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Conheça a arte conceitual de Beto Shwafaty

Por Paulo Varella - janeiro 10, 2019
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Beto Shwafaty
Beto Shwafaty no estúdio da Pernod Ricard em março de 2018. Imagem: Mathilde Assier.

Beto Shwafaty é artista e pesquisador nascido em São Paulo em 1977. Ele esteve envolvido com práticas coletivas, curatoriais e espaciais desde o início da década de 2000, e como resultado, ele desenvolve uma prática baseada em pesquisas sobre espaços, histórias e visualidades na qual procura conectar formalmente e conceitualmente questões políticas, sociais e culturais convergentes ao campo da arte.

Educação de Beto Shwafaty

2011

  • PIESP, Programa Independente, Escola São Paulo, Brasil.

2010/11

  • Staedelschule (classe de Simon Starling), Frankfurt am Main, Alemanha.

2008/09

  • Mestrado em Artes Visuais e Estudos Curatoriais, NABA, Milão, Itália.

2001

  • Bacharelado em Artes Visuais, UNICAMP, Campinas, Brasil.

Exposição: “Amanhã não lembrarei de nada”

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O artista mostra uma série de obras morfologicamente diversas, que apresentam porém gestos, características e raciocínios similares. Atuando ao mesmo tempo como alegorias e sintomas de uma crise de memória e de identidade, que influenciam concepções sobre a realidade, as obras criam pontes entre acontecimentos históricos e o conturbado o momento nacional atual, em que ataques contra os direitos civis, sociais e trabalhistas vem sendo orquestrados.

Beto Shwafaty
Costa Negra” (Black Coast), 2016 óleo sobre papel mapa: 90 x 114 cm – revistas: 35 x 26 cm e 35 x 52 cm

A tridimensionalidade é constante fundamental que atravessa essa exposição. As obras apresentadas se amalgamam como assemblagens de signos, de procedimentos e de linguagens que articulam conceitos ligados tanto às artes (a escultura, o objeto, a instalação), quanto aos acontecimentos sociopolíticos e culturais recentes. Assuntos ligados à monumentalidade, progresso, abstração, citação, história, memória e violência são evocados por essas novas produções do artista.

Beto Shwafaty
Esquemas abstratos punitivos conservadores II, 2018 acrílico cortado a laser e rotogravura de Di Cavalcanti Edição: única [unique] 40 x 50 x 4 cm

Como em projetos e produções anteriores, Shwafaty emprega uma gama diversa de materiais, linguagens e procedimentos para articular processos de apropriação, justaposição, tradução e transformação. Através do uso de materiais brutos, objetos encontrados e apropriados, da articulação e ocupação do espaço expositivo, do uso de formas e palavras, o artista nos propõem uma reflexão acerca das implicações da cultura como palco, e alvo, de inúmeras disputas, assim como de subsequentes revoluções.

Beto Shwafaty
Aculturação (não) é integração (Exxon / BP – Golfo do Mexico), 2016 coco, metal, vime, têmpera 107 x 38 diâmetro cm

Mais sobre Beto Shwafaty

Beto Shwafaty produz instalações, vídeos e objetos escultóricos, utilizando diversos materiais e metodologias, como pensamento curatorial, estratégias institucionais, críticas e pesquisa de arquivos. Seus projetos são informados pelas noções de apropriação, deslocamentos e tradução, gerando trabalhos que são desenvolvidos por longos períodos de tempo. Em sua prática, ele muitas vezes se concentra no modo como os episódios históricos podem deixar rastros na cultura e repercutir em objetos, espaços e estruturas socioculturais, que por conseqüência produzem significados e comportamentos compartilhados publicamente. Nesse sentido, tem se interessado por temas ligados à história, sociopolítica, arquitetura e design, assumindo-os como elementos narrativos e evidências que podem nos informar sobre diversos aspectos do nosso tempo presente.
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Suas recentes exposições incluem: 35o Panorama da Arte Brasileira, MAM São Paulo; Contrato de Risco, Galeria Luisa Strina, São Paulo; Hablemos de Reparaciones, Prometeogallery, Milão; A Matriz Fantasma (Estruturas Antigas, Novas Glórias), Projeto Situ, São Paulo (todos 2016); 19º Video Brasil, Sesc, São Paulo; Amor e ódio a Lygia Clark, Galeria Nacional Zacheta, Varsóvia; Peças em Conversação, NBK, Berlim; Se o Clima for Favorável, 9ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre; P33_Unicas formas de Continuidade no Espaço (33o Panorama da Arte Brasileira), MAM São Paulo. realizou residências na Gassworks (Londres), Villa Vassilief (Paris), Lugar a Dudas (Cali), Residence Unlimited (Nova Iorque) e RES-Ò (Turin).

Veja também:

https://arteref.com/artista-da-semana/conheca-o-trabalho-de-abbas-fahdel/
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Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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