História

5 famosos que provavelmente nunca existiram de verdade


Na nossa época de informação onipresente, é fácil procurar a biografia de uma celebridade ou de um político, uma vez que a história está melhor preservada do que nunca. Infelizmente, nem sempre foi assim. Os fatos sobre muitos ícones famosos da história, não foram escritos até anos — décadas ou mesmo séculos — depois de supostamente viverem. Dada esta quantidade de tempo, a evidência da própria existência do indivíduo pode ter se deteriorado completamente, além das próprias histórias.

Com isso em mente, abaixo estão alguns exemplos de pessoas famosas cujos nomes você vai reconhecer, mas que provavelmente nunca existiram, pelo menos em sua forma popular.


Sócrates

Sócrates é uma espécie de mito pois não se conhece nada escrito por ele nem se sabe direito onde e quando viveu boa parte da vida. Provavelmente, nasceu, viveu e morreu em Atenas, entre 469 e 399 A.C.

Ele escolheu não escrever, para ser coerente com sua filosofia, mas por outro lado há evidências documentais suficientes de seus alunos (Alcibiades, Antisthenes, Isocrates, Xenofonte, Platão) e outros contemporâneos (Aristophanes, Gorgias, Critias, Eurípides, Sófocles, Diógenes, Prodicus) que ele existia.

Praticamente, tudo que se conhece sobre Sócrates vem dos escritos de Platão, que foi seu discípulo. Aristófanes pôs Sócrates em algumas de suas peças. Temos, portanto, que acreditar nas versões desses contemporâneos para conhecer sobre a vida e a obra de Sócrates.


Jesus

Os pesquisadores que se dedicaram ao estudo das origens do cristianismo sabem que, desde o século II de nossa era, tem sido posta em dúvida a existência de uma das figuras mais famosas da história da humanidade: Cristo.

Muitos, até mesmo entre os cristãos, procuram provas históricas e materiais para fundamentar sua crença. A existência, a vida e a obra de Jesus carecem de provas indiscutíveis.

As bibliotecas e museus guardam escritos e documentos de autores que teriam sido contemporâneos de Jesus, os quais não fazem qualquer referência ao mesmo. Por outro lado, a ciência histórica tem-se recusado a dar crédito aos documentos oferecidos pela Igreja, com intenção de provar-lhe a existência física. Ocorre que tais documentos, originariamente, não mencionavam sequer o nome de Jesus; todavia, foram falsificados, rasurados e adulterados visando suprir a ausência de documentação verdadeira.

Além disso, pouco pode ser extraído das fontes não-bíblicas e não-cristãs, sendo a principal advinda do historiador judeu Flavius ​​Josephus, tendo qualquer alegação razoável de estar escrevendo sobre Jesus dentro de 100 anos de sua vida.

E mesmo esses relatos esparsos estão envoltos em controvérsias, com divergências sobre quais partes foram alteradas por escribas cristãos (os manuscritos foram preservados por cristãos), o fato de que ambos os autores nasceram após a morte de Jesus (eles provavelmente teriam recebido isso informações dos cristãos), e a estranheza que se passaram séculos antes que os apologistas cristãos começassem a fazer referência a eles.

O agnosticismo sobre o assunto já é aparentemente apropriado, e o suporte para esta posição vem da recente defesa do historiador independente Richard Carrier de outra teoria – a saber, que a crença em Jesus começou como a crença em um ser puramente celestial (que foi morto por demônios em um reino superior), que se tornou historicizado com o tempo. Para resumir o tomo de 800 páginas de Carrier, esta teoria e a teoria tradicional – de que Jesus foi uma figura histórica que se tornou mitificada ao longo do tempo – ambas se alinham bem com os Evangelhos, que são misturas posteriores de mito óbvio e o que pelo menos parece histórico.

Se ele realizou todos os feitos divinos descritos na Bíblia está aberto à interpretação religiosa individual. No entanto, se ele era divino, um homem comum, ou uma figura mitológica, ele certamente está entre os indivíduos mais influentes da história.


Aleijadinho

Para algumas pessoas, o artista Antônio Francisco Lisboa não passa de uma lenda. O historiador paulista Dalton Sala é autor de uma tese de doutorado em que afirma que Aleijadinho é um mito criado pelo Estado Novo, comandado pelo presidente Getúlio Vargas. Para Sala, o mito foi criado para a construção da identidade nacional, como foi Tiradentes, sendo um protótipo do brasileiro típico: superou as dificuldades por meio da criatividade.

