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Frida Kahlo: obra El sueño pode alcançar valor recorde em leilão da Sotheby’s

Por Equipe Editorial - setembro 30, 2025
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Frida Kahlo volta ao centro das atenções no mercado de arte internacional com a iminente venda de uma de suas obras mais enigmáticas, El sueño (La cama), de 1940. A tela será leiloada pela Sotheby’s, em Nova York, com estimativa entre US$ 40 e US$ 60 milhões, podendo estabelecer um novo recorde para a artista mexicana e para a arte latino-americana.

O simbolismo de El sueño

Na obra, Kahlo se retrata deitada em uma cama de dossel que parece flutuar no céu. Ao redor, cipós remetem à regeneração da vida, enquanto no topo repousa uma figura com rosto de crânio segurando flores — imagem que conecta a peça à tradição mexicana de domesticar a morte.

Frida Kahlo
Frida Kahlo, El sueño (La cama) (1940). Cortesia da Sotheby’s.

A combinação entre imaginação onírica e simbolismo direto revela a capacidade de Frida de transformar experiências pessoais em narrativas universais.

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Frida Kahlo no centro da coleção “Exquisite Corpus”

A Sotheby’s incluiu El sueño em um conjunto de obras surrealistas batizado de “Exquisite Corpus”, referência ao jogo poético surrealista “exquisite corpse”. A coleção reúne nomes como René Magritte e Dorothea Tanning, destacando diálogos entre artistas que exploraram o inconsciente e o poder das imagens oníricas.

Frida Kahlo
René Magritte, La Représentation (1962). Courtesy Sotheby’s.
Frida Kahlo
Dorothea Tanning, Interior with Sudden Joy (1951). Courtesy Sotheby’s.

Segundo Julian Dawes, vice-presidente da Sotheby’s, a proposta não é apenas somar obras, mas criar “um organismo vivo em que narrativas e imagens convergem em algo maior que a soma de suas partes”.

A importância de El sueño no mercado de arte

Anna Di Stasi, especialista em arte latino-americana da Sotheby’s, ressalta que El sueño está entre as obras mais impactantes de Kahlo, mostrando como sua produção incorpora impulsos surrealistas sem perder a força de um testemunho pessoal.

Frida Kahlo
Frida Kahlo, El sueño (La cama) (1940). Cortesia da Sotheby’s.

Outro ponto relevante é que a obra chega ao leilão sem garantia financeira, ou seja, sem comprador assegurado previamente — fator que aumenta a expectativa diante de um mercado global mais cauteloso.

Recordes anteriores e expectativas

O recorde atual de Frida Kahlo foi registrado também na Sotheby’s, em 2021, quando Diego y yo (1949) foi arrematado por US$ 34,9 milhões, estabelecendo até então a venda mais cara de uma obra latino-americana. Caso El sueño alcance o valor esperado, esse recorde será superado, reafirmando o lugar de Kahlo como uma das artistas mais valorizadas e influentes da história da arte.

Com informações de Artnet News

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