Nas Artes Visuais, quase todo material e técnica podem ser utilizados para criar uma obra. Entretanto, existem aqueles que são mais conhecidos, considerados como tradicionais, modernos ou contemporâneos.
Entre os meios artísticos tradicionais, há três técnicas que se manifestam em no espaço bidimensional (altura e comprimento): o desenho, a gravura e a pintura.
Embora o resultado formal de cada uma dessas artes visuais seja bastante diferente (embora o desenho e a gravura sejam similares), a grande diferença entre eles se encontra na técnica envolvida.
Os outros meios tradicionais (a escultura e a arquitetura) manifestam-se nas três dimensões do espaço tridimensional: altura, comprimento e largura (ou profundidade).
É o processo pelo qual uma superfície é marcada e aplica-se sobre ela a pressão de uma ferramenta (em geral, um lápis, carvão, nanquim, grafite, pastel, caneta, pincel, etc.) e movendo-a, de forma a surgirem pontos, linhas e formas planas. O resultado deste processo (a imagem obtida) também pode ser chamada de desenho.
Desta forma, um desenho manifesta-se essencialmente como uma composição bidimensional. Quando esta composição possui uma certa intenção estética, o desenho passa a ser considerado uma expressão artística.
A escolha dos meios e materiais está intimamente relacionada à técnica escolhida para o desenho. Um mesmo objeto, desenhado a bico de pena e a grafite, produz resultados absolutamente diferentes.
Existem meios de desenho à base d’água (o “lápis-aquarela”, por exemplo), que podem ser feito com o uso de lápis normais e então, umedecidos com um pincel molhado para produzir vários efeitos. Há também pastéis oleosos e lápis de cera.
Desde a invenção do papel no século XIV, ele se tornou o suporte dominante para a realização de desenhos. É possível classificar o desenho em função dos instrumentos utilizados para a sua execução, ou da ausência deles. Pode-se pensar ainda em modalidades distintas do registro de acordo com as finalidades almejadas.
Difere do desenho na medida em que ela é produzida e se pensa na sua impressão e reprodução. Uma gravura é produzida a partir de uma matriz que pode ser feita de metal (calcografia), pedra (litografia), madeira (xilogravura) ou seda (serigrafia).
Nessa arte visual, o artista trabalha nesses suportes e faz uma gravação da imagem, de acordo com as ferramentas que utiliza, com o propósito de imprimir uma tiragem de exemplares idêntico, que pode ser feita pelo próprio artista ou orientando um impressor especializado.
Uma gravura é considerada original quando é assinada e numerada pelo artista dentro de conceitos estabelecidos internacionalmente. Após aprovar uma gravura, o artista tira várias provas que são chamadas p. a. (prova do artista).
Ao chegar ao resultado desejado é feita uma cópia “bonne à tirer” (boa para imprimir – b.p.i.). A tiragem final deve ser aprovada pelo artista, que, então, assina a lápis, coloca a data, o título da obra e numera a série.
Ao fim da edição, a matriz deve ser destruída ou inutilizada. Cada imagem impressa é um exemplar original de gravura e o conjunto destes exemplares é denominado tiragem ou edição. Em uma tiragem de 100 gravuras, as obras são numeradas em frações: 1/100, 2/100 etc.
Refere-se genericamente à técnica de aplicar pigmento em forma líquida a uma superfície bidimensional, de modo a colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas. Em um sentido mais específico, é a arte visual na qual se pinta em determinadas superfícies, tais como papel, tela, ou uma parede (pintura mural ou de afrescos).
A pintura é considerada por muitos como uma das expressões artísticas tradicionais mais importantes no mundo das artes visuais. Muitas das principais obras de arte da história, tais como a Mona Lisa, são pinturas.
A pintura se diferencia do desenho pelo uso dos pigmentos líquidos e do uso constante da cor, enquanto aquele (o desenho) apropria-se principalmente de materiais secos. Enquanto técnica, a pintura envolve um determinado meio de manifestação (a superfície onde ela será produzida) e um material para lidar com os pigmentos (os vários tipos de pincéis e tintas).
A escolha dos materiais e técnicas adequadas está diretamente ligada ao resultado desejado para o trabalho e como se pretende que ele seja entendido. Desta forma, a análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da técnica utilizada.
O suporte mais comum é a tela (normalmente uma superfície de madeira coberta por algum tipo de tecido), embora durante a Idade Média e o Renascimento, o afresco tenha tido mais importância. É possível também usar o papel (embora seja muito pouco adequado à maior parte das tintas).
Quanto aos materiais, a escolha é mais demorada e, normalmente, envolve uma preferência pessoal do pintor e sua disponibilidade. Materiais comuns são: a tinta a óleo, acrílica, o guache e a aquarela.
É também possível lidar com pastéis e crayons, embora estes materiais estejam mais identificados com o desenho.
No entanto, há controvérsias sobre essa definição de pintura. Com a variedade de experiências entre diferentes meios e o uso da tecnologia digital, há uma ideia de que pintura não precisa se limitar à aplicação do “pigmento em forma líquida”.
Atualmente o conceito de pintura pode ser ampliado para a representação visual através das cores mas mesmo assim, a definição tradicional de pintura não deve ser ignorada.