Waldemar de Almeida Barbosa, no livro O Aleijadinho de Vila Rica, apresenta algumas contradições na vida do artista, como a indefinição da data de seu nascimento, mas não nega a existência do artista. Barbosa apresenta a biografia de Rodrigo Bretas e conclui que ele não poderia ser pessoa leviana: “Devia, ao contrário, ser reto, merecedor de confiança”. No capítulo “Lendas e Exageros”, Waldemar Barbosa apresenta equívocos relativos à vida e à obra de Aleijadinho, como obras da igreja de São Francisco, de Mariana — o artista não trabalhou nesta igreja. Há ainda obras em Caeté atribuídas ao artista, mas o mestre nunca esteve nessa localidade.


Shakespeare

Como é possível que um plebeu provinciano tenha se tornado um dos escritores mais famosos e eloquentes da história? Até mesmo no início da carreira, Shakespeare contava histórias que exibiam conhecimento profundo sobre assuntos internacionais, capitais europeias e história, assim como familiaridade com a corte real e a alta sociedade.

As mais de 40 peças e 154 sonetos apresentam um vasto conhecimento em diversas áreas, como política, geografia e latim – sendo que Shakespeare só teria passado apenas cinco ou seis anos na escola, segundo historiadores. Além disso, as obras utilizam mais de 29 mil palavras diferentes, um vocabulário maior que o do dicionário de inglês da época.

Por essa razão, alguns teóricos sugeriram que um ou vários autores que queriam esconder sua verdadeira identidade usaram a pessoa de William Shakespeare como fachada. Os candidatos incluem Edward de Vere, Francis Bacon, Christopher Marlowe e Mary Sidney Herbert.

A maioria dos estudiosos e historiadores da literatura continuam céticos com relação a essa hipótese, embora muitos suspeitem que Shakespeare, às vezes, tenham colaborado com outros dramaturgos. Por outro lado, também era comum um dramaturgo se inspirar em outro ou mesmo escrever a quatro, ou mais mãos. Quando um texto era vendido para uma companhia de teatro, ele não pertencia mais aos autores.



Homero

Para finalizar a lista das figuras mais famosas temos Homero, um poeta grego, autor de dois épicos mitológicos: Odisséia e Ilíada. Apesar da popularidade e importância desses livros, Homero continua envolto em mistérios. Por um lado, acredita-se que Homero não é o verdadeiro autor dessas obras, que de acordo com o historiador Adam Nicolson, teriam precedido seu suposto autor em, mais ou menos, mil anos. Outros dizem que Homero era cego, enquanto alguns afirma que era, na verdade, uma mulher. Não apenas, alguns historiadores também acreditam que Homero era um grupo de estudiosos gregos.


Provavelmente nunca saberemos se ícones históricos famosos realmente existiram ou não. Mas, de uma coisa temos certeza, seus legados permanecerão. E, para encerrar (ou apimentar) a discussão, Carlos Drummond de Andrade escreveu:

Aleijadinho, simples mito?
Nunca existiu? Tanto melhor.
Shakespeare também, e é infinito.
Homero é o tal. Fica maior.

O que você acha sobre a existência (ou não existência) desses famosos? Quais outros deveriam estar na lista? Compartilhe suas ideias nos comentários!


Veja também


Fontes

Quora (sobre Sócrates)

Seara da Ciência (sobre Sócrates)

Estética e História das Artes (sobre Aleijadinho)

History (sobre Shakespeare)

Mundo Estranho (sobre Shakespeare)

Washington post (sobre Jesus)


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Equipe Editorial

Os artigos assinados pela equipe editorial representam um conjunto de colaboradores que vão desde os editores da revista até os assessores de imprensa que sugeriram as pautas.

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  • Sobre Jesus, esqueceram de falar que Flavio Josefo no século I fala sobre ele e que a maioria dos historiadores hoje não duvidam do Jesus histórico. Vocês pesquisaram onde mesmo?

    • OS AUTORES DOS EVANGELHOS?
      O texto “original” do Novo Testamento
      AS PROVAS DE QUE JESUS NUNCA EXISTIU !
      Uma boa forma de começar é com a pergunta básica:  o que sabemos sobre os seguidores de Jesus?

      Nossa mais antiga e melhor forma de informações sobre eles são os próprios Evangelhos, juntamente com o livro de Atos. Os outros livros do Novo Testamento, como os textos de Paulo, só se referem de passagem aos 12 apóstolos, e essas referências tendem a confirmar o que podemos extrair dos próprios Evangelhos. Fora do novo testamento temos apenas lendas produzidas muitas décadas e séculos depois – por exemplo, os famosos Atos de João, que narram suas milagrosas empreitadas missionárias após a ressurreição. NENHUM HISTORIADOR ACREDITA QUE ESSES ATOS SEJAM HISTÓRICAMENTE CONFIÁVEIS.

