | domingo
MARIA ANTÔNIA
18h00 INSTINTO SELVAGEM
20h30 9 CANÇÕES
10/03 | segunda
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 CRASH – ESTRANHOS PRAZERES
19h00 GARGANTA PROFUNDA | O DIABO NA CARNE DE MISS JONES
11/03 | terça
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 9 ½ SEMANAS DE AMOR
19h00 9 CANÇÕES
12/03 | quarta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 KEN PARK
19h00 SALÒ OU OS 120 DIAS DE SODOMA
13/03 | quinta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 ATRÁS DA PORTA VERDE
19h00 ALMAS EM CHAMAS | DEU NO JORNAL | SKIN | COMO MELADO LAMBUZA | PORN KARAOKÊ | AMOR COM A CIDADE | FILME PARA POETA CEGO | DEBATE COM OS REALIZADORES DANIEL AUGUSTO, JULIANA DORNELLES, GUSTAVO VINAGRE
14/03 | sexta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 INSTINTO SELVAGEM
AUDITÓRIO A – PRÉDIO 4 (CINEMA, RÁDIO E TV) DA ECA/USP
19h00 NINFOMANÍACA
MARIA ANTÔNIA
20h00 GARGANTA PROFUNDA | O DIABO NA CARNE DE MISS JONES
15/03 | sábado
MARIA ANTÔNIA
17h30 O ÚLTIMO TANGO EM PARIS
20h00 KEN PARK
16/03 | domingo
MARIA ANTÔNIA
18h00 ALMAS EM CHAMAS | DEU NO JORNAL | SKIN | COMO MELADO LAMBUZA | PORN KARAOKÊ | AMOR COM A CIDADE | FILME PARA POETA CEGO
20h00 SHORTBUS
17/03 | segunda
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 ALMAS EM CHAMAS | DEU NO JORNAL | SKIN | COMO MELADO LAMBUZA | PORN KARAOKÊ | AMOR COM A CIDADE | FILME PARA POETA CEGO
19h00 BAIXIO DAS BESTAS
18/03 | terça
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 FIVE HOT STORIES FOR HER
19h00 INSTINTO SELVAGEM
19/03 | quarta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 9 ½ SEMANA DE AMOR
19h00 O IMPÉRIO DOS SENTIDOS | DEBATE COM CHRISTIAN PETERMANN E RONNIE CARDOSO
20/03 | quinta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 AZUL É A COR MAIS QUENTE
19h00 JOVEM ALOUCADA
21/03 | sexta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 SALÒ OU OS 120 DIAS DE SODOMA
AUDITÓRIO A – PRÉDIO 4 (CINEMA, RÁDIO E TV) DA ECA/USP
19h00 UM ESTRANHO NO LAGO
24/03 | segunda
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 SHORTBUS
19h00 FIVE HOT STORIES FOR HER
25/03 | terça
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 O ÚLTIMO TANGO EM PARIS
19h00 ATRÁS DA PORTA VERDE
26/03 | quarta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 JOVEM ALOUCADA
27/03 | quinta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 O IMPÉRIO DOS SENTIDOS
19h00 CRASH – ESTRANHOS PRAZERES
28/03 | sexta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 9 CANÇÕES
19h00 AZUL É A COR MAIS QUENTE
FILMES:
9 Canções (9 Songs)
Reino Unido, 2004, cor, digital, 71’
direção: Michael Winterbottom
elenco: Margo Stilley, Kieran O’Brien
sinopse: Cientista relembra o curto porém intenso romance que teve com uma estudante americana. A relação dos dois é contada por meio de cenas que retratam exclusivamente nove relações sexuais entre eles e nove shows de rock a que vão juntos, além de alguns trechos de diálogos e refeições. Dentre as bandas retratadas no filme em apresentações ao vivo estão nomes como Primal Scream, The Von Bondies, Black Rebel Motorcycle Club, Franz Ferdinand, Super Furry Animals, e The Dandy Warhols. Essencialmente improvisado, autofinanciado e filmado com equipamento amador de vídeo digital, 9 Canções gerou controvérsia na Inglaterra por conter cenas de sexo explícitas e desprovidas de glamour ou idealizações, incomuns para filmes de ficção não pornográficos.