O elemento fundamental da pintura é a cor. A relação formal entre as massas coloridas presentes em uma obra constitui sua estrutura fundamental, guiando o olhar do espectador e propondo-lhe sensações de calor, frio, profundidade, sombra, entre outros.
Também é considerada uma técnica convencional de arte visual que utiliza vários materiais aplicados em diferentes suportes para criar um efeito diferente e interessante. Ao abrigar no espaço do quadro elementos retirados da realidade (pedaços de jornal e papéis de todo tipo, tecidos, madeiras e objetos variados), a colagem passa a ser concebida como construção sobre um suporte, o que dificulta o estabelecimento de fronteiras rígidas entre pintura e escultura.
É uma arte visual que representa imagens em relevo total ou parcial usando a tridimensionalidade do espaço. Os processos da arte em escultura datam da Antiguidade e sofreram poucas variações até o século XX. Estes processos podem ser classificados segundo o material empregado: pedra, metal, argila, gesso ou madeira.
A técnica da modelagem consiste em elaborar esculturas inéditas através desta técnica. São utilizados materiais macios e flexíveis, facilmente modeláveis, como a cera, o gesso e a argila.
No caso da argila, a escultura será posteriormente cozida, tornando-se resistente. A modelagem é, também, o primeiro passo para a confecção de esculturas através de outras técnicas, como a fundição e a moldagem.
A técnica do entalhe é um processo que requer tempo e esforço, já que o artista trabalha minuciosamente numa escultura, cortando ou extraindo o material supérfluo (madeira, por exemplo) até obter a forma desejada.
O material é sempre rígido e, com frequência, pesado. A arte de esculpir em madeira utiliza poucas espécies de árvores, que são selecionadas em função da sua textura, da beleza do material proporcionado pelos veios e pela tonalidade da matéria-prima.
As madeiras comumente utilizadas são o cedro e o mogno, por serem fáceis de trabalhar e mais leves. O acabamento da obra é dado com tintas e vernizes preparados com resinas químicas ou naturais.
Outra técnica utilizada para a escultura é fundição de metal (ferro, cobre, bronze, etc) em que se faz um processo complexo que começa com um modelo em argila, passando por um molde que será preenchido com cera, obtendo-se outra peça idêntica neste material, que poderá ser retocada, para corrigir algumas imperfeições derivadas do molde. Depois de modelada em cera.
Em seguida, o metal líquido é vazado dentro de um molde, ocupando o lugar deixado pela cera. O gesso é dissolvido em uma lavagem a jato de água, revelando a peça com seus contornos. A escultura de metal passa, então, por um processo final de recorte e de acabamento.
Entre muitas outras coisas, a Arquitetura é a organização do espaço tridimensional. É uma atividade humana existente desde que o homem passou a se abrigar das intempéries do clima.
Uma definição mais precisa da área envolve todo o design do ambiente construído pelo homem, o que engloba desde o desenho de mobiliário (desenho industrial) até o desenho da paisagem (paisagismo) e da cidade (urbanismo), passando pelo desenho dos edifícios e construções (considerada a atividade mais comum dos arquitetos).
O trabalho do arquiteto envolve, portanto, toda a escala da vida do homem, desde a manual até a urbana.
A arquitetura se manifesta de dois modos diferentes: a atividade (a arte, o campo de trabalho do arquiteto) e o resultado físico (o conjunto construído de um arquiteto, de um povo e da humanidade como um todo).
A Arquitetura depende ainda, necessariamente, da época da sua ocorrência, do meio físico e social a que pertence, da técnica decorrente dos materiais empregados e, finalmente, dos objetivos e dos recursos financeiros disponíveis para a realização da obra, ou seja, do programa proposto.
Bem mais do que planejar uma construção ou dividir espaços para sua melhor ocupação, a Arquitetura fascina, intriga e, muitas vezes, revolta as pessoas envolvidas pelas paredes. Isso porque ela não é apenas uma habilidade prática para solucionar os espaços habitáveis, mas encarna valores. A Arquitetura desenha a realidade urbana que acomoda os seres humanos no presente. É o pensamento transformado em pedra, mas também a criação do pensamento.
Nesta matéria enumeramos algumas tendências de arte mais estranhas da história que você já viu.…
Um dos artistas abstratos mais conhecidos do século XX é Piet Mondrian, e seu caminho…
Bob Esponja – A Experiência desembarca no MIS Experience para celebrar os 25 anos de…
Abdias Nascimento – O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista, mostra que apresentará ao público…
Como ganhar dinheiro com impressão sob demanda, sem ter que vender o seu quadro original…
Emanoel Araujo, artista, curador e idealizador do Museu Afro Brasil, é considerado uma referência para…
View Comments
Great post! We are linking to this great article on our
website. Keep up the good writing.
Conteúdo muito enriquecedor, valeu! Gostaria de receber o ebook pois sou estudante universitário e preciso utilizar os assuntos citados na disciplina Expressão Gráfica entre outras. Obrigado!
Oi Pedro, algum e-book em especial você gostaria de receber?
Olá boa tarde, o seu conteúdo é enriquecedor...
Porém eu gostaria de baixar o e-book, como faço para encontrar o download?
Assunto bastante didático!
Conteúdo excelente.
Poderia me dizer se é possível fazer uma pintura na parede utilizando lápis pastel?
Excelente conteúdo abordando os fundamentos , para entender o que é e como se faz no determinado tópico. Parabéns !!!