Mostra de cinema debate esporte no Sesc Ipiranga

Por Paulo Varella - fevereiro 15, 2018
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Mostra de cinema debate esporte com exibições gratuitas e bate-papo no Sesc Ipiranga

Com destaque para bate-papo com Juca Kfouri, Zé Maria e Walter Falceta, ‘Esportivismo’ exibe obras sobre as perspectivas sociais e históricas do esporte

democracia em preto e branco – divulgação

‘Democracia em Preto e Branco’ – Divulgação

Entre os dias 15 e 18/3 o Sesc Ipiranga realiza a mostra de cinema Esportivismo, que integra a programação do Sesc Verão. Com exibições gratuitas de filmes, o projeto discute o esporte como espaço para mobilização e transformação social. A abertura da mostra conta com a exibição do documentário ‘Democracia em Preto e Branco’ e uma roda de conversa às 21h.

O Bate-Papo

No dia 15/2, o bate-papo Esporte e Democracia: da experiência corinthiana à prática em diferentes contextos acontece com a presença dos jornalistas Juca Kfouri, Walter Falceta e o ex-jogador do Corinthians Zé Maria.

Os convidados debatem o processo e a formação da experiência da “Democracia Corinthiana”, movimento que aconteceu dentro do clube paulistano no inicio da década de 1980. Formado e incentivado pelos jogadores da época, o movimento gerou polêmica devido ao sistema de autogestão criado, no qual todos os integrantes do clube tinham direito a voto nas decisões politicas e administrativas, enquanto o Brasil saía de um longo período de ditadura militar. O debate, que acontece às 20h30, traça um paralelo entre o que significou a democracia corintiana e o esporte como projeto social.

Exibições

Uma série de exibições diárias de longas-metragens compõe a mostra de cinema no Galpão. Com filmes que discorrem acerca das relações entre a sociedade e a função do esporte, as sessões ocorrem às 19h, exceto no domingo (18/2, que acontece às 17h30).

A mostra é aberta no dia 15/2, com a exibição do documentário “Democracia em Preto e Branco”. Com direção de Pedro Asbeg, o longa de 2014 fala sobre o período de turbulência em que Corinthians passava na década de 1980. Com classificação indicativa de 10 anos, o filme mostra como o futebol e a música influenciaram em um momento político brasileiro.

No dia 16/2, o longa “O dia em que o Brasil esteve aqui” convida os espectadores a refletirem sobre a função social existente nos esportes. Tratando dos conflitos internos haitianos, o enredo liga o amistoso entre Brasil e Haiti ao processo de pacificação do país. Com roteiro de Fábio Altman, Caito Ortiz e João Dornelas, o filme é livre para todos os públicos.

O especial “A luta pelo protagonismo feminino no cenário esportivo”, que acontece no dia 17/2, exibe “Joga igual mulher” e “Procura-se Irenice”. Os documentários tratam dos esforços das mulheres para garantir espaço numa área predominantemente masculina.

Com direção de Clint Eastwood, “Invictus” encerra a mostra no dia 18/2. O drama conta como a relação entre o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela e o time de Rúgbi nacional alterou o cenário interno do país na década de 1990. A exibição acontece às 17h30 com classificação etária de 10 anos.

SERVIÇO

Bate-papo

Esporte e Democracia: da experiência corinthiana à prática em diferentes contextos – com Juca Kfouri, Zé Maria e Walter Falceta

Uma conversa com Juca Kfouri, Zé Maria e Walter Falceta sobre a idealização e prática da democracia corinthiana no início da década de 80 às ações educativas por meio do esporte nos dias atuais.

Quando: 15/2, quinta às 20h30.

Local: Galpão (30 lugares)

Quanto: Grátis – sem retirada de ingresso.

Classificação: Livre

Exibições

Democracia em preto e branco

Dir.Pedro Asbeg. Documentário. 2014. Brasil. 90 min.

Durante o ano de 1982, a ditadura militar completava 18 anos. A música popular brasileira sobrevivia de metáforas, devido à grande opressão e censura, e o clube de futebol Corinthians passava por um período interno turbulento.

Quando: 15/2, quinta às 19h.

Local: Galpão (30 lugares)

Quanto: Grátis – sem retirada de ingresso.

Classificação: 10 anos

O dia em que o Brasil esteve aqui

Roteiro Fábio Altman, Caito Ortiz e João Dornelas. Documentário. 2006. Brasil. 70 min.

Haiti, 29 de fevereiro de 2004. Um golpe de estado derruba o presidente Jean-Bertrand Aristide. Tentando restaurar a paz, tropas brasileiras a serviço da ONU desembarcam no Haiti. Num ambiente caótico, o primeiro-ministro interino fez uma declaração inesperada: “em vez de tropas, o Brasil deveria enviar sua seleção de futebol”.

Quando: 16/2, sexta às 19h.

Local: Galpão (30 lugares)

Quanto: Grátis – sem retirada de ingresso.

Classificação: Livre

Invictus

Dir.Clint Eastwood. Drama. 2009. EUA. 135 min.

Nelson Mandela (Morgan Freeman) tinha consciência que a África do Sul continuava sendo um país racista e economicamente dividido, em decorrência do apartheid. A proximidade da Copa do Mundo de Rúgbi chama para uma reunião Francois Pienaar (Matt Damon), capitão da equipe sul-africana, e o incentiva para que a seleção nacional seja campeã.

Quando: 18/2, domingo às 17h30.

Local: Galpão (30 lugares)

Quanto: Grátis – sem retirada de ingresso.

Classificação: 10 anos

A Luta pelo Protagonismo Feminino no Cenário Esportivo

Exibição de documentários sobre a presença feminina no ambiente esportivo

Quando: 17/2, sábado às 19h.

Local: Galpão (30 lugares)

Quanto: Grátis – sem retirada de ingresso.

Classificação: 10 anos

Joga igual mulher

Dir. Diego Urias. Documentário. 2017. Brasil. 50 min.

Documentário que conta a trajetória e as dificuldades das mulheres em se profissionalizarem no futebol no Brasil.

Procura-se Irenice

Dir. Marco Escrivão e Thiago B. Mendonça. Documentário. 2016. Brasil. 25 min.

Vestígios de alguém que, por não aceitar a submissão, foi apagada da história. Irenice Maria Rodrigues, liderança de greve contra o Comitê Olímpico, crítica radical da estrutura esportiva brasileira, recordista continental em competição proibida para mulheres no Brasil Militar.

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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