classificação indicativa: 14 anos
cid. universitária: 11.03 ter 19h00 | 28.03 sex 16h00
maria antônia: 09.03 dom 20h30
9½ Semanas de Amor (9½ Weeks)
EUA, 1986, cor, digital, 116’
direção: Adrian Lyne
elenco: Kim Basinger, Mickey Rourke, Margaret Whitton, David Margulies, Karen Young
sinopse: Uma assistente de galeria de arte se envolve com um homem desconhecido. Os dois marcam encontros para colocar em prática diversas fantasias sexuais, mas a relação se complica quando a jovem se mostra gradativamente mais dependente do relacionamento. Baseado na vida da romancista Elyzabeth McNell, o filme fez um estrondoso sucesso em todo o mundo – e particularmente no Brasil, onde permaneceu em cartaz por dois anos e meio – e gerou uma onda de filmes eróticos e de soft porn no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, da qual o próprio diretor Adrian Lyne se aproveitou, lançando obras como Atração Fatal e Proposta Indecente.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 11.03 ter 16h00 | 19.03 qua 16h00
maria antônia: 07.03 sex 20h00
Almas em Chamas
Brasil, 2000, cor, digital, 11’
direção: Arnaldo Galvão
sinopse: Bombeiro se envolve em uma relação extra-conjugal com a mulher que resgata de um prédio em chamas. O caso amoroso começa a mostrar perigos quando a mulher, obcecada pelo relacionamento, mostra-se uma incendiária. Curta-metragem de animação vencedor do prêmio de Melhor Roteiro de Curta-metragem e do Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Gramado.
classificação indicativa: 16 anos
cid. universitária: 13.03 qui 19h00 | 17.03 seg 16h00
maria antônia: 16.03 dom 18h00
Amor Com a Cidade
Brasil, 2012, cor, digital, 11’
direção: Juliana Dornelles
sinopse: Uma mulher anda pela cidade de São Paulo e Porto Alegre fazendo amor com a arquitetura e o espaço urbano. Curta-metragem resultante dos trabalhos de um grupo de pesquisa sobre pós-pornô, chamado Pornô Clown. A pós-pornografia discute a utilização do corpo e do sexo em um contexto diferente daquele da indústria pornográfica convencional, explorando sexo, feminismo e urbanismo como combustíveis para a criação artística.
classificação indicativa: 16 anos
cid. universitária: 13.03 qui 19h00 | 17.03 seg 16h00
maria antônia: 16.03 dom 18h00
Atrás da Porta Verde (Behind the Green Door)
EUA, 1972, cor, digital, 72’
direção: Artie Mitchell e Jim Mitchell
elenco: Marilyn Chambers, George S. MacDonald, Johnny Keyes, Lisa Grant, Yank Levine, Dana Fuller
sinopse: Jovem tímida é sequestrada e levada a um estranho club privé onde se submete a todo tipo de práticas sexuais. Cult movie de sexo explícito que é considerado um dos mais bem-sucedidos e celebrados do gênero, além de ter sido o primeiro a levar em conta a audiência feminina. Foi produzido em um momento – o início dos anos 1970 – em que o cinema pornográfico buscava uma estética mais apurada, dando origem a obras que tentavam combinar erotismo e sofisticação, como Garganta Profunda e O Diabo na Carne de Miss Jones. Dentre todos estes, Atrás da Porta Verdeé comumente apontado como o ‘mais artístico’ e chegou a influenciar diretores fora do gênero, como o mestre Stanley Kubrick – que teria buscado neste filme algumas referências para cenas de sua derradeira obra-prima, De Olhos Bem Fechados.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 13.03 qui 16h00 | 25.03 ter 19h00
Azul É a Cor Mais Quente (La Vie d’Adèle)
