A história da arte é contada pelo cinema há muitos anos, a fim de discutir, debater e enaltecer questões relevantes que ajudem a compreendê-la. Entre narrativas sobre artistas, obras, movimentos, períodos, escolas e contextos, separamos uma pequena lista de filmes que podem te ajudar a ter uma visão mais ampla sobre o assunto.
Dirigido e produzido por Alexander Korda, o filme biográfico britânico feito pela London Film Productions sobre a vida do pintor holandês Rembrandt van Rijn, do século XVII.
O roteiro traz um drama passado no ano de 1642, em Amsterdam, quando o pintor Rembrandt desfruta de uma vida cheia de fama e fortuna, até que a morte de sua esposa e musa levam o artista e seu trabalho a um momento totalmente obscuro.
Agonia e Êxtase é um filme dirigido por Carol Reed e conta a história de quando o papa Júlio II encomenda a Michelangelo a pintura do teto da Capela Sistina. Contrariado, o artista abandona a obra num primeiro momento. Ao recomeçar, conflitos ideológicos e batalhas temperamentais são fatores que permeiam o processo da pintura.
Dirigido por Julian Schnabel, o filme traz a história biográfica de um artista de rua jovem e negro descoberto por Andy Warhol (interpretado por David Bowie).
Basquiat percorre uma carreira meteórica e vira uma estrela do mundo das artes na Nova Iorque dos anos 80. Mas sua vida acaba se tornando ainda mais tumultuada e caótica com o sucesso repentino.
Goya en Burdeos é um filme ítalo-espanhol dos gêneros: drama biográfico, ficção histórica e guerra, escrito e dirigido por Carlos Saura sobre a vida do pintor e gravador espanhol Francisco de Goya.
A pintora mexicana Frida Kahlo se casa com o artista Diego Rivera, com quem compartilha suas opiniões políticas radicais, paixão e trabalho.
Devido a dificuldades financeiras, Griet é obrigada a trabalhar na casa de Johannes Vermeer, um renomado pintor de sua época. Aos poucos, Johannes começa a prestar atenção na jovem de apenas 17 anos, fazendo dela sua musa inspiradora para um de seus mais famosos trabalhos, a tela “Girl with a Pearl Earring”.
Após 3 anos de gravações, o artista Vik Muniz literalmente mergulha no cotidiano de catadores de um aterro em Duque de Caxias.
Juntos, Vik e catadores criam diversas obras de arte imensas produzidas com materiais coletados no lixão, ao mesmo tempo que contam histórias de vida de quem faz mais pelo planeta do que muitos governantes. A direção é de Lucy Walker.
A Segunda Guerra foi um período crítico para a humanidade e também para o mundo das artes, já que os nazistas roubaram milhares de quadros, esculturas e outros itens.
Com o fim da guerra, um grupo de professores, historiadores e especialistas recebeu a missão de localizar, identificar e devolver este patrimônio cultural. O filme é dirigido por George Clooney, que também atua no filme.
Graças ao trabalho dos Caçadores de Obras Primas (mencionados acima), um dos maiores falsificadores de obras de arte do mundo foi descoberto.
O filme, dirigido por Dan Friedkin, mostra como o pintor Han Van Meegeren teve que provar ser um falsificador para escapar da pena de morte. Destaque para a interpretação de Guy Pearce.
Fizemos uma matéria completa sobre esta história. Saiba mais aqui: Van Meegeren, o pintor que enganou o nazista fundador da Gestapo
Ainda dentro do tema das obras de arte roubadas pelos nazistas, esse filme dirigido por Simon Curtis traz a história real de uma judia que fugiu para os Estados Unidos ainda criança.
Já madura, passa anos numa batalha judicial para recuperar o quadro A Dama Dourada, de Gustav Klimt, um dos tesouros roubados de sua família durante a guerra.
Mais um super filme dirigido por Wes Anderson. O roubo de uma obra de arte, parte de uma herança familiar, conduz uma trama muito bem contada com elenco de peso, humor satírico, cenas de perseguição, cenários de maquete e uma paleta de cores perfeitamente elaborada para acompanhar a linha do tempo.
Com direção de Tim Burton, o filme é baseado na história real de Walter e Margareth Keane. Margareth era pintora, mãe e mulher recém divorciada na preconceituosa sociedade norte americana dos anos 50.
Ao conhecer o sedutor (e picareta) Walter, Margareth foi emocionalmente manipulada a ponto de produzir, durante 10 anos, centenas de obras para que Walter levasse os créditos.
Nos anos 50, uma professora da história da arte desperta reflexões necessárias em jovens estudantes sobre seus papéis na sociedade norte-americana machista, em que o maior objetivo das mulheres era casar com um “bom partido”.
O filme, dirigido por Mike Newell, também traça um paralelo entre arte clássica e moderna, ao mesmo tempo que debate a sociedade conservadora e a progressista.
Com direção de Roberto Berliner esse filme conta uma luta real enfrentada pela psiquiatra Nise da Silveira, que se recusou a utilizar as técnicas violentas no ambiente manicomial.
Enfrentando um sistema machista e hostil, ela propõe um novo olhar sobre a saúde mental com a instalação de um ateliê de desenho, pintura e modelagem.
O tratamento humanizado – por meio da arte – proposto por Nise foi um divisor de águas na psiquiatria brasileira.
Dirigido por Aisling Walsh, o filme irlandês narra a vida de Maud Lewis, uma artista que sofria de artrose tendo sua mobilidade reduzida ao longo dos anos.
Não bastasse o sofrimento físico, ela atravessou diversas dificuldades pela vida, até se encontrar na arte e ser reconhecida.
A artista, que morreu aos 67 anos, teve sua casa preservada e transformada em galeria.
Algumas obras podem ser encontradas na Netflix ou no YouTube. O tema é vasto e muitos filmes e documentários ficaram de fora, mas você pode colaborar com a gente deixando nos comentários sugestões de obras que faltaram para que possamos atualizar nossa lista.
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"Com amor, Van Gogh" - 2017 - genial e perturbadoramente imersivo!
"Pollock" - 2000