Beto Shwafaty é artista e pesquisador nascido em São Paulo em 1977. Ele esteve envolvido com práticas coletivas, curatoriais e espaciais desde o início da década de 2000, e como resultado, ele desenvolve uma prática baseada em pesquisas sobre espaços, histórias e visualidades na qual procura conectar formalmente e conceitualmente questões políticas, sociais e culturais convergentes ao campo da arte.
O artista mostra uma série de obras morfologicamente diversas, que apresentam porém gestos, características e raciocínios similares. Atuando ao mesmo tempo como alegorias e sintomas de uma crise de memória e de identidade, que influenciam concepções sobre a realidade, as obras criam pontes entre acontecimentos históricos e o conturbado o momento nacional atual, em que ataques contra os direitos civis, sociais e trabalhistas vem sendo orquestrados.
A tridimensionalidade é constante fundamental que atravessa essa exposição. As obras apresentadas se amalgamam como assemblagens de signos, de procedimentos e de linguagens que articulam conceitos ligados tanto às artes (a escultura, o objeto, a instalação), quanto aos acontecimentos sociopolíticos e culturais recentes. Assuntos ligados à monumentalidade, progresso, abstração, citação, história, memória e violência são evocados por essas novas produções do artista.
Como em projetos e produções anteriores, Shwafaty emprega uma gama diversa de materiais, linguagens e procedimentos para articular processos de apropriação, justaposição, tradução e transformação. Através do uso de materiais brutos, objetos encontrados e apropriados, da articulação e ocupação do espaço expositivo, do uso de formas e palavras, o artista nos propõem uma reflexão acerca das implicações da cultura como palco, e alvo, de inúmeras disputas, assim como de subsequentes revoluções.
Beto Shwafaty produz instalações, vídeos e objetos escultóricos, utilizando diversos materiais e metodologias, como pensamento curatorial, estratégias institucionais, críticas e pesquisa de arquivos. Seus projetos são informados pelas noções de apropriação, deslocamentos e tradução, gerando trabalhos que são desenvolvidos por longos períodos de tempo. Em sua prática, ele muitas vezes se concentra no modo como os episódios históricos podem deixar rastros na cultura e repercutir em objetos, espaços e estruturas socioculturais, que por conseqüência produzem significados e comportamentos compartilhados publicamente. Nesse sentido, tem se interessado por temas ligados à história, sociopolítica, arquitetura e design, assumindo-os como elementos narrativos e evidências que podem nos informar sobre diversos aspectos do nosso tempo presente.
Suas recentes exposições incluem: 35o Panorama da Arte Brasileira, MAM São Paulo; Contrato de Risco, Galeria Luisa Strina, São Paulo; Hablemos de Reparaciones, Prometeogallery, Milão; A Matriz Fantasma (Estruturas Antigas, Novas Glórias), Projeto Situ, São Paulo (todos 2016); 19º Video Brasil, Sesc, São Paulo; Amor e ódio a Lygia Clark, Galeria Nacional Zacheta, Varsóvia; Peças em Conversação, NBK, Berlim; Se o Clima for Favorável, 9ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre; P33_Unicas formas de Continuidade no Espaço (33o Panorama da Arte Brasileira), MAM São Paulo. realizou residências na Gassworks (Londres), Villa Vassilief (Paris), Lugar a Dudas (Cali), Residence Unlimited (Nova Iorque) e RES-Ò (Turin).
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