França/Bélgica/Espanha, 2013, cor, 35mm, 179’
direção: Abdellatif Kechiche
elenco: Léa Seydoux, Adèle Exarchopoulos, Salim Kechiouche, Aurélien Recoing, Jérémie Laheurte
sinopse: A trajetória de uma estudante parisiense desde o momento em que encontra seu grande amor, uma garota de cabelos azuis, até o início de sua vida adulta, momento em que precisa encontrar seu lugar no mundo. Grande sucesso de público e crítica, o filme gerou controvérsia por conta de suas realistas cenas de sexo lésbico – uma delas com duração de 7 minutos –, particularmente após uma de suas atrizes ter declarado à imprensa que se sentiu explorada em seu trabalho no filme. Baseado na graphic novel Le Bleu Est une Couleur Chaude, de Julie Maroh, o filme conquistou inúmeros prêmios internacionais, incluindo a Palma de Ouro de Melhor Filme e o prêmio de Melhor Atriz – entregue, pela primeira vez, a duas atrizes de um mesmo filme – no Festival de Cannes.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 20.03 qui 16h00 | 28.03 sex 19h00
Baixio das Bestas
Brasil, 2006, cor, 35mm, 80’
direção: Cláudio Assis
elenco: Caio Blat, Dira Paes, Matheus Nachtergaele, Fernando Teixeira, Mariah Teixeira
sinopse: Em uma pequena comunidade do interior do nordeste, uma adolescente é explorada pelo seu avô, que a exibe nua para caminhoneiros em troca de dinheiro. Enquanto isso, um jovem vindo de uma família de grande reputação local promove orgias violentas com seus amigos em um prostíbulo. A vida dessas personagens se encontra quando o jovem se apaixona pela adolescente. Denunciando a violência e a exploração da mulher, o filme conta com chocantes cenas de nudez, sexo explícito e estupro – uma abordagem sem meios-tons do sexo, já empregada pelo diretor em seu primeiro longa-metragem, Amarelo Manga, e repetida em seu filme mais recente, A Febre do Rato.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 07.03 sex 16h00 | 17.03 seg 19h00
Como Melado Lambuza
Brasil, 2008, cor, digital, 4’
direção: Heverton Lima
sinopse: Vídeo experimental de curta-metragem que se utiliza de imagens e trechos de filmes pornográficos para compor um visual caleidoscópico brincando com o efeito estético que os movimentos do ato sexual podem produzir.
classificação indicativa: 16 anos
cid. universitária: 13.03 qui 19h00 | 17.03 seg 16h00
maria antônia: 16.03 dom 18h00
Crash – Estranhos Prazeres (Crash)
Canadá/Reino Unido, 1996, cor, digital, 100’
direção: David Cronenberg
elenco: James Spader, Holly Hunter, Elias Koteas, Rosanna Arquette, Deborah Kara Unger
sinopse: Depois de provocar um acidente de automóvel de graves consequências, do qual o motorista do outro veículo não sobrevive, publicitário se aproxima da viúva de sua vítima e inicia um caso amoroso com ela. O casal, então, descobre sentir excitação em acidentes de carros e planejam situações cada vez mais perigosas para alcançar seu prazer. Baseado no romance homônimo de J.G. Ballard, o filme causou controvérsia por sua abordagem amoral do fetichismo e recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 10.03 seg 16h00 | 27.03 qui 19h00
maria antônia: 08.03 sáb 20h00
Deu no Jornal
Brasil, 2005, cor, digital, 3’
direção: Yanko Del Pino
sinopse: Animação de recortes e desenhos sobre papel que retrata as fantasias de um homem solitário ao ler os anúncios de garotas de programa na sessão de classificados do jornal.
