Top 10 artistas mulheres minimalistas que você precisa conhecer
Com o intuito de dar destaque as mulheres na arte, nós da Arteref trouxemos diversas artistas minimalistas que se destacaram mundialmente no movimento.
O minimalismo se refere a uma série de movimentos artísticos, culturais e científicos que percorreram diversos momentos do século XX e preocuparam-se em fazer uso de poucos elementos fundamentais como base de expressão. Inicialmente dominado por homens, foi a partir do descobrimento do talento da artista Carmen Herrera que as mulheres minimalistas ganharam mais espaço no movimento. O movimento artístico e cultural que surgiu nos Estados Unidos no começo da década de 1960.
Algumas características do Minimalismo:
- Elaboração de obras (pinturas, esculturas, músicas, peças de teatro) com a utilização do mínimo de recursos;
- Utilização de poucas cores nas pinturas;
- Nas artes plásticas, destaque para o uso de formas geométricas com repetições simétricas;
- Criação de músicas com poucas notas musicais, valorizando a repetição sonora.
1. Carmen Herrera
1915, Havana, Cuba
Artista cubana-americana do “Expressionismo Abstrato” e pintora minimalista. Suas obras abstratas fizeram com que ela tivesse o reconhecimento internacional somente no final de sua carreira, mesmo sendo a primeira mulher a criar obras de arte minimalista no mundo. Ela completou 100 anos em maio de 2015.
2. Charlotte Posenenske
1930 – 1985, Wiesbaden, Alemanha
Atuando como artista na Alemanha entre 1956 e 1968, Posenenske criou obras que dialogavam com movimentos internacionais da época, variando do Informalismo ao Group Zero (movimento artístico alemão) e também do Minimalismo até a Arte Conceitual. No decorrer de sua carreira, Charlotte começou a focar em trabalhos de autoria própria, se desvinculando de qualquer movimento de arte. Em 1967, ela mudou completamente sua arte e começou a fazer esculturas.
Obras em Destaque
3. Beverly Pepper
1922, Broklyn, New York
Beverly Pepper é uma escultora americana conhecida por suas obras monumentais, site specific e Land Art. Ela não se vinculou a nenhum movimento artístico em particular. Pepper deu início a sua carreira como pintora, mas depois de uma viagem a Angkor Wat, no Camboja, em 1960, ficou tão impressionada com as ruínas dos templos que sobreviveram sob o crescimento da selva que se voltou para a escultura. Ela estreou em 1962 com uma exposição de troncos de árvores esculpidos em uma galeria em Roma.
4. Mary Corse
1945, Berkeley, Califórnia
É uma artista americana que vive e trabalha em Los Angeles, Califórnia. Mary faz parte do California Light and Space Movement que se iniciou em 1960, embora o seu papel só foi plenamente reconhecido nos últimos anos. Ela é mais conhecida por sua experimentação com superfícies radiantes em pintura minimalista, incorporando materiais que refletem a luz, como microesferas de vidro. Corse recebeu seu BFA da Universidade da Califórnia, Santa Barbara, em 1963, e seu MFA da Art Institute Chouinard (agora CalArts) em 1968.
5. Nasreen Mohamedi
1937 – 1990, Karachi, Paquistão
Nasreen é considerada uma das figuras mais importantes da arte do século XX atualmente. Conhecida por seus desenhos à base de linhas. Apesar de ser relativamente desconhecida fora de sua terra natal, durante a sua vida, o trabalho de Mohamedi tem sido alvo de críticas do público internacional durante a última década. Seu trabalho foi exposto no Museu de Arte Moderna (MoMA) em Nova York, no Museu Kiran Nadar of Art, em Nova Deli, documentada em Kassel, na Alemanha, e em Talwar Gallery. No caso, a Talwar Gallery organizou a primeira exposição individual de seu trabalho fora da Índia em 2003, e também representou sua propriedade há mais de uma década em Nova York e em Nova Delhi.
6. Agnes Martin
1912 – 2004, Macklin, Canadá
Nascida em uma fazenda na zona rural de Saskatchewan, no Canadá, Agnes Martin se mudou para os Estados Unidos em 1932, na esperança de se tornar professora. Aos trinta anos, enquanto cursava o bacharelado, Martin decidiu se tornar uma artista.
Em 1947, após alguns anos de ensino, ela se mudou para Novo México e se dedicou à pintura, desenvolvendo um estilo abstrato informado pelo cubismo, surrealismo e expressionismo abstrato. No final da década de 1950, os trabalhos biomórficos de Agnes foram substituídos por abstrações geométricas altamente simplificadas. Seu trabalho foi definido como um “ensaio em discrição sobre interioridade e silêncio”. Embora ela seja frequentemente considerada ou referida como minimalista, Martin se considerava uma expressionista abstrata.
7. Mary Obering
1937, Shereveport, Louisiana
Mary divide seu tempo entre Nova York e Itália. Seu trabalho, que combina técnicas tradicionais do renascimento com o rigoroso formalismo, procedente da arte minimalista americana e reflete suas peregrinações. Seus trabalhos atuais favorecem o uso da têmpera de ovo e folha de ouro em painéis gessoed.
8. Jo Baer
1929, Seattle, Washington
Josephine Gail “Jo” Baer é uma pintora americana. Ela começou a exibir seu trabalho na galeria de Fischbach, New York, e outros locais de arte contemporânea nos anos 1960. Em meados dos anos 1970, ela se afastou da pintura não-objetiva. Desde então, Baer fundiu imagens, símbolos, palavras e frases de maneira não narrativa, um modo de expressão que uma vez chamou de “figuração radical.”
9. Anne Truitt
1921-2004, Baltimore, Maryland
Truitt foi uma figura importante na arte americana, desenhou, pintou e escreveu, mas ela ficou reconhecida por suas grandes esculturas em madeira, verticais, pintadas em muitas camadas de tinta. “Eu tenho lutado toda a minha vida para obter significado máximo na forma mais simples possível”, disse ela em entrevista ao The Washington Post em 1987.
10. Edwina Leapman
1934, Hampshire, Reino Unido
Leapman é uma das muitas pintoras que foram influenciadas pelo expressionismo abstrato na década de 1950, mas uma dos poucas que conseguiram encontrar um equilíbrio entre esse movimento pictórico e o tipo de minimalismo que surgiu nas décadas de 1960 e 1970. Desde os anos 60, ela cobre suas telas com marcações horizontais que às vezes trazem têxteis ou papel, ou até textos abstratos e borrados. Em seu trabalho mais recente, ela fez linhas horizontais coloridas repetidamente na superfície, como se ela tivesse rolado um objeto coberto de tinta sobre a tela. Mas pelo contrário, ela pinta com calma cada composição e o duro processo de aplicação de densas camadas de tinta é uma parte importante de sua prática.