Escultura

Artur Lescher: Inabsência

Por Equipe Editorial - novembro 26, 2012
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Quem é o artista? Artur Lescher
O que vai ter na exposição? Escultura
É um bom programa? Sim
A galeria é conceituada? Sim, uma das mais conceituadas do Brasil.
Até quando? 27 de janeiro de 2013

A Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, apresenta o site specific Inabsência de Artur Lescher (São Paulo, 1962). Para o projeto Octógono Arte Contemporânea o artista desenvolveu uma cúpula de 12m x 14m, utilizando latão e madeira, que evoca a própria história do prédio da Pinacoteca, porém, deslocada do seu contexto original e desprovida de suas funções, já que está invertida. Projetado por Ramos de Azevedo em 1905, o desenho original do prédio da Pinacoteca previa uma cúpula que ocuparia centro do edifício, que hoje recebe trabalhos de arte contemporânea dentro do Projeto Octógono.

Quando fui convidado para expor no Octógono, eu pesquisei muito sobre a configuração deste espaço e descobri que, originalmente, ele deveria abrigar uma cúpula que nunca foi construída. Então a ideia desta obra é trabalhar com a questão da memória e da arquitetura, tornar visível um projeto, uma ideia que não foi efetivado, mas que ainda assim continua atuando no espaço. Sobre o título da mostra, Lescher comenta: Inabsência é um neologismo a partir do anacronismo absência [ausência] para designar a ausência da ausência; ou presença do que estava ausente, ou ainda algo que se introduz na ausência. É uma palavra construída com duas negações, (In )e (A) , desta dupla negação resulta uma positividade, no caso uma presença. Esta é uma das razões da inversão da cúpula.

O paulistano Artur Lescher destaca-se no panorama da arte contemporânea brasileira por suas obras tridimensionais. São trabalhos que excedem o caráter de esculturas, cruzam as linguagens da instalação e do objeto para modificar a compreensão destas e do espaço em que se inserem.
Lescher obteve reconhecimento em âmbito nacional a partir de sua participação na 19ª Bienal de São Paulo, em 1987, onde apresentou Aerólitos, e, em 2002, ao participar da a 25ª Bienal de São Paulo, com Indoor Landscape. Entre as mostras coletivas mais recentes estão: Paisagem Incompleta, no Centro Cultural da Usiminas, em Ipatinga, Brasil (2010); e Memorial Revisitado – 20 anos, no Memorial da América Latina (2009); Quase Líquido, no Itaú Cultural (2008); e 80|90 Modernos Pós-Modernos etc., no Instituto Tomie Ohtake (2007), todas em São Paulo, Brasil.

Algumas de suas últimas exposições individuais foram realizadas na Galeria Del Paseo, Punta del Este, Uruguai (2012); Meta-métrico, na Galeria OMR, Colonia Roma, México (2011); e Rio Máquina, na Galeria Nara Roesler, em São Paulo, Brasil. Tem obras em importantes coleções como as da Pinacoteca do Estado de São Paulo e MAM-SP, ambas em São Paulo, Brasil; no MALBA, Buenos Aires, Argentina; Houston Museum of Fine Arts e Philadelphia Museum of Art, ambos nos Estados Unidos.

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