classificação indicativa: 14 anos
cid. universitária: 13.03 qui 19h00 | 17.03 seg 16h00
maria antônia: 16.03 dom 18h00
O Diabo na Carne de Miss Jones (The Devil in Miss Jones)
EUA, 1973, cor, digital, 67’
direção: Gerard Damiano
elenco: Harry Reems, Georgina Spelvin, John Clemens, Gerard Damiano
sinopse: Uma beata que nunca pecou comete suicídio, mas este único delito grave faz com que ela seja enviada para o inferno após a morte. Sentindo-se injustiçada com a sentença divina, a moça pede para voltar ao mundo para experimentar os pecados da carne que nunca vivenciou, antes de cumprir sua condenação. Do mesmo diretor de Garganta Profunda, o filme se tornou outro marco do cinema pornográfico e um autêntico cult movie, conquistando popularidade similar à daquele primeiro sucesso – inclusive entre as mulheres, público-alvo até então ignorado pelos realizadores do gênero.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 10.03 seg 19h00
maria antônia: 14.03 sex 20h00
Um Estranho no Lago (L’Inconnu du Lac)
França, 2013, cor, digital, 100’
direção: Alain Guiraudie
elenco: Pierre Deladonchamps, Christophe Paou, Patrick d’Assumçao
sinopse: Um grupo de homens aproveita o verão para se encontrar num lago deserto, utilizando a floresta que rodeia o local para encontros homossexuais. O clima do local muda quando um dos freqüentadores é encontrado morto com grandes suspeitas de ter sido vítima de um assassinato. Apesar de Um Estranho no Lago já ser recheado de cenas de sexo, o diretor Allain Guiraudie queria fazer um filme ainda mais explícito, mas foi impedido pelo fato dos dublês de corpo não aceitarem fazer sexo sem camisinha, uma exigência do roteiro que o diretor não quis abrir mão. O filme foi vencedor dos prêmios Queer Palm e Un Certain Regard no Festival de Cannes 2013.
classificação indicativa: 18 anos
ctr-eca/usp: 21.03 sex 19h00
Filme Para Poeta Cego
Brasil, 2012, cor, digital, 25’
direção: Gustavo Vinagre
sinopse: Documentário de curta-metragem sobre o poeta paulistano Glauco Mattoso, cego, masoquista, podólatra e gay. De maneira poética, o filme revela a tênue linha entre alta literatura e vulgaridade.
classificação indicativa: 16 anos
cid. universitária: 13.03 qui 19h00 | 17.03 seg 16h00
maria antônia: 16.03 dom 18h00
Five Hot Stories For Her
Espanha, 2007, cor, digital, 120’
direção: Erika Lust
elenco: Sonia Baby, Claudia Clair, Nacho Corallini
sinopse: Filme pornográfico que reúne cinco histórias curtas voltadas ao público feminino. Na primeira delas, uma vendedora de sex shop exerce grande poder de atração sobre outras mulheres. Nas demais, uma esposa traída planeja se vingar de seu marido de forma não convencional, um casal busca encontrar o equilíbrio entre a rotina do casamento e suas aventuras sexuais, uma garota puritana percorre um caminho de autoevolução rumo à sua total liberação sexual e um casal gay se encontra para uma última noite de romance. Ocupando uma posição raramente legada às mulheres, a de cineasta exclusivamente dedicada a filmes de sexo explícito, a diretora sueca Erika Lust é pioneira do movimento pornô feminista, iniciado na Europa, postulante de uma pornografia de qualidade que valorize a beleza real, fugindo dos padrões fetichistas da indústria pornô convencional e tendo como público-alvo as mulheres.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 18.03 ter 16h00 | 24.03 seg 19h00
Garganta Profunda (Deep Throat)
EUA, 1972, cor, digital, 61’
direção: Gerard Damiano
elenco: Linda Lovelace, Harry Reems, Dolly Sharp, Bill Harrison
sinopse: Infeliz por nunca ter conseguido atingir o orgasmo em suas relações sexuais, uma jovem consulta um especialista e descobre o motivo de seu infortúnio: misteriosamente, seu clitóris se encontra no fundo de sua garganta. A partir dessa descoberta, a jovem sai em busca de um homem bem dotado que lhe penetre a garganta profundamente, para que ela possa, enfim, alcançar o gozo. Considerado um dos filmes mais rentáveis da história do cinema – tendo custado cerca de 25 mil dólares e faturado mais de 600 milhões –, Garganta Profunda é talvez o mais famoso filme pornográfico de todos os tempos. Primeiro do gênero a ser exibido comercialmente também em salas de cinema do circuito convencional, o filme atingiu grande repercussão popular e provocou verdadeira revolução nos costumes, incorporando-se ao imaginário da cultura popular e mobilizando não apenas os espectadores habituais de obras de sexo explícito, mas também o “público em geral”, pais de família, jovens e mulheres – até então alheios a esse tipo de entretenimento. A repercussão e os bastidores dessa história ainda hoje despertam o interesse do público, como pode ser comprovado pelas inúmeras continuações, imitações e paródias cuja criação ele motivou – além do documentário Inside Deep Throat, de 2005, e do longa-metragem de ficção Lovelace, de 2013, sobre a trajetória da protagonista, que se tornou depois uma fervorosa ativista antipornografia.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 10.03 seg 19h00
maria antônia: 14.03 sex 20h00
O Império dos Sentidos (Ai no Korîda)
Japão/França, 1976, cor, digital, 98’
direção: Nagisa Ôshima
elenco: Tatsuya Fuji, Eiko Matsuda, Aoi Nakajima, Yasuko Matsui, Meika Seri
sinopse: Ex-prostituta se envolve amorosamente com o senhorio da propriedade onde é contratada para trabalhar como doméstica. O que começa como uma diversão inconsequente se transforma em uma incessante busca do prazer físico, que os leva a testar seus limites físicos, psicológicos e morais. Inspirado no caso real de um dos mais famosos escândalos do Japão, o filme é considerado um dos maiores marcos do erotismo e do sexo no cinema. Proibido em inúmeros países por anos – e até mesmo décadas – e banido de diversos festivais desde sua primeira exibição, no Festival de Cannes de 1976, gerou controvérsia por onde passou, por conta da sua abordagem explícita do sadomasoquismo. Apesar da polêmica e da censura, tornou-se um dos mais populares filmes com sexo explícito de todos os tempos, transcendendo fronteiras entre o cinema oriental e o ocidental e afastando-se do estigma de obra pornográfica ao ponto de ser considerado o primeiro autêntico filme de arte de sexo.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 19.03 qua 19h00 | 27.03 qui 16h00
maria antônia: 08.03 sáb 18h00
Instinto Selvagem (Basic Instinct)
EUA/França, 1992, cor, digital, 128’
direção: Paul Verhoeven
elenco: Michael Douglas, Sharon Stone, George Dzundza, Jeanne Tripplehorn, Denis Arndt
sinopse: Durante a investigação do brutal assassinato de um astro do rock, morto por golpes de picador de gelo durante o ato sexual, detetive casado se envolve amorosamente com a principal suspeita do crime, uma bela e sedutora escritora de romances policiais. Estrondoso sucesso de bilheteria à época de seu lançamento, o filme deu a Sharon Stone o papel mais marcante de sua carreira, transformando-a da noite para o dia em uma superestrela internacional. A notoriedade alcançada por essa produção – em larga medida decorrente da famosa cena do interrogatório na polícia ao qual a protagonista comparece sem roupas de baixo – deu novo fôlego à onda de filmes eróticos inaugurada por 9½ Semanas de Amor, impulsionando o lançamento de inúmeras obras que misturam suspense e sensualidade, como Invasão de Privacidade, também estrelado por Stone, Corpo em Evidência, Jade e A Cor da Noite.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 14.03 sex 16h00 | 18.03 ter 19h00
maria antônia: 09.03 dom 18h00
Jovem Aloucada (Joven y Alocada)
Chile, 2012, cor, digital, 96’
direção: Marialy Rivas
elenco: Alicia Rodríguez, Aline Küppenheim, María Gracia Omegna, Felipe Pinto
sinopse: Criada em uma família profundamente religiosa, sob a forte repressão sexual de seus pais evangélicos, uma jovem estudante encontra sua válvula de escape compartilhando em um blog na internet suas aventuras sexuais e seus conflitos internos entre desejo e religião. Criticando o puritanismo e a hipocrisia, o filme aborda de maneira franca os relacionamentos amorosos nos tempos atuais e o sexo na adolescência. Inspirado em um blog real de uma adolescente chilena, conquistou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cinema de Sundance de 2012 e de Melhor Filme no Festival de Cinema Independente de Buenos Aires, em 2013.