      Aprendemos nos Evangelhos bíblicos que os discípulos de Jesus, como ele, eram camponeses de classe baixa da Galiléia rural. A maioria deles – certamente Simão Pedro, André, Tiago e João – eram diaristas (pescadores e assemelhados); Mateus seria coletor de impostos, mas não é clara sua posição na organização desse trabalho: se era uma espécie de empreiteiro que trabalhava diretamente com as autoridades governamentais para garantir o faturamento dos impostos ou, provavelmente, o tipo de  pessoa que esmurrava sua porta para obriga-lo à pagar. Nesse último caso, nada indica que ele pudesse ter precisado de muita educação.

      O mesmo certamente pode ser dito dos outros. Temos algumas informações sobre o que era ser camponês de classe baixa nas regiões rurais da Palestina do século I. Significava, para começar, que você quase certamente era analfabeto. O próprio JESUS “era” altamente excepcional, no sentido de que é claro que “sabia ler” (Lucas 4:16-20). MAS NADA INDICA QUE SOUBESSE ESCREVER. Na Antiguidade, essas eram habilidades distintas, e muitas pessoas que sabiam ler eram incapazes de escrever.
      QUANTOS SABIAM LER? O  analfabetismo era disseminado por todo o império romano. Na melhor fase 10% da população fosse grosseiramente alfabetizada. E esses 10% seriam das classes abastadas – pessoas de classe alta que tinham tempo e dinheiro para receber uma educação (e seus escravos e empregados eram ensinados a ler para melhor servir a seus mestres). Todos os outros trabalhavam desde a infância e não podiam sustentar o tempo e o custo de uma educação.
      NADA  nos Evangelhos ou em Atos indica que os seguidores de Jesus soubessem ler, quanto mais escrever. NA VERDADE, há um relato em Atos – no qual Pedro e João são identificados como “iletrados” (Atos 4:13) – a antiga palavra para analfabetos. Como judeus da Galileia, “os seguidores de Jesus”, como o próprio Jesus, falariam aramaico. Sendo do interior, provavelmente não teriam nenhum conhecimento de grego; se tivessem seria extremamente grosseiro, já que eles passavam seu tempo com outros camponeses analfabetos falantes de aramaico tentando conseguir o pão de cada dia.

      Não temos os originais de nenhum dos livros do Novo Testamento. As cópias que temos foram feitas muito depois; na maioria dos casos, vários séculos depois.
      Temos milhares dessas cópias em grego – a língua na qual todos os livros do Novo Testamento foram escritos.
      Todas elas contêm erros – falhas acidentais por parte dos escritores que as produziram ou modificações intencionais por aqueles interessados em mudar o texto para que significasse o que desejavam que significasse ( ou achavam que significava).
      Não sabemos quantos erros há nas cópias que temos, mas eles parecem chegar a centenas de milhares. Pode ser feita uma comparação da questão: há mais diferenças entre nossos manuscritos do que palavras no Novo Testamento.

      A imensa maioria desses erros é absolutamente insignificante, nos revelando apenas que os escribas da Antigüidade não conheciam ortografia melhor do que a maioria das pessoas hoje.
      Mas alguns dos erros e variações são importantes – muito importantes. Alguns deles alteram a interpretação de um versículo, um capítulo ou um livro inteiro. Outros revelam o tipo de preocupação que afetava os escribas, que algumas vezes alteravam o texto em função de debates e polêmicas travadas ao seu redor.
      A tarefa do crítico textual é ao mesmo tempo descobrir o que o autor de um texto realmente escreveu e compreender por que os escribas modificaram o texto (isso nos ajuda a entender o contexto no qual os escribas estavam trabalhando).
      Apesar dos estudiosos estarem se dedicando diligentemente a essas tarefas há trezentos anos, continua haver discordâncias acaloradas de opinião.  Há algumas passagens  sobre as quais acadêmicos sérios e muito inteligentes discordam quanto ao que o original dizia, e há outras em que provavelmente nunca saberemos o que o texto original informava.

      http://livrodeusexiste.blogspot.com/2012/07/biblia-quem-escreveu-o-novo-testamento.html

      • Pesquise sobre um DOUTOR em arqueologia bíblica, chamado De Rodrigo Silva, assista aos vídeos dele, e depois me responda se o que ele fala sobre a Bíblia, e sobre Jesus, mesmo ele sendo Adventista, ele se utiliza de argumentos históricos para embasar suas visões sobre esses assuntos.

