Fernando Rios e a exposição Metamórphosis
Arte para suportar a pandemia.
O jornalista, poeta e artista plástico Fernando Rios inaugurou sua exposição “Metamórphosis” no portal de Arte Contemporânea ArteRef. São colagens, desenhos e fotos. O tema da mostra pode ser resumida na frase do artista: “São infinitas as possibilidades de transformar artisticamente o real em imaginário e o imaginário em realidade”.
“Sempre fiz algum tipo de arte plástica” diz Fernando Rios. “Mas o isolamento obrigatório da pandemia provoca um ensimesmamento maior. E a arte é uma das maneiras para se afastar depressão ou angústia. A criatividade é uma das melhores vitaminas para uma boa vida, um ótimo alimento para a alma.”
Ele revela: “Em todas as técnicas que utilizo, a intenção é estimular uma reflexão metafísica sobre o viver e a apreensão da realidade, transformada em obra de arte. Além da emoção, obra de arte deve estimular o intelecto e contribuir para aumentar e fortalecer uma visão de mundo mais consistente.”
Fotografia como obra aberta
Fernando Rios não se considera um fotógrafo. “Utilizo a fotografia como suporte para minhas ideias”, explica. “Aqui, fui buscar inspiração da ‘minimal art’ para propor uma experiência de obra aberta. O comprador pode adquirir uma foto original, uma das fotos trabalhadas ou todas as seis cópias, do tamanho que desejar e montá-las da maneira que quiser.”
“Esse trabalho está relacionado a uma das paixões de Fernando Rios: as nuvens”, comenta o curador, editor e galerista Carlo Cirenza, da Carcará Photo Art. “Ele tem alguns milhares de fotos de nuvens e sempre as reproduz em cores diferentes, criando quase instalações e possibilitando mudanças de posição na parede, segundo o interesse do comprador.”
Obras em Destaque
Colagens
Carlo Cirenza explica: “Fernando Rios utiliza tinta de parede, cola e tecido (chita) em suas colagens. E as nomeia de modo provocativo: Humanidades / Tudo Eu!; Cronos / Cuidado! O Tempo Passa!; Humanidades / Narciso! Só Eu Sou!; Cronos / Todo Tempo É Tempo.”
Desenhos
“Os desenhos são feitos com pastel a óleo e o objetivo é apresentar uma imagem onírica, tecnicamente chamada “veladura”, algo que caminha para o abstrato. Assim, são Neblina/Natureza Viva e Neblina/Palomas.”