classificação indicativa: 16 anos
cid. universitária: 20.03 qui 19h00 | 26.03 qua 16h00
Ken Park
EUA/Holanda/França, 2002, cor, digital, 92’
direção: Larry Clark e Edward Lachman
elenco: Adam Chubbuck, James Bullard, Stephen Jasso, Tiffany Limos, Amanda Plummer
sinopse: A vida familiar e sexual de um grupo de adolescentes californianos dos subúrbios: um skatista que transa com a mãe de sua namorada, um viciado em masturbação, um tímido agredido pelo pai alcoólatra por conta de sua suposta homossexualidade e uma jovem sexualmente reprimida pelo pai, um cristão fundamentalista. Baseado nos personagens dos contos que o diretor Larry Clark escrevia para jornais da Califórnia, o filme aborda de forma bastante explícita o sexo e as drogas na adolescência – tema central da sempre polêmica obra de Clark, seja em seus escritos, em suas fotos, ou em filmes como Kids e Bully – Juventude Violenta.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 06.03 qui 19h00 | 12.03 qua 16h00
maria antônia: 15.03 sáb 20h00
Ninfomaníaca – Vol. 1 (Nymphomaniac – Volume 1)
Dinamarca/Alemanha/França, 2013, cor, digital, 118’
direção: Lars von Trier
elenco: Charlotte Gainsbourg, Stellan Skarsgård, Stacy Martin, Shia LaBeouf, Christian Slater, Uma Thurman
sinopse: Homem de meia-idade encontra uma jovem desacordada em um beco e decide abrigá-la em sua casa até que ela se recupere da agressão que sofreu. Após despertar, ela revela ao homem que não se considera uma boa pessoa e começa a contar detalhes de suas aventuras sexuais, desde a infância. Sempre polêmico, o diretor dinamarquês Lars von Trier chamou atenção para o seu filme desde que ele começou a ser filmado, apoiado por uma campanha de marketing que explorou a curiosidade do público em torno de cenas sexualmente explícitas com grandes astros do cinema. Depois de entregar aos produtores uma versão final de mais de cinco horas de duração, o diretor aceitou lançá-lo nos cinemas mundiais em duas parte: nessa primeira, são apresentados os cinco capítulos iniciais – de um total de oito – da saga da protagonista. A história, centrada aqui apenas na infância e adolescência da personagem, deve se completar apenas com o lançamento da segunda parte, prevista para estrear nos cinemas brasileiros no final de março.
classificação indicativa: 18 anos
ctr-eca/usp: 14.03 sex 19h00
Porn Karaoke
Brasil, 2011, cor, 35mm, 16’
direção: Daniel Augusto
elenco: Eduardo Climachauska, Giulia Amorim, Julia Abs, Anders Rinaldi
sinopse: Após cada nova experiência sexual, uma jovem mulher vê surgirem em seu corpo, sem explicação, tatuagens que também desaparecem misteriosamente. Curta-metragem selecionado para a mostra competitiva Circuito Off do Festival de Veneza de 2012.
classificação indicativa: 14 anos
cid. universitária: 13.03 qui 19h00 | 17.03 seg 16h00
maria antônia: 16.03 dom 18h00
Saló ou Os 120 Dias de Sodoma (Salò o le 120 Giornate di Sodoma)
Itália/França, 1975, cor, 35mm, 116’
direção: Pier Paolo Pasolini
elenco: Paolo Bonacelli, Giorgio Cataldi, Umberto Paolo Quintavalle, Aldo Valletti, Caterina Boratto
sinopse: Na província italiana de Saló, controlada pelos nazistas em 1941, quatro oficiais do regime sequestram dezesseis exemplares perfeitos de adolescentes, homens e mulheres, e os trancafiam em um palácio perto de Marzabotto com a intenção de submetê-los a 120 dias de torturas físicas, psicológicas e sexuais. Já conhecido pelo teor sexual de alguns de seus filmes, como Decameron e As Mil e Uma Noites, Pasolini se inspirou aqui no livro Os 120 Dias de Sodoma, do Marquês de Sade, para realizar essa adaptação cinematográfica que gerou polêmica pelas cenas de sexo envolvendo excrementos, violência e mutilação. Censurado e banido em inúmeros países, o filme chegou a esperar décadas por seu lançamento em determinadas praças. No Brasil, entrou e saiu de cartaz diversas vezes desde o seu lançamento, chegando até mesmo a ser exibido em cinemas exclusivamente dedicados a filmes pornográficos.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 12.03 qua 19h00 | 21.03 sex 16h00