  • faltou leonidas e alexandre o grande. faltou tambem faraos de diversas dinastias do egito

  • Hahahahaha!!!
    Faltou grandes figuras históricas como foi comentado aqui, Leônidas e Alexandre o Grande, fora outros. Mas pela quantidade de fontes que vocês se dispuseram a trazer aqui deixando bem claro que Jesus não teria existido acaba se tornando patético de tão óbvio que a única intenção era somente essa, dizer que Jesus não existiu. Com certeza existem muitas fontes que vão falar que o tal judeu não existiu mas a quantidade de fontes confiáveis que mostram o Jesus histórico que viveu em Israel e avassaladoramente maior. O único erro do artigo, além é claro de ser tendenciosa, é dizer que "...é real apenas nos escritos e testemunhas daqueles que tiveram interesse religioso e material em prová-la.", é bem óbvio que havia interesse material, ora se alguém está escrevendo sobre história é pq o seu interesse é material. Mas como falei antes, só uma tentativa tendenciosa... e claro, fraca e esdrúxula. Esdrúxula pois o fato do Jesus histórico ter existido não é nem questionado entre grande maioria da comunidade histórico-científica. Agora se quiser questionar o Jesus DIVINO, ai sim é um campo que pode ser discutido, e sim, existem grandes discussões sobre o assunto, isso sim seria interessante trazer um artigo/material aqui. Só pra dar uma última risada, comparar os mais de 2000 anos de perpetuação da figura histórico-divina de Jesus com o mitraísmo, por favor, pergunte aos seus vizinhos se eles conhecem algo sobre isso, boa noite!

  • Boa Tarde.

    Quanta desonestidade da sua parte, existem hoje uma vasta quantidade de evidências da existência de Jesus! Sugiro que faça seu trabalho de forma honesta!

  • Jesus existiu como um homem comum. ele nâo escreveu nada, e nem escreveram nada sobre ele. so existe na biblia criada pelo imperio romano. mais de cem anos apos sua morte. jesus cristo o milagroso e uma invençâo. não ha a minma prova, nada que ele supostamente disse acontece, porque ele não cura cegos amputados, sindrome de donw.
    porque ele nâo existe. passei 35 anos sendo enganado em igreja evangelica, milagres so existe dentro da biblia fora nada acontece..

    • É uma pena que vc pense assim, pois o milagre só acontece àqueles que crêem de coração . Eu já recebi vários milagres, inclusive de nascer de novo, fui desenganada pelos médicos e aqui estou vivissima. A bíblia é um livro espiritual e não tem mente humana capaz de entendê-la sem a ajuda do Espírito Santo de Deus. Se vc frequentou uma igreja evangélica, ou melhor se leu a Bíblia vc sabe do que estou falando. Não acredito em religião, ou em pastor ou padre, mas sim nas escrituras que foram escritas por 40 pessoas ungidas, mas o autor verdadeiro foi o Espírito Santos de Deus. Leia a bíblia, mas antes peça ao Espirito Santo de Deus para te dar o entendimento e te revelar o significado, só assim a entenderá. A Biblia fala em Jeremias 17:5 para não confiar no homem. Ele fala da importância de uma confiança equilibrada. Enquanto confiar cegamente no homem traz maldição, colocar nossa confiança suprema em Deus nos traz bênção. A idolatria da confiança no homem pode nos desviar de Deus e nos levar à decepção. Deus o abençõe e lembre-se o inimigo só veio para roubar e destruir. João 3:10. então o inimigo faz de tudo para separar-nos de Deus pq ele não quer que tenhamos as bênçãos de Deus na nossa vida, a vida eterna com Ele, etc. Tenha uma conversa com Deus e Ele falará com vc através da palavra dele. A artimanha do inimigo é para que não acreditemos na palavra, pois como falado antes, ele não quer que recebamos as bençãos prometidas por Deus. Ler Salmos 1:1,2,3. Em Mateus 11:28 diz, - Venham a mim todos os que estão cansados e oprimidos e eu os aliviarei. A bíblia é o manual de vida, se não lermos esse manual não desfrutaremos de todos os benefícios. Em efésios 6 fala da armadura de Deus e como devemos fazer para nos proteger das ciladas do inimigo. Esse livro tem tudo que vc precisa saber para viver uma vida saudável e próspera. Deus o abençoe!!

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