Fotografia

Conheça a fotografia árabe contemporânea

Por Paulo Varella - março 18, 2019
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Paris sempre foi conhecida por sua grande comunidade árabe.

No período em que a França era um império, ela possuia muitas colônias em lugares como a África Ocidental e a Indochina (Vietnam e Laos por exemplo).

Países como o Marrocos, Tunísia, Argélia falam, além do árabe, o francês e como o norte da África é geograficamente próximo da França eles terminam escolhendo lá para fugir das condições socioeconômicas delicadas em que estes países se encontram. Muitos dizem que eles ainda sofrem as sequelas da colonização, mas este é um assunto para outra pauta.

Em função de um grande número de pessoas de origem árabe viver na França, principalmente em Paris onde a diversidade é melhor aceita, foi criada uma bienal de fotografia para divulgar a cultura destes países.

Região do Magrebe (Norte da África)

Leila Alaoui (tributo)

Um tributo também será pago a Leila Alaoui, que, muito tristemente, faleceu enquanto seus retratos de marroquinos estavam sendo exibidos na primeira Bienal (2015).

Leila Alaoui_; Fotografia Arabe
Leila Alaoui

Veja alguns artistas que participaram da última bienal

O conjunto das imagens expostas e a diversidade dos artistas, ao invés de reforçarem estereótipos culturais ou se encerrarem em um único tipo de produção, exploram o “taswir” (A origem) a partir de vasta gama de assuntos e temáticas, desde questões formais e documentais até temas latentes do mundo contemporâneo, como feminismo e identidade de gênero.

Douraïd Souissi, Tunísia, Mohamed, Série Mohamed, Salem, Omrane, Hbib,, Hsouna, Tiragem jato de tinta, 120 x 170 cm
Douraïd Souissi, Tunísia, Mohamed, Série Mohamed, Salem, Omrane, Hbib,, Hsouna, Tiragem jato de tinta, 120 x 170 cm

“Os artistas recuam, no tempo e no espaço, dos tumultos atuais. Eles se distanciam, às vezes fingem que ignoram, mas os fragmentos da realidade – seja social, histórica ou cultural – transpiram em suas imagens. De certa forma, todas essas fotografias são testemunhas dos dias conflituosos em que vivemos”,

Gabriel Bauret, curador da 2ª Bienal.

Ahmad El-Abi

Nasceu no Cairo, Egito, em 1984, onde vive e trabalha atualmente. Apesar de ter estudado medicina, dedica-se a fotografia conceitual e a direção de arte.

Jaber Al Azmeh

Jaber Al Azmeh, Síria, Survival 4 [Sobrevivência 4], Série Border-Lines [Linhas de Fronteira], 2016 B; fotografia arabe
Jaber Al Azmeh, Síria, Survival 4 [Sobrevivência 4], Série Border-Lines [Linhas de Fronteira], 2016 B

Nasceu em Damasco, Síria, em 1973, onde vive e trabalha atualmente. Graduou-se em Belas Artes e desde 2006 leciona na Universidade Internacional de Ciência e Tecnologia em Damasco.

Roger Grasas

Roger Grasas, Espanha, Riyadh-Mecca Road, Kingdom of Saudi Arabia [Estrada Riyadh-Mecca, Reino da Arábia Saudita], Série MinTurab, 2009, 50 x 50 cm
Roger Grasas, Espanha, Riyadh-Mecca Road, Kingdom of Saudi Arabia [Estrada Riyadh-Mecca, Reino da Arábia Saudita], Série MinTurab, 2009, 50 x 50 cm

Nasceu em Barcelona, Espanha, em 1970. Vive e trabalha em Riyad, Arábia Saudita. Graduou-se em fotografia e filosofia. É mestre em Estética e Teoria da Arte pela UAB.

Laila Hida

Nasceu em Casablanca, Marrocos, em 1983. Vive e trabalha em Marrakesh, Marrocos.

Autodidata, é fotógrafa desde 2012 e uma das fundadoras do espaço cultural Le 18 Derb el Ferrane, em Marrakesh.

Rania Matar

Nasceu em Beirute, Líbano, em 1984. Vive e trabalha nos Estados Unidos. Estudou arquitetura e fotografia. Foi premiada com a bolsa Guggenheim em 2018.

Zied ben Romdhane

Zied ben Romdhane, Tunísia, Série West of Life [Leste da Vida], 2013-2016, Digital, 40 x 60 cm; fotografia arabe
Zied ben Romdhane, Tunísia, Série West of Life [Leste da Vida], 2013-2016, Digital, 40 x 60 cm

Nasceu em Túnis, Tunísia, em 1981, onde vive e trabalha atualmente. Começou sua carreira como fotógrafo comercial e em 2011, migrou para o documentário e fotojornalismo.

Stephan Zaubitzer

Nasceu em Munique, Alemanha, 1966. Vive e trabalha em Paris, França. Registra cinemas históricos abandonados, em sua maioria, da margem sul do Mediterrâneo.

Tasneem Alsultan

Nasceu em Tucson, Estados Unidos, em 1985. Vive e trabalha na Arábia Saudita. Criada entre o Reino Unido e a Arábia Saudita, fotografa particularmente para o The New York Times e National Geographic.

Héla Ammar

Nasceu em Túnis, Tunísia, em 1969, onde vive e trabalha. Além de artista, tem um Phd em Direito. É autora do livro Corridors (2014) e co-autora da pesquisa Siliana Syndrome (2013), acerca da pena de morte em seu país.

Mohamed Abusal

Nasceu na Palestina em 1976. Vive e trabalha em Gaza.

Membro fundador de Eltiqa, grupo de artistas em atividade desde 2002.

Lazare Mohamed Djeddaoui

Nasceu em Puteax, França, em 1987. Vive em Paris e trabalha sobretudo entre Oriente Médio e o norte da África. Trabalhou para instituições como a UNICEF.

Tanya Habjouqa

Nasceu na Jordânia, em 1975. Vive e trabalha em Jerusalém Oriental. Foi educada nos Estados Unidos. Seu trabalho está em coleções permanentes de coleções como MFA Boston, Institut du Monde Arab, e o Carnegie Museum of Art.

Douraid Souissi

Nasceu em Túnis, Tunísia, em 1970. Vive e trabalha entre França e Tunísia. No contexto da Tunísia pós-revolucionária, faz retratos que evocam desprezo social, espiritualidade e o papel das imagens.

Michele Borzoni

Nasceu em Florença, Itália, em 1979, onde atualmente vive e trabalha. Formado em fotojornalismo e fotografia documental no Centro Internacional de Fotografia de NY, passou de 2011 a 2014 pesquisando sobre comunidades cristãs no Oriente Médio, em países como Egito, Israel, Palestina, Líbano, Iraque, Jordânia e Turquia.


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Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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