Shortbus
EUA, 2006, cor, digital, 101’
direção: John Cameron Mitchell
elenco: Sook-Yin Lee, Paul Dawson, Lindsay Beamish, PJ DeBoy, Peter Stickles
sinopse: Terapeuta de casais que nunca conseguiu atingir o orgasmo é aconselhada por dois de seus pacientes a conhecer um clube underground de Nova York onde arte e sexo se misturam. Livremente inspirado em happenings realizados na cidade no início dos anos 2000, o filme é, nas palavras de seu diretor – conhecido pela peça de teatro e filme Hedwig – uma tentativa de abordar o sexo explícito no cinema de maneira não pornográfica. Criada ao longo de mais de dois anos, a partir de workshops de improvisação com os atores, a trama apresenta muitas cenas de sexo autêntico, não simulado, incluindo tomadas de penetração e ejaculação. Por conta disso, o filme chegou a ser acusado de pornografia em alguns países e teve sua exibição proibida nos cinemas da Coreia do Sul.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 07.03 sex 19h00 | 24.03 seg 16h00
maria antônia: 16.03 dom 20h00
Skin (Skin)
Suécia/França, 2009, cor, digital, 12’
direção: Elin Magnusson
sinopse: Dois corpos totalmente cobertos por roupas de nylon cor de pele se acariciam. Conforme a troca de carinhos fica mais íntima, eles cortam suas roupas e se aproximam do corpo do outro. Curta-metragem integrante de um projeto composto por outras 12 obras dirigidas por mulheres a partir de um manifesto que propõe novos registros para a pornografia.
classificação indicativa: 18 anos
cid. universitária: 13.03 qui 19h00 | 17.03 seg 16h00
maria antônia: 16.03 dom 18h00
O Último Tango em Paris (Ultimo Tango a Parigi)
França/Itália, 1972, cor, digital, 129’
direção: Bernardo Bertolucci
elenco: Marlon Brando, Maria Schneider, Catherine Allegret, Catherine Breillat, Jean-Pierre Léaud, Massimo Girotti
sinopse: Uma jovem parisiense inicia um romance com um americano de meia-idade e os dois se encontram regularmente em um apartamento inabitado com a condição de que nenhum deles revelará ao outro nenhuma informação pessoal, nem mesmo seus nomes. Grande sucesso de bilheteria em todo o mundo, o filme representou uma volta aos holofotes para o astro Marlon Brando, então em trajetória descendente, e transformou em nomes conhecidos internacionalmente os da atriz Maria Schneider e do saxofonista argentino Gato Barbieri, responsável pela célebre trilha sonora jazzística. Com uma carga de erotismo bastante ousada para o cinema comercial da época e uma das mais famosas cenas de sexo do cinema – aquela em que é insinuada uma sodomia envolvendo uma barra de manteiga –, o filme gerou polêmica e foi alvo de censura em diversos países. Nos Estados Unidos, motivou inúmeros protestos e declarações públicas de repúdio, mas acabou indicado ao Oscar nas categorias Melhor Ator e Melhor Diretor; na Itália, chegou a ter suas cópias em exibição confiscadas e levou Bertolucci a um processo judicial por obscenidade, estreando comercialmente apenas quinze anos depois de seu lançamento original; no Brasil, censurado pelo regime militar, foi liberado, com cortes, apenas em 1979; no Chile, banido pelo regime ditatorial de Augusto Pinochet, passou trinta anos proibido.
classificação indicativa: 14 anos
cid. universitária: 06.03 qui 16h00 | 25.03 ter 16h00
maria antônia: 15.03 sáb 17h30
OBSCENA: SEXO NO CINEMA
de 06 a 28 de março de 2014
CINUSP Paulo Emílio
Cidade Universitária
Rua do Anfiteatro, 181 – Colmeia, Favo 04
Cidade Universitária
entrada franca
100 lugares
fone: 11-3091-3540
Maria Antônia
Centro Universitário Maria Antônia – Sala Carlos Reichenbach
Rua Maria Antônia, 294
Consolação
entrada franca
70 lugares
fone: 11-3123-5200
CTR-ECA/USP
Escola de Comunicações e Artes da USP – Departamento de Cinema, Rádio e Televisão
Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, prédio 4 – auditório A
Cidade Universitária
entrada franca
